Teve início na manhã desta quarta-feira, em Porto Velho, o julgamento do sargento da Polícia Militar Gilmar de Sousa Castro, de 53 anos. Ele é réu confesso pelo assassinato de sua companheira, Lindalva Galdino de Araújo, de 52 anos, e por ter jogado o corpo dela em um rio, em um crime ocorrido em julho de 2022.
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O militar está sendo julgado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, um desfecho que revolta a família da vítima. Em depoimento emocionado, a filha de Lindalva, Jaqueline Araújo de Azevedo, clamou por Justiça e lamentou a impossibilidade de se despedir da mãe de forma digna. "Minha mãe não merecia isso, ninguém merece uma maldade dessa. A gente não teve nem a oportunidade de ter um velório digno", desabafou.
A versão da acusação, narrada no boletim de ocorrência, descreve que o sargento teria matado Lindalva com um tiro no pescoço, enrolado o corpo em uma lona, colocando-o no porta-malas do carro e, posteriormente, arrastado e jogado o corpo no Rio Madeira, ficando a observar até que desaparecesse.
Por outro lado, a defesa de Gilmar sustenta a tese de "acidente doméstico", alegando que o disparo foi uma fatalidade.
O advogado do militar argumenta que, diante do ocorrido, o réu "ficou desesperado" e, embora quisesse levar a companheira ao hospital, tomou decisões equivocadas. "Infelizmente aconteceu uma fatalidade. Muitas vezes, diante de situações como essa, as pessoas não sabem que decisão tomar", afirmou a defesa.
No entanto, a promotora de Justiça Joice Gushy contesta veementemente a versão do acidente. Ela afirma que o Ministério Público possui provas robustas que apontam para a autoria e as qualificadoras do crime, além de um histórico de violência do réu contra a vítima.
O MPRO espera que o júri reconheça o crime como um ato "absurdo e horrendo" e que uma pena justa e severa seja aplicada ao sargento. Quatro testemunhas de defesa serão ouvidas durante o processo.
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