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Investimentos do governo de RO em mais de 36 quilômetros na RO-370, beneficiam Colorado do Oeste e Cabixi

O governo de Rondônia avança nos serviços de melhorias da infraestrutura viária do estado. Foram concluídos pelo Departamento Estadual de Estradas de Rodagem e Transportes (DER-RO) mais de 36 quilômetros de microrrevestimento asfáltico na RO-370, na sexta-feira (14), no trecho que liga Colorado do Oeste a Cabixi. A iniciativa visa aumentar a durabilidade da via, proporcionar mais segurança aos motoristas e otimizar a trafegabilidade na região.

Foram realizados mais de 36 quilômetros de microrrevestimento asfáltico na RO-370


O trabalho foi realizado sob a coordenação das usinas de asfalto do Departamento. De acordo com o coordenador, Lucas Albuquerque, o microrrevestimento garante maior segurança e resistência no asfalto, além de contribuir com o desenvolvimento da região. “Essa é uma Rodovia estratégica para a economia da região, pois facilita o escoamento da produção agrícola e garante melhores condições de transporte para os moradores”, evidenciou.


Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, os investimentos na infraestrutura rodoviária do estado são fundamentais para garantir estradas em boas condições para a população, promovendo o desenvolvimento e segurança para quem precisa se deslocar.


SEGURANÇA E TRAFEGABILIDADE


Israel Lopes mora em uma linha próxima à Rodovia-370 e fez questão de conferir a obra de perto. “O serviço aqui está muito bom. Para mim, que ando de bike todos os dias, agora está excelente. Vou pedalar sem buraco e nenhum risco de cair. Esse microrrevestimento trouxe mais segurança não só para mim, mas para todos que passam por essa Rodovia”, disse o morador.

Israel Lopes mora em uma linha
próxima à Rodovia-370
O diretor-geral do DER-RO, Eder André Fernandes, ressaltou a relevância da obra para a infraestrutura estadual. “Estamos trabalhando continuamente nas rodovias do estado, a fim de garantir melhores condições de tráfego e segurança para os rondonienses. O microrrevestimento realizado na RO-370 é um passo importante para manter a durabilidade dessa via tão essencial para a região.”


Com essas melhorias, o governo do estado reforça a missão de modernizar e manter as rodovias estaduais, promovendo o bem-estar da população e impulsionando a economia local. (Governo de Rondônia)

Crônica de fim de semana - Viajar de avião do glamour do passado ao caos aéreo do presente

CRÔNICA DE FIM DE SEMANA - VIAJAR DE AVIÃO -  DO GLAMOUR DO PASSADO AO CAOS AÉREO DO PRESENTE


Arimar Souza de Sá

Viajar de avião no Brasil já foi, um dia, uma experiência luxuosa. Lembro-me de quando criança em Porto Velho, a expectativa de voar era um sonho, tinha um sabor doce, como o aroma de um perfume raro, que envolvia o passageiro com uma promessa de conforto e exclusividade em pleno ar.

foto - Rondonoticias


Mas o que antes era um marco de sofisticação e prazer, com tarifas razoáveis e a gentileza de um atendimento cortês e prazeroso, hoje se transformou em um verdadeiro teste de paciência, resistência e desmoralização. E tudo isso, com o beneplácito da ANAC, que faz vistas grossas ao descalabro que se tornou o sistema aéreo brasileiro.


Quem não se lembra do serviço de bordo de antigamente? era um banquete em pleno céu: taças de uísque douradas, garrafas de vinho que brilhavam como rubis e cervejas geladas, que deslizavam pelas mãos das aeromoças com a suavidade de uma brisa no verão.


O jantar - Ave Maria! - era uma experiência digna de reis, com talheres refinados que dançavam no prato e cardápios de primeira, como se estivéssemos saboreando a própria essência do luxo. E isso, aqui pra nós, fazia a viagem em si, ser uma jornada encantadora, onde o tempo parecia se arrastar envolvido pela suavidade de um vinho que escorria do cálice, servido pelas lindas comissárias, enquanto o passarinho suavemente ia deslizando literalmente nas nuvens...


Mas o tempo cruel chegou, mandou a conta e carregou tudo isso e  alojou no silêncio da aviação. Hoje, as passagens, com preços que desafiam qualquer explicação lógica, são a primeira decepção. A alta temporada já é, por si só, um pesadelo de tarifas inflacionadas, mas o que dizer da baixa temporada, quando as tarifas continuam nas alturas? Uma verdadeira ironia, como se o céu não fosse mais azul, mas uma turbulência a dez mil pés de altitude.


Quem mora em regiões mais afastadas, como Rondônia, tem de fazer malabarismo financeiro para conseguir viajar ao sul do país. A disponibilidade de voos é escassa e o valor das passagens está sempre nas nuvens, como se o combustível usado na aeronave fosse extraído do ouro, o que sugere pensar que as companhias aéreas devem achar que o simples fato de ir ao sul seja um privilégio reservado a poucos e não ao povo de Rondônia.


Senão, vejamos: Ao adentrar o avião, o choque com a realidade é imediato. Os bancos, colados na poltrona da frente, forçam o corpo a se contorcer de maneira desconfortável para acessar a janela, como se a própria cadeira fosse uma armadilha de metal. E, se o corpo for de proporções maiores, a situação se agrava: a mesinha disposta na poltrona da frente se torna um obstáculo intransponível para quem precisar ir ao banheiro - fato que torna a refeição e o deslocamento uma batalha e a viagem um caos.


O serviço de bordo, esse "toque de classe" antigo da viagem aérea, virou uma piada sem graça. Uma garrafinha de água e um biscoito industrializado (goiabinha da Latam) não são exatamente o que se espera de um voo de médio ou longo curso, como por exemplo Porto Velho a São Paulo, deixando a impressão de que o céu já não é mais vasto, mas um teto sem brilho, onde os passageiros ficam presos nas mãos dos tripulantes desfrutando da pura indiferença.


E os aeroportos... Ah, os aeroportos... São como labirintos sem fim, onde o destino parece se distanciar cada vez mais à medida que você anda ou corre de um portão para o outro, quando recebe o chamado de um voo. Se o sujeito precisar de informações, 'tá lascado', os funcionários são grossos e atendem de má vontade e não dão a mínima para o passageiro.


Em Guarulhos, por exemplo, um simples quibe e um pão de queijo podem custar mais do que a passagem de ida e volta de um voo de curta distância. Cada mordida é como um golpe financeiro, uma lembrança de que o antigo paraíso foi trocado pelo desapreço no chamado salve-se quem tiver dinheiro.


Em meio a esse caos, o pior de tudo é o tratamento impessoal das companhias aéreas, que mais parecem se esquecer de que estão lidando com seres humanos. O desconforto é apenas uma parte da equação; o verdadeiro golpe é a sensação de que você não é mais um cliente, mas uma carga a ser transportada de qualquer jeito. A indiferença paira no ar como um nevoeiro denso, deixando os passageiros à deriva e sem ter a quem recorrer.


No final, voar, o que antes era um prazer, uma viagem esperada com alegria e até um certo glamour, virou uma aventura de pernas para o ar. Não daquelas que a gente escolhe, mas das que caem sobre nós por pura falta de opção, fazendo-nos crer que, a verdadeira viagem não é mais no avião, mas na paciência e na resistência do viajante.


AMÉM!

O autor é jornalista, advogado, e apresentador do Programa A VOZ DO POVO, da Rádio Caiari FM, 103,1.

Porto Velho de Ontem e de Hoje - Entre lembranças e lamentos

 Porto Velho de Ontem e de Hoje - Entre lembranças e lamentos 

FOTO - Edição Rondonoticias e R1 Rondônia


*Arimar Souza de Sá

Quem vê Porto Velho envolta na violência brutal de hoje, muito mistério e dor, não imagina que outrora foi uma  cidade, cuja história se entrelaça com a nostalgia de um tempo que, hoje, parece um retrato desbotado pendurado na parede do tempo que passou.

Isso mesmo! No passado, Porto Velho fora a capital rústica de Rondônia que, quando o trem apitava na Estrada de Ferro Madeira Mamoré, a cidade ainda dormia. E foi também, palco de um cotidiano onde a simplicidade e a segurança eram os verdadeiros protagonistas de um cenário amazônico pitoresco e feliz.

Naquela época, a vida na capital rondoniense transcorria sem pressa, iluminada pelas poucas luzes que piscavam nas casas de janelas abertas e pela programação da Rádio Caiari. A criminalidade era um fantasma tão distante que nem os ecos de suas possibilidades perturbavam o sono dos moradores. Nas ruas, não havia asfalto, mas sim histórias de respeito mútuo dos pioneiros que pavimentavam os caminhos para a cidade fluir, e uma paz, cuja atmosfera, praticamente dançava no ar.

Os moradores viviam em harmonia, conectados pela linha de ferro e o vai e vem dos barcos que subiam e desciam no Rio Madeira. A economia girava em torno do transporte de borracha e castanhas, e a fauna exuberante da região complementava o cenário de beleza natural intocada.

Os indígenas, parte integrante dessa tapeçaria cultural, eram conhecidos por suas habilidades com arco e flecha, e as histórias de suas interações com os moradores locais eram contadas pelos adultos e por vezes com medo pela garotada que ouvia, e noutras com admiração. A bicharada, como chamavam os animais selvagens, também tinha seu espaço garantido na festa da biodiversidade local. Era um tempo de araras e papagaios que voavam livremente, confundindo-se com o verde da floresta, cujos limites da cidade ficava ali pelo Mercado do KM 1 na Sete de Setembro com Rua Brasília. 

As crianças cresciam, cultivando enorme respeito aos pais e observando essas maravilhas, enquanto os adultos se reuniam nas frentes das casas para um bate-papo agradável ou no estádio Aluízio Ferreira para vibrar com as partidas de futebol do Moto Clube, Flamengo, Ferroviário, São Domingos, Cruzeiro, Botafogo, dentre outros.  E os fins de semana eram marcados por missas na Catedral do Sagrado Coração de Jesus e pelos fantásticos Sermões de João Batista Costa, que reuniam a comunidade religiosa, com os homens vestidos de terno de linho branco, engomado, estalando...

Mas o progresso, embora necessário, veio e alojou no silêncio o Porto Velho de ontem, e o Porto Velho de hoje pinta um quadro bem diferente e desolador. A 'desgovernança' tem sido um pincel que, com traços desordenados, vem redesenhando a cidade com cores de medo e desconfiança. 

Nos últimos dias, a violência, que antes mal se ouvia falar, se manifestou com uma ferocidade alarmante. As autoridades da segurança dormiram no berço da inércia e  marginalia tomou. Nas últimas semanas a cidade é palco digno dos  filmes de Alfred Hitchcock. 

Notícias de mortes, incêndios criminosos em ônibus, execuções em série nas periferias, e uma criminalidade que cresce tão implacavelmente quanto a cidade, têm deixado os cidadãos acuados, transformando residências em fortalezas e quintais em pequenos campos de batalha onde cães são mais sentinelas do que companheiros.

Estranhamente, a cada novo amanhecer, os moradores acordam atordoados para saber quantas mortes ocorreram nos condomínios populares da cidade. Incidentes assim, crescem a perplexidade e o lamento por um Porto Velho se perdeu completamente no tempo e espaço. 

O progresso chegou como esperado, mas  trouxe consigo uma bagagem pesada de desafios que a cidade ainda aprende a gerir. Enquanto isso, os moradores se apegam às …

A rodoviária de Hildon e o cemitério de Odorico Paraguaçu

A RODOVIÁRIA DE HILDON E O CEMITÉRIO DE ODORICO PARAGUAÇU

*Arimar Souza de Sá


Ah, Porto Velho, nossa querida capital amazônica, onde o calor escaldante é proporcional ao fervor das discussões políticas!

Eis que surge no palco local uma peça tragicômica que poderia muito bem ter sido escrita por Dias Gomes: a novela da inauguração da nova rodoviária pelo prefeito Hildon Chaves.

Como Odorico, Hildon também "encasquetou" que queria inaugurar sua rodoviária, parafraseando o gesto do líder Sucupirense, para entrar os ‘anais e menstruais’ da história da cidade.

Como não traçar paralelos com a lendária Sucupira de O Bem-Amado, um sucesso histórico da teledramaturgia da Rede Globo, usando o palavrório de Odorico Paraguaçu, seu prefeito, que reinava absoluto com sua retórica espalhafatosa e sua obsessão em inaugurar o cemitério municipal?

Substituindo o cemitério por uma rodoviária e Odorico por Hildon, usando o mesmo palavreado deformado do prefeito de Sucupira na novela, o enredo, vejam só, permanece deliciosamente similar. 

Vejam só: Odorico passou o mandato de inteiro de prefeito na novela tentando inaugurar um cemitério e ninguém morria em Sucupira. 

Por aqui também, durante anos, a construção da nova rodoviária de Porto Velho foi tratada como uma espécie de ‘Santo Graal’ da gestão municipal.

Prometida, postergada, criticada e finalmente, dizem as más línguas, prestes a ser entregue com 95 por cento da edificação pronta, Hildon andava inquieto e nem dormia, queria sair dos ‘entretantos' e partir para os 'finalmentes’ e, para isso, foi logo tomando os 'providenciamentos' necessários.

Mas eis que surge no caminho um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e puxa o tapete do ‘alcaide’ mas, ainda assim, Hildon não caiu. Cambaleante, ex-promotor de justiça, portanto, um homem ‘bem apetrechado’, conseguiu se levantar, mas a justiça novamente deu-lhe um cruzado de direita.

Avariado e com o coração 'bastantemente entristecido e 'afogado na deceptude e no desgosto’, ele continuou sua saga, enfrentando 'acusatório destabocado' de meia dúzia de baiacus, enquanto o assunto virava piada nas rodas e botequins da cidade.

Em casa, Hildon choramingava e fazia com Ieda uma ‘confabulância político sigilista’ e dizia: isso é obra de forças ocultas, da imprensa ‘marronzista e badernenta’ dessa cidade, mas a primeira dama lhe dizia: "Sossega homem"!

Assim como o eterno cemitério de Sucupira, a cidade fictícia da novela, a rodoviária parecia uma obra que 'se recusava a ficar pronta' nas frases de Odorico, e o assunto acabou indo parar na justiça, enquanto Hildon pensava: “Se não for autorizada essa inauguração, "não vão me matar, mas me suicidar apenasmente”, usando as palavras do alcaide Supirense.

Mas quando, finalmente, a justiça liberou o descerramento da fita inaugural, os providenciamentos ‘inauguráticos’ já estavam todos prontos e não teve como impedir o espetáculo.

Discursos inflamados, protocolares, exatamente iguais aos de Sucupira, o 'retratista' correndo de um ano para o outro e, por fim, o inevitável: Hildon, nos braços do povo e com o sorriso largo, no 'pé da zorelha', com a 'alma lavada e enxaguada pela emoção' disse: "Estamos transformando Porto Velho! Eles não queriam, o CREA não queria, o TCE, não queria, mas nós vencemos" - com aplausos ecoando pelos microfones, sendo quase possível ouvir, ao fundo, os acordes da trilha sonora de O Bem-Amado.

E, como a vida imita a arte, a nossa rodoviária foi finalmente inaugurada, linda, moderna, a belezura da Jorge Teixeira com a Carlos Gomes e, Hildon ao contrário de Odorico que não conseguiu inaugurar o cemitério de Sucupira e morreu, está "Vivinho da Silva" para comemorar esse memorável feito com seu povo .

Contudo, o assunto já garantiu seu lugar no folclore da cidade. Talvez ao lado do cemitério de Sucupira, onde repousam as grandes promessas da política nacional e em Porto Velho como parte do folclore que entrou nos 'anais e menstruais' da capital rondoniense.

Agora, o melhor, então, é encerrar essa narrativa 'odorística' e partir para os 'finalmentes', elevando as ‘conjuminâncias e merecendências’ de Hildon, um sujeito 'praticante e juramentado' e parafrasear seu colega prefeito de Sucupira, Odorico Paraguaçu, pedindo uma salva de palmas ao melhor prefeito que Porto Velho já teve, agora desempregado, mas com sua rodoviária inaugurada, uma figura que se revelou corajosa, ‘trepidante e dinamitosa’.

VIVA PORTO VELHO, VIVA HILDON, VIVA ODORICO!

AMÉM!

O autor é jornalista, advogado e apresentador do Programa A VOZ DO POVO, na Rádio Caiari, FM.

Obs: A deformação das palavras é decorrente daquela usada por Odorico na Novela O Bem Amado, da Rede Globo.

Despedida e Esperança: Um novo ciclo que começa nesta madrugada

 Despedida e Esperança: Um novo ciclo que começa nesta madrugada

Arimar Souza de Sá


Chegamos ao final de mais uma jornada. O ano se esvai e despede, levando consigo dores, desafios e conquistas. Que a força, a resiliência e a sabedoria nos guiem na construção de novos passos nesse alvorecer de possibilidades deste ano que se inicia.

Adeus, 2024! Vá com suas tristezas e angústias. Estou sereno e sempre renovado, opto por deixar para trás o que de ruim aconteceu. Que as feridas do passado se transformem em lições para o mim e para meu próprio futuro.

Ainda ecoam em minha memória os conflitos que marcaram a humanidade neste ano que se esvai: as tensões entre Hamas e Israel, e saga de um governo que falhou em atender aos brasileiros mais vulneráveis que ainda teve a coragem de cortar o Benefício da Prestação continuada – BPC - e aumentar o gordo orçamento da cultura para beneficiar artistas que fazem espetáculo às custas do suor alheio que advém dos impostos. 

Em casa, o preço da comida subiu, nos postos  os remédios ficaram escassos, e na rua a dor cresceu nos hospitais e nas periferias. mas gastança com o dinheiro público não teve trégua, só no “janjapalooza” foram torrados R$ 33 milhões do minguado dinheiro miúdo brasileiro.

No Nordeste, o sofrimento se agravou com a falta de água cortada pelo Governo, enquanto a fome, madrasta do mal, ressoou em estômagos vazios, desafiando esperanças já desgastadas.

Mas basta, meu Deus! 

Que o próximo ano seja de reconciliação entre os povos, de pontes construídas, não destruídas. Que os sonhos de união se sobreponham aos impulsos de ódio. Que os tijolos erguidos sejam para abrigar vidas e não para dividir nações.

Que as geleiras voltem a se solidificar, as chuvas retornem aos ciclos naturais e que os homens tenham dó da terra e que esta floresça em paz e beleza, como presente divino.

Que a convivência humana seja regida por amor e respeito e não polarização, substituindo guerras por diálogos e tais gastanças governamentais por investimentos na dignidade de todos. 

Que o Brasil encontre caminhos para mais segurança, menos desigualdade, e um futuro onde todos possam viver com dignidade.

Que 2025 nos traga menos pedintes nas ruas e mais empregos, menos violência e mais educação. 

Que a escuridão das ideias seja vencida pela luz da ação, e que o amor prevaleça sobre todas as formas de ódio e preconceito. 

Que as famílias encontrem harmonia, os campos prosperem e as cidades se tornem lugares mais limpos e acolhedores.

Rogo por saúde, para mim, minha família e para todos, especialmente os que compartilham comigo deste momento de reflexão. 

Que Porto Velho seja um símbolo de renovação! Menos lixo e mais vias seguras e menos sujeiras nas ruas. Menos alagação e mais luz nos olhos de quem tem a caneta poderosa na mão e pode mudar o curso de uma história. 

Que o amor pelo próximo seja o fundamento de cada decisão política, e que as urnas tenham falado alto em favor do bem-estar coletivo e não da crítica pela crítica. 

Sejamos exigentes para os cultores do oportunismo e dos conchavos no mercadejo do dinheiro público não tenham nunca vez na vida pública rondoniense.

Que as dificuldades, se vierem, sejam passageiras e superadas com coragem e tranco.

Desejo a todos os meus leitores e ouvintes do Programa A VOZ DO POVO, da Rádio Caiari, um novo tempo, tempo repleto de avanços científicos, especialmente na cura de doenças, e ações concretas para preservar nosso planeta, principalmente do desmatamento. 

E que, enfim, nesse novo ano, a felicidade seja uma visitante constante em nossas vidas, iluminando nossos dias com saúde e fortalecendo nossos sonhos para, finalmente, conquistarmos com o labor do nosso próprio corpo o diamante que tanto almejamos: A FELICIDADE.

QUE ASSIM SEJA!

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Amém!

UNIR: O gigante adormecido que precisa despertar - por Arimar Souza de Sá

O gigante precisa acordar! Que as ideias triunfem, e que a UNIR esqueça a polarização ideológica que reina e retome seu lugar no pódio...

Foto: Diêgo Holanda/Arquivo g1

PORTO VELHO-RO: UNIR: O gigante adormecido que precisa despertar

A Universidade Federal de Rondônia, com todo o seu potencial, se assemelha hoje a um rio

caudaloso que, em vez de seguir em direção ao oceano do conhecimento, permanece represado por barreiras invisíveis, incapaz de fluir livremente, fatos que fragilizam sua imagem.

Entre eles, destaca-se o afastamento da professora Marcele Pereira, uma figura qualificada e reconhecida por sua liderança dentro da universidade, cujo desligamento, por questiúnculas paroquiais, representou uma perda significativa para a comunidade acadêmica.

Outro episódio marcante foi o afastamento da vice-reitora, acusada de apresentar um diploma falso, em um escândalo que abalou a credibilidade da instituição. Esses acontecimentos expõem uma crise interna que impede a UNIR de desempenhar plenamente seu papel como uma referência em ciência e educação na Amazônia.

Mesmo contando com um corpo docente altamente qualificado, que poderia transformar Rondônia em um polo de inovação e desenvolvimento, a UNIR tem deixado escapar oportunidades de protagonismo. Quem olha de longe, pensa que aquela é uma árvore que não dá frutos, mas dá sim!

Nos últimos anos, as disputas ideológicas transformaram a instituição em um campo de batalhas estéreis, desviando o foco do que realmente importa: a produção de saberes e a contribuição para o desenvolvimento da Amazônia.

E tais conflitos parecem inibir o foco na produção científica, que tornaram a universidade como um navio à deriva, sem rumo em um mar apinhado de desafios e peculiaridades. Isso, por si só, precisa de uma UNIR que aja como uma usina de ideias e soluções. Contudo, o que se vê de longe, é uma academia paralisada, com instalações físicas deterioradas, deixando escapar oportunidades de protagonismo.

A UNIR, com sua capacidade de liderar debates e influenciar políticas públicas, deveria ser como um farol a iluminar o caminho em meio às tempestades da região. Mas, ao invés disso, tornou-se uma embarcação à deriva, perdida no mar de sua própria apatia, movida pela ideologia de esquerda que, na prática, corrói suas entranhas.

É hora de a universidade sacudir a poeira da inércia, romper os grilhões do passado e das intermináveis brigas internas e assumir seu papel como referência em ciência e inovação na Amazônia.

Superar essas dificuldades, resgatar sua essência e voltar a ser uma fonte de conhecimento transformador, é o que espera cada um de nós rondonienses que prezamos pela universidade e, sobretudo, pela extensão e a excelência do ensino.

Rondônia, um estado com tantas demandas e peculiaridades, precisa de uma universidade que erga sua voz, produza pesquisas relevantes e colabore ativamente com o poder público na formulação de políticas que melhorem a vida da população.

A sociedade não precisa de uma UNIR silenciada, mas de uma instituição forte que erga sua voz, produza conhecimento relevante e transforme a realidade da região.

O gigante precisa acordar! Que as ideias triunfem, e que a UNIR esqueça a polarização ideológica que reina e retome seu lugar no pódio das instituições que fazem a diferença nesse país.

Eu espero e torço por isso!

AMÉM!

O autor é jornalista, advogado e apresentador do Programa A VOZ DO POVO, da Rádio Caiari, FM, 103,1.

Por Arimar Souza de Sá

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do autor e não representam, necessariamente, a posição ou visão editorial deste site.

A MORFOLOGIA DO MEDO AMAZÔNICO

Por Arimar Souza de Sá

O medo sempre foi imanente ao plexo amazônico, desde os tempos dos seringais, em que a atividade “gomífera” – assim denominada a extração da borracha nativa – representava o único produto econômico forte do alto Amazonas, incluindo o Acre e Rondônia.



Medo, misturado à fé e à coragem, faziam o amálgama no coração do seringueiro, muitas das vezes cruzando os alagados, em busca das melhores árvores, a pé ou em canoas puxadas a remo, onde ele penetrava na floresta imensa, numa disputa de espaço com as enormes sucuris, jacarés, onças pintadas, pretas e vermelhas, pacas, veados e antas, e as lontras, que os nativos chamavam de ariranha.


Medo, em “terra firme”, das flechadas dos índios e das cobras venenosas, como a temível “pico de jaca”, sempre prestes a alcançá-los, em suas “colocações” ou “estradas” de seringa, que percorriam religiosamente todas as madrugadas, para tirar o precioso “leite”, apenas com sua “poronga” na cabeça, as tijelinhas no embornal, a espingarda à bandoleira, e FÉ em um Deus maior que tudo aquilo.


À noite, no silêncio, às vezes vinha ainda o medo de receber a visita do lendário e terrível macaco gogó de sola, e dos bandos de caititus e queixadas, que destruíam, com seus poderosos dentes, quem se atrevesse a cruzar o seu caminho.


Para completar essa morfologia do medo amazônico, a febre, quase sempre mortal. A amarela, a tifóide e a malária faziam folia, e no consórcio com o beribéri ceifavam vidas, impiedosamente, nos confins das matas.


Nesses campos de batalha, seria preciso um termômetro do tamanho do mundo para medir a febre provocada pelos carapanãs, e o “desgracente”, coitado, tremendo como uma vara verde trincava-se de dor sem o socorro necessário.


Medo, enfim, da morte, posto que os seringueiros, jogados na “hinterlândia” como reses nos campos, sem o amparo de ninguém, sucumbiam no pulmão da mata, sepultados quase sempre em covas rasas ao pé de uma árvore qualquer, debaixo do silêncio.


Getúlio Vargas, o ditador populista, ampliou ainda mais essa tragédia do medo na região, convocando a pobreza nordestina, ancorado em promessas de riquezas com a extração do látex, para alimentar o esforço de guerra.


Assim, vieram aportar por aqui os “soldados da borracha”. Chegaram amontoados nos navios, redes por sobre redes e, como os escravos de tempos remotos, foram entregues à sanha dos famosos “coronéis de barrancos”, donos dos seringais...


No remontar dessa história, é fato que, para qualquer guerra, os soldados vão com apoio de retaguardas para recolher os feridos e tratá-los, mas nessa batalha da hinterlândia, não havia retaguarda, nem médicos, nem enfermeiros, e o pior, nem remédios.


O tratamento, então, ficava por conta da pajelança dos curandeiros, e dos chás de ervas das “rezadeiras”, que faziam milagre.


Eis aí a saga do homem amazônico, parido das tripas do medo... Quanta falta de respeito! A história não registra a tragédia, posto que pobres, para os grandes, não contam história, nem ontem, nem hoje, nem sempre.


Tudo que retrato aqui, sem fantasias, era um embate de feras, as que chegavam – homens, foices, facões e machados - e as que já estavam aqui, como guardiãs das florestas: os índios, as cobras, lagartos, espinhos e urtigas, para defender seu território do camarada “ofensor”.


No meio do caminho a morte ia deixando seu rastro. Na prática, era o horror mastigando o próprio horror. É de se dizer que os que escaparam dessa contenda (seringueiros e soldados da borracha), foram imunizados pela “vacina” contra a morfologia do medo amazônico, deles restando filhos, netos e bisnetos, muitos ainda hoje vivendo nesse isolamento de matas, rios e cachoeiras.


O costume dessa embriaguez de medo amazônico talvez nos permitisse estar vacinados contra as pragas do mundo. Ledo engano, eis que, num simples lampejo estamos a pelejar com outra etapa histórica de patologias, agora, através de um vírus letal que a ciência apelidou de Coronavírus.


Assim surge um novo espaço para o medo e aflição dos amazônicos. Nesse contexto, estamos vivenciando uma bagunça universal.


É que sem conhecimento específico para debelar o mal, os profissionais de saúde, apesar do esforço, se assemelham aos curandeiros do viver amazônico. Sabem muito pouco ou quase nada sobre a peste, fato que desconstruiu a nossa fé de que a semente deixada por Hipócrates seria capaz de gerar a salvação do mundo.


A parafernália tecnológica que vasculha os pedaços de nós mesmos, nesta hora deixa de ser útil para adentrar ao universo de mentiras, que se erguem pelas mãos dos oportunistas do dinheiro púbico, nesse campeonato onde o adversário de tão forte, mata, fica impune, e eles ainda ganham.


Que Deus e os santos se revelem novamente, antes que as valas não caibam mais gente, e ricos e pobres, enfim, se juntem no caminho da eternidade, onde o medo seja apenas uma palavra do passado, e não o símbolo da anunciação do fim dos tempos.


QUE NÃO SEJA NUNCA COMO ELES QUEREM!


AMÉM!. 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do autor e não representam, necessariamente, a posição ou visão editorial deste site.