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Ataque russo deixa mortos e feridos pela segunda noite seguida em Kiev

Ofensiva em larga escala utilizou vários drones e mísseis de cruzeiro

A Rússia lançou um ataque aéreo em larga escala contra Kiev, capital da Ucrânia, na madrugada desta quinta-feira (10), marcando a segunda noite consecutiva de grandes ataques ao país.



Pelo menos duas pessoas morreram e mais de uma dúzia ficaram feridas na ofensiva, que utilizou vários drones e mísseis de cruzeiro, segundo as autoridades de Kiev.


A ofensiva ocorre uma noite após a Rússia realizar seu maior ataque com drones desde o início de sua invasão em larga escala, lançando 728 drones e 13 mísseis em ataques que mataram pelo menos uma pessoa, de acordo com autoridades ucranianas.


Os danos nesta manhã pareciam ser substanciais. Prédios residenciais, carros, armazéns, escritórios e outros edifícios estavam em chamas por toda a cidade, disse Tymur Tkachenko, chefe da administração militar de Kiev.


Tkachenko pediu aos moradores que permanecessem em abrigos e evitassem janelas e varandas, enquanto os sistemas de defesa aérea da Ucrânia trabalhavam para repelir o ataque.


“A propriedade pode ser restaurada, mas a vida humana não”, afirmou.


Um vídeo filmado pela equipe da CNN mostrou explosões massivas e violentas na região. A visibilidade no centro da cidade era limitada e um forte cheiro de fumaça pairava no ar logo após o incidente.


Intensificação dos ataques

A Rússia intensificou significativamente seus ataques aéreos contra a Ucrânia nas últimas semanas, lançando ofensivas envolvendo centenas de drones e mísseis.


O trabalho em direção a um acordo de paz desacelerou simultaneamente, gerando frustração na Casa Branca, onde o presidente dos EUA, Donald Trump, criticou Vladimir Putin na terça-feira (8).


“Putin nos joga muita besteira, se você quer saber a verdade”, disse Trump em uma reunião de gabinete.


“Ele é muito gentil o tempo todo, mas acaba sendo inútil”, completou.


O ataque contínuo da Rússia nos últimos dias injetou nova urgência às questões em torno do compromisso de Washington em defender a Ucrânia, já que o governo Trump prometeu enviar armamento defensivo adicional para Kiev, em uma aparente reversão de política.


Moscou minimizou as palavras de Trump em uma coletiva de imprensa na quarta-feira. Um porta-voz do Kremlin disse que está reagindo "com calma" às críticas de Trump a Putin.


"Trump, em geral, tende a usar um estilo e expressões bastante duros", disse Dmitry Peskov, acrescentando que Moscou espera continuar o diálogo com Washington.


O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, deve se encontrar com seu homólogo russo, Sergey Lavrov, à margem da cúpula da ASEAN na Malásia, nesta quinta-feira.


Após o ataque recorde de drones na quarta-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que houve "muitas tentativas de alcançar a paz e o cessar-fogo, mas a Rússia rejeita tudo". (CNN BRASIL)

Irã diz que instalações foram "gravemente danificadas" após ataques

Organização e agências de energia atômica do país estão trabalhando em uma avaliação técnica dos locais atingidos

As instalações nucleares do Irã foram “gravemente danificadas” após “repetidos ataques” de Israel e dos Estados Unidos, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmail Baghaei, em uma entrevista televisionada.



Autoridades iranianas e a mídia estatal já haviam minimizado a extensão dos danos ao programa nuclear do país.


“Nossas instalações nucleares foram gravemente danificadas, isso é certo, porque sofreram repetidos ataques de agressores israelenses e americanos”, declarou Baghaei à Al Jazeera.


Ele afirmou que a organização e as agências de energia atômica do país estão trabalhando em uma avaliação técnica das instalações nucleares do Irã.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (25) que os ataques que ordenou às instalações nucleares iranianas causaram “destruição total”, mesmo depois que a CNN noticiou que uma avaliação inicial de inteligência concluiu que o ataque somente atrasou o programa nuclear de Teerã em alguns meses.


Ao criticar a cobertura da mídia, Trump argumentou que os ataques atrasaram as ambições nucleares do Irã em décadas.



Ainda assim, o presidente americano reconheceu que as informações eram “inconclusivas” e preliminares, e sugeriu que Israel forneceria um panorama mais completo em breve com suas próprias descobertas.


A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de fiscalização nuclear da ONU, afirmou que o conflito de 12 dias “danificou gravemente várias” instalações nucleares do Irã.


Bahaei disse à Al Jazeera que o parlamento iraniano votou pela suspensão da cooperação com a AIEA, mas não aprovou a suspensão da participação do Irã no Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP),  acordo criado para monitorar e prevenir a disseminação global de armas nucleares, bem como promover o uso pacífico da tecnologia nuclear. (cnn Brasil)

Israel não realizou ataques após Trump conversar com Netanyahu, diz governo

Gabinete do primeiro-ministro israelense afirmou que presidente dos EUA “expressou seu grande apreço por Israel” e que premiê se comprometeu a evitar ataques adicionais

Israel atingiu um radar ao norte de Teerã na terça-feira (24), mas se absteve de realizar novos ataques depois que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu conversou com o presidente dos EUA, Donald Trump, informou o gabinete do primeiro-ministro em um comunicado.





O ataque ao Irã, que foi lançado horas depois do cessar-fogo entrar em vigor, ocorreu depois que autoridades israelenses acusaram Teerã de violar a trégua ao disparar vários mísseis contra Israel.


O gabinete disse que Trump “expressou seu grande apreço por Israel” e que Netanyahu se comprometeu a evitar ataques adicionais.


Ligação entre Trump e Netanyahu

Uma fonte da Casa Branca disse à CNN que Trump falou com Netanyahu na terça-feira (24) de manhã e foi "excepcionalmente firme e direto".


A agência de notícias estatal iraniana Fars disse na terça-feira (24) que seu correspondente ouviu explosões no norte do Irã, horas depois de Israel e Irã concordarem com o cessar-fogo.



O correspondente da Fars informou que uma explosão foi ouvida na cidade costeira de Babolsar, ao norte de Teerã. Veículos de resgate e ambulâncias estão se dirigindo ao local da explosão, informou a Fars.


Segundo Israel, dois mísseis balísticos iranianos foram lançados contra Israel aproximadamente três horas após a entrada em vigor do cessar-fogo anunciado por Trump. Na Casa Branca, Trump posteriormente descreveu o lançamento como "um foguete que não pousou — que foi disparado — talvez por engano, que não pousou". (cnn Brasil)

Hezbollah ameaça atacar bases dos EUA no Oriente Médio

“O desequilibrado Trump perderá todos os trilhões que sonha em angariar”, disse Abu Ali al-Askari, líder do grupo Kataib Hezbollah

O Kataib Hezbollah, milícia xiita que faz parte das Forças de Mobilização Popular do Iraque (PMF), disse que bases dos Estados Unidos no Oriente Médio podem ser atacadas, caso o país entre no conflito entre Israel e Irã. A ameaça foi divulgada nesta quinta-feira (19/6) pelo líder de segurança do grupo, Abu Ali al-Askari.



“Reafirmamos, com ainda mais clareza, que, caso os Estados Unidos entrem nesta guerra, o desequilibrado Trump perderá todos os trilhões que sonha em angariar nesta região”, afirmou al-Askari. “Sem dúvida, as bases americanas espalhadas pela região tornar-se-ão semelhantes a campos de caça a patos”.


Além disso, o líder do grupo iraquiano — que possui ligações com o Hezbollah libanês — ameaçou fechar importantes rotas de navegação no Oriente Médio. Entre eles, o Estreito de Ormuz, entre os golfos Pérsico e de Omã, e a hidrovia de Bab-el-Mandeb, no Mar Vermelho.


Ofensiva israelense contra o Irã

Depois de diversas ameaças, Israel lançou na semana passada o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã. O foco da operação foi o programa nuclear iraniano.

O principal objetivo da ação, segundo o governo israelense, é impedir que o Irã consiga construir uma arma nuclear.

Como resposta à operação israelense, o Irã lançou um exército de drones e mísseis contra o território de Israel.

Em pronunciamento no sábado (14/6), o premiê Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva deve continuar. Ele prometeu ataques contra todas as bases iranianas.

Até o momento, relatos indicam que parte do programa nuclear já foi afetada pelos ataques. Danos maiores, no entanto, dependem de bombas – ou da participação direta – dos EUA, o que tem sido solicitado pelo governo de Israel.



Apoio declarado

Mais cedo, o Hezbollah no Líbano declarou apoio ao Irã na guerra contra Israel. Ambos os grupos são supostamente apoiados pelo regime iraniano.


Até o momento, os planos de Donald Trump para o conflito, que se arrasta por sete dias, ainda não são claros. O presidente norte-americano, contudo, já disse que não busca mais um cessar-fogo para a guerra, mas sim uma “vitória completa” contra o Irã. (Metrópoles)

"Bunker Buster": Só EUA têm arma capaz de penetrar usina "enterrada" no Irã

Bomba "Bunker Buster" pode penetrar até 60 metros de profundidade, sendo considerada crucial para um potencial ataque às instalações iranianas



Os Estados Unidos possuem uma arma única capaz de atingir o centro nuclear do Irã, localizado em instalações subterrâneas profundas. Esta informação ganha relevância em meio às tensões crescentes entre Israel e Irã, e a possibilidade de um conflito mais amplo na região.


A bomba em questão, conhecida como "Massive Ordnance Penetrator" ou coloquialmente como "Bunker Buster", é considerada um atalho estratégico para atingir alvos profundamente enterrados. Com capacidade de penetrar até 60 metros no solo, esta arma representa uma vantagem significativa sobre o arsenal convencional.


A bomba em questão, conhecida como "Massive Ordnance Penetrator" ou coloquialmente como "Bunker Buster", é considerada um atalho estratégico para atingir alvos profundamente enterrados. Com capacidade de penetrar até 60 metros no solo, esta arma representa uma vantagem significativa sobre o arsenal convencional.


A "Bunker Buster" é transportada por aviões stealth, aeronaves de tecnologia avançada capazes de evitar detecção por radares. Este sistema de entrega aumenta significativamente as chances de sucesso da missão, permitindo que o avião penetre o espaço aéreo inimigo sem ser detectado.


A possibilidade de os Estados Unidos fornecerem esta tecnologia a Israel tem sido tema de discussões, dada a incapacidade atual do arsenal israelense de atingir efetivamente as instalações nucleares iranianas mais profundas. (cnn Brasil)

Khamenei alerta Trump: ataque dos EUA terá consequências irreparáveis

Líder supremo do Irã disse, em pronunciamento, que o país “se manterá firme contra uma guerra imposta e firme contra uma paz imposta”

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou, em uma mensagem televisionada nesta quarta-feira (18/6), que o país “se manterá firme contra uma guerra imposta, assim como se manterá firme contra uma paz imposta”.



“E os americanos devem saber que qualquer intervenção militar dos EUA será, sem dúvida, acompanhada de consequências irreparáveis”, alertou o aiaotalá.


A declaração é uma resposta ao presidente dos EUA, Donald Trump, que, nessa terça-feira (17/6), disse que só aceitará uma “rendição incondicional” do Irã e que sua paciência está “se esgotando” com Khamenei, que, segundo o norte-americano, não será morto. “Pelo menos não por enquanto”.


De acordo com a agência estatal Tasnim, o líder iniciou o pronunciamento saudando a reação do povo iraniano e afirmou que o país continuará firme diante da guerra imposta.


Ofensiva israelense

Depois de diversas ameaças, Israel lançou o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã. O foco da operação foi o programa nuclear iraniano.

O principal objetivo da ação, segundo o governo israelense, é impedir que o Irã consiga construir uma arma nuclear.

Como resposta à operação israelense Leão Ascendente, o Irã lançou um exército de drones e mísseis contra o território de Israel.

Em um pronunciamento no sábado (14/6), o premiê Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva deve continuar. Ele prometeu ataques contra todas as bases iranianas.


“Aqueles com sabedoria que conhecem o Irã, seu povo e sua história nunca falam com esta nação na linguagem da ameaça, porque a nação iraniana não se renderá”, continuou o líder supremo iraniano.


Após a transmissão, Khamenei reforçou suas críticas a Trump nas redes sociais.


“O presidente dos EUA nos ameaça. Com sua retórica absurda, ele exige que o povo iraniano se renda a ele. Eles deveriam ameaçar aqueles que têm medo de serem ameaçados. A nação iraniana não se assusta com tais ameaças”, divulgou o líder.


Khamenei elogiou a “postura firme e corajosa da nação iraniana” diante dos ataques israelenses e enfatizou: “A nação iraniana permanece firme diante da guerra imposta, assim como permanecerá firme contra a paz imposta, e que não cederá a qualquer tipo de imposição”.


O aiatolá também afirmou que os indivíduos sábios, que conhecem bem a nação e a história iraniana, jamais se dirigiriam ao Irã com uma linguagem de ameaça, pois é impossível que a nação iraniana se renda. Segundo ele, a agressão israelense é “estúpida e maligna”.


Ele também elogiou a coragem de uma repórter da Rede de Notícias da República Islâmica do Irã (Irinn), ligada à Radiotelevisão da República Islâmica do Irã (Irib), que sofreu um ataque israelense enquanto fazia uma transmissão ao vivo em Teerã.


Ameaças

Sem solução diplomática, o aiatolá Ali Khamenei passou a ser alvo de ameaças, não só de Israel, como também do governo dos Estados Unidos.


Nessa terça, o presidente norte-americano, Donald Trump, exigiu a rendição incondicional do Irã e disse que a vida do líder supremo não corre risco, ao menos “por enquanto”.


O governo de Israel, por sua vez, cobra uma atitude mais ativa dos aliados norte-americanos e pede que tropas dos EUA se juntem aos ataques contra o Irã.


6º dia de conflitos

Israel atacou o Irã pelo sexta dia consecutivo nesta quarta, poucas horas após a ameaça do presidente Trump, por uma “capitulação incondicional” de Teerã. Na madrugada dessa terça para esta quarta, o líder iraniano Ali Khamenei prometeu, no X, uma “resposta firme ao regime terrorista sionista”, que será “sem piedade”.


Em um comunicado, o Exército israelense afirmou que “mais de 50 aviões” atacaram durante a noite “uma instalação de produção de centrífugas em Teerã”, além de “vários locais de fabricação de armas, incluindo instalações de produção de matérias-primas e componentes usados na montagem de mísseis terra-terra”.

Ataque russo contra Ucrânia deixa três mortos e quase 50 feridos

Capital ucraniana foi alvo da ofensiva, mas bombardeios aconteceram por todo o país

A Rússia lançou um intenso bombardeio de mísseis e drones contra a capital ucraniana na madrugada desta sexta-feira (6), e três pessoas morreram, afirmaram autoridades ucranianas, enquanto explosões aconteciam por todo o país.



Os ataques ocorreram após um alerta do presidente russo, Vladimir Putin, transmitido pelo líder dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o governo russo retaliaria o país após drones ucranianos destruírem vários bombardeiros estratégicos em ataques no interior da Rússia.


A administração militar de Kiev informou que três pessoas morreram nos ataques a capital, depois que o prefeito estimou inicialmente o número de mortos em quatro.


As três vítimas eram socorristas que correram para o local de um dos ataques, informou o ministro do Interior, Ihor Klymenko.



“Durante a noite, a Rússia 'respondeu' à destruição de suas aeronaves… atacando civis na Ucrânia… Prédios de vários andares atingidos. Infraestrutura de energia danificada”, escreveu o ministro das Relações Exteriores, Andrii Sybiha, no X.


O presidente Volodymyr Zelensky afirmou que 49 pessoas em todo o país ficaram feridas nos ataques noturnos, que também atingiram várias outras cidades, além de Kiev, e pediu aos aliados ocidentais da Ucrânia que aumentem a pressão sobre a Rússia.


A Força Aérea afirmou que a Rússia utilizou 407 drones, um dos maiores números registrados em um único ataque. Quarenta e cinco mísseis de cruzeiro e balísticos também foram disparados, informou a Força Aérea.


O sistema de transporte do metrô de Kiev foi interrompido por um ataque russo que atingiu e danificou os trilhos entre as estações, informou a administração militar de Kiev.


A empresa ferroviária estatal informou que também estava desviando alguns trens devido a danos ferroviários fora da cidade. (cnn Brasil)

Trump diz que Putin prometeu retaliar Ucrânia por ataque

Líderes conversaram por telefone após ofensiva ucraniana com drones

O presidente russo, Vladimir Putin, disse ao presidente dos Estados, Donald Trump, nesta quarta-feira (4) que a Rússia vai responder aos ataques de drones ucranianos contra a frota de bombardeiros russos.



Depois que a Ucrânia bombardeou pontes e atacou a frota de bombardeiros russa nas profundezas da Sibéria e no extremo norte da Rússia, Putin disse não acreditar que os líderes ucranianos querem a paz.


Em uma postagem na Truth Social, Trump disse ter conversado por telefone com o líder russo por uma hora e 15 minutos.


"Discutimos o ataque aos aviões russos atracados, pela Ucrânia, e também vários outros ataques que vêm ocorrendo por ambos os lados. Foi uma boa conversa, mas não uma conversa que levará à paz imediata", disse Trump nas redes sociais. "O presidente Putin afirmou, e com muita veemência, que terá que responder ao recente ataque."


Um assessor de política externa de Putin, Yuri Ushakov, afirmou que o líder russo disse a Trump na ligação que as negociações de cessar-fogo entre Moscou e Kiev foram produtivas, apesar do que ele chamou de tentativas da Ucrânia de "interrompê-las".


Um assessor de política externa de Putin, Yuri Ushakov, afirmou que o líder russo disse a Trump na ligação que as negociações de cessar-fogo entre Moscou e Kiev foram produtivas, apesar do que ele chamou de tentativas da Ucrânia de "interrompê-las".


Cada um possui três formas de ataque nuclear — bombardeiros estratégicos, mísseis balísticos intercontinentais lançados de terra e mísseis balísticos lançados de submarinos — e qualquer ataque a qualquer parte da "tríade" é considerado uma grave escalada.


A guerra na Ucrânia se intensifica após meses de esforços por parte de Trump para acabar com o conflito mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.


Acordo com o Irã

O assessor de Putin também confirmou que os dois presidentes discutiram outras questões internacionais, particularmente o conflito no Oriente Médio e como a Rússia poderia ajudar a lidar com o Irã e seu programa nuclear.


Sobre o Irã, Trump disse acreditar que Putin concordava com Washington que o Irã "não pode ter uma arma nuclear" e acusou Teerã de "lentidão" nas decisões em relação às negociações. (cnn Brasil)

Teia de aranha: entenda a ofensiva ucraniana que destruiu caças russos

Operação secreta, nomeada Teia de Aranha e coordenada pela Ucrânia, causou prejuízo bilionário a defesa aérea da Rússia

No último domingo (1º/6), a Ucrânia lançou uma de suas ações militares mais ousadas e sofisticadas desde o início da guerra, utilizando drones camuflados para atacar cinco bases aéreas em território russo e destruir parte significativa da frota de bombardeiros estratégicos de Moscou. Batizada de Operação Teia de Aranha, a ofensiva já é considerada um marco no conflito.



Segundo autoridades ucranianas, 41 aeronaves foram danificadas ou completamente destruídas, incluindo modelos estratégicos como o Tu-95 e o Tu-22M3, usados para lançar mísseis de cruzeiro contra cidades e infraestrutura crítica da Ucrânia.


Estima-se que o ataque tenha imposto um prejuízo de até US$ 7 bilhões à Rússia, além de abalar a imagem de invulnerabilidade das suas bases aéreas.


Drones civis adaptados — e baratos


Um dos pontos mais surpreendentes da operação foi o uso de drones FPV (First Person View) adaptados de modelos civis, que custam menos de R$ 3 mil cada. Leves, silenciosos e difíceis de detectar por radares, esses drones foram escondidos dentro de contêineres e transportados clandestinamente para o território russo — inclusive por cidadãos russos cooptados ou infiltrados.


Os drones permaneceram camuflados por dias ou semanas antes do ataque, armazenados em caminhões e galpões. No momento certo, foram ativados remotamente e lançados em massa contra hangares e pistas de decolagem em bases aéreas de longa distância, como Engels, Olenya e Mozdok, localizadas a até 4.500 km da fronteira ucraniana.


Ataque surpresa e efeito estratégico


A ofensiva foi planejada em sigilo por quase dois anos, com envolvimento direto do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) e coordenação da diretoria de inteligência militar (GUR). O ataque foi executado com o auxílio de infiltrados que ajudaram a montar e ativar os sistemas de lançamento no interior da Rússia.


Além de impactar o poder aéreo russo, o ataque teve forte valor simbólico. Ele demonstrou que, apesar da assimetria de forças, a Ucrânia consegue realizar ataques profundos e eficazes em território inimigo, inclusive sem o uso de armamentos fornecidos por aliados ocidentais.


Os drones utilizados na operação foram integralmente produzidos na Ucrânia ou adaptados de peças comerciais disponíveis online.


Os equipamentos são controlados por pilotos em solo, distantes deles. Com o auxílio de um fone de ouvido, o soldado responsável recebe as imagens transmitidas em tempo real.



E os mísseis fornecidos pelos aliados?


Após o ataque extremamente inteligente, utilizando um drone "simples e barato" , fica o questionamento sobre quando a Ucrânia poderá utilizar os mísseis fornecidos por seus aliados.


Recentemente o governo da Alemanha liberou ataques da Ucrânia contra o território da Rússia com armas de origem do país. Segundo o chefe da diplomacia alemã, Friedrich Merz, a decisão vai possibilitar que a nação liderada por Volodymyr Zelensky possa "se defender".


Armas como ATACMS (EUA), Storm Shadow (Reino Unido) e Taurus (Alemanha) estão no centro de uma estratégia que pode mudar o rumo do conflito, ao permitir que as forças ucranianas atinjam alvos a centenas de quilômetros de distância, inclusive dentro do território russo.


Com tudo, o uso dessas armas exige cautela. Além das implicações diplomáticas, há o risco de que alvos civis sejam atingidos ou que o conflito extrapole ainda mais as fronteiras ucranianas.


Metrópoles

Após novos ataques, Rússia e Ucrânia negociam cessar-fogo na Turquia

 Após novos ataques, Rússia e Ucrânia negociam cessar-fogo na Turquia

Este é o segundo encontro dos países, em Istambul, para a negociação de um possível cessar-fogo proposto pelo governo dos Estados Unidos



A segunda rodada de negociações diretas entre Rússia e Ucrânia começou, nesta segunda-feira (2/6), em Istambul, Turquia, com mais de uma hora e meia de atraso em relação ao previsto.


Esta é a segunda rodada de negociações entre os dois países, na Turquia. No dia 16 de maio, autoridades de ambas nações se encontraram pela primeira vez após mais de três anos de guerra.


O primeiro encontro durou cerca de duas horas e foi acordada a troca de prisioneiros de guerra na fórmula “1.000 por 1.000”. O acordo foi cumprido por ambos os lados. As informações são da agência de notícias Russa TASS.


Na última quarta-feira (28/5), a Rússia propôs à Ucrânia a realização de uma nova rodada de negociações de paz, o que resultou no encontro desta segunda.


Troca de prisioneiros

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, afirmou que a segunda rodada de negociações entre a Rússia e a Ucrânia incluirá discussões sobre um cessar-fogo e trocas de prisioneiros.


“Gostaria de agradecer a todos, mais uma vez, pela abordagem construtiva e voltada para resultados demonstrada na primeira reunião, em 16 de maio. As partes tomaram medidas muito importantes, com a troca de milhares de pessoas concluída em um curto espaço de tempo”, disse Fidan.


Segundo o ministro, “conforme acordado, reuniram-se hoje e demonstraram sua disposição de avaliar mutuamente as posições. Pretendemos continuar avaliando as condições e as perspectivas de um cessar-fogo. Ao mesmo tempo, pretendemos avançar na questão da troca de prisioneiros de guerra, inclusive por questões humanitárias”.


Paz duradoura?

O presidente da Turquia, Recep Erdogan, afirmou que está em contato constante com Moscou e Kiev e usará todas as suas capacidades diplomáticas para resolver o conflito.


“Continuamos a lutar pela paz e continuaremos com nossos esforços. Vemos o momento atual como uma oportunidade para uma paz duradoura. Lembramos a todos que esta oportunidade não deve ser perdida. Não vamos fechar esta janela de oportunidade. Estamos usando todo o nosso poder diplomático e potencial para a paz”, destacou Erdogan.


O líder turco acrescentou que tem “esperança de alcançar o compromisso desejado como resultado dos atuais esforços de paz”.


“O mundo inteiro viu que esta guerra mudou fundamentalmente a arquitetura de segurança da Europa, especialmente a política energética. A União Europeia está buscando maneiras de reduzir sua dependência da Rússia em termos de energia. Isso aumenta o valor geopolítico dos países de trânsito de recursos energéticos, como a Turquia”, explicou.

Ucrânia aceita proposta de cessar-fogo de 30 dias com a Rússia, dizem EUA

Comunicado divulgado nesta terça (11) traz avanços nas negociações de paz

Autoridades da Ucrânia aceitaram, nesta terça-feira (11), uma proposta dos Estados Unidos para estabelecer um cessar-fogo temporário de 30 dias com a Rùssia, segundo um comunicado divulgado pelo governo americano.



“A Ucrânia manifestou a sua prontidão para aceitar a proposta dos EUA de promulgar um cessar-fogo imediato e provisório de 30 dias, que pode ser prorrogado por acordo mútuo entre as partes e que está sujeito à aceitação e implementação simultânea pela Federação Russa”, diz a mensagem.


O acordo foi fechado em meio às negociações entre os EUA e a Ucrânia em Riad, capital da Arábia Saudita.


O anúncio também informa que os Estados Unidos vão retirar, de forma imediata, a suspensão de compartilhamento de inteligência com a Ucrânia, e que a assistência de segurança ao país comandado pelo presidente Volodymyr Zelensky será retomada.


“Ambas as delegações concordaram em nomear suas equipes de negociação e iniciar imediatamente as negociações em direção a uma paz duradoura que garanta a segurança de longo prazo da Ucrânia”, continua o comunicado. “Os Estados Unidos se comprometeram a discutir essas propostas específicas com representantes da Rússia. A delegação ucraniana reiterou que os parceiros europeus estarão envolvidos no processo de paz.”


O acordo de minerais com a Ucrânia, desejado pelos Estados Unidos e pelo presidente Donald Trump, também avançou.


“Os presidentes de ambos os países concordaram em concluir o mais rápido possível um acordo abrangente para desenvolver os recursos minerais críticos da Ucrânia para expandir a economia da Ucrânia e garantir a prosperidade e a segurança de longo prazo da Ucrânia”, diz a mensagem. (CN BRASIL)

Hamas diz que cumprirá acordo e entregará prisioneiros no sábado

Grupo acusa Israel de violar termos do acordo

Após ameaçar suspender a entrega de prisioneiros no próximo sábado (15), o grupo palestino Hamas informou, nesta quinta-feira (13), que vai cumprir com o cronograma previsto para entrega dos prisioneiros feitos pelo grupo no ataque à Israel em dia 7 de outubro de 2023.



“O Hamas confirma a continuação da implementação do acordo a partir do que foi assinado, incluindo a troca de prisioneiros de acordo com o cronograma especificado”, informou, por meio de nota.


No início desta semana, o grupo disse que suspenderia a entrega de reféns devido às violações de Israel do acordo de cessar-fogo. Segundo autoridades de Gaza, 95 palestinos foram assassinados e outros 824 foram feridos pelas forças israelenses desde o dia 19 de janeiro, dia do início do cessar-fogo.


O governo de Israel prometeu retomar a guerra total em caso de suspensão da entrega dos reféns até o meio-dia de sábado, tendo recebido o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.


O Hamas informou que tem negociado com os representantes do Egito e do Catar para discutir a implementação do acordo após as violações de Israel e remover obstáculos para o cumprimento das medidas.  


“Nossa delegação se concentrou durante as reuniões e comunicações na necessidade de aderir à implementação de todos os termos do acordo, especialmente no que diz respeito à garantia de moradia para nosso povo e à urgente entrada de caravanas, tendas, equipamentos pesados, suprimentos médicos, combustível e o fluxo contínuo de socorro e tudo o que está estipulado no acordo”, diz o Hamas no informe.


O grupo sustenta que Israel tem bloqueado a entrega de tendas, materiais médicos, mantimentos e equipamentos de remoção de entulhos, assim como o bloqueio da transferência de feridos, conforme teria sido planejado. “A ocupação israelense está obstruindo deliberadamente a viagem de casos médicos pela passagem de fronteira de Rafah”, denuncia.


* Matéria alterada às 12h40 para corrigir informação. No primeiro parágrafo o correto é "entrega dos prisioneiros feitos pelo grupo no ataque à Israel..." ao invés do informado que a "entrega dos prisioneiros acertada no dia 7 de outubro de 2023". (Agência Brasil)

Hamas liberta três reféns; Israel começa a soltar palestinos

Os três homens pareciam magros, fracos e pálidos

O grupo militante palestino Hamas devolveu três reféns israelenses neste sábado (8), cuja aparência esquelética causou choque. Israel também começou a libertar dezenas de palestinos na última etapa de um cessar-fogo que visa encerrar a guerra de 15 meses na Faixa de Gaza. 



Ohad Ben Ami e Eli Sharabi, ambos feitos reféns no Kibutz Be'eri durante o ataque realizado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, e Or Levy, sequestrado no festival de música Nova, foram conduzidos a uma espécie de palco do Hamas por homens armados.

Em uma outra demonstração de força do Hamas, que desfilou combatentes durante libertações anteriores, dezenas dos seus militantes se posicionaram no centro de Gaza enquanto entregavam reféns ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Em carros do CICV, eles foram levados para as forças israelenses em Israel, onde se reuniram com familiares entre sorrisos e lágrimas, e foram levados de avião para hospitais. “Sentimos tanto a sua falta”, disse a mãe de Or Levy, Geula, enquanto abraçava o filho.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a imagem de fragilidade dos reféns foi chocante e seria endereçada.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, descreveu a cerimônia de libertação como cínica e cruel. “É assim que se parece um crime contra a humanidade”, disse ele.

O Fórum de Famílias de Reféns disse que a cena dos três reféns remeteram às imagens de sobreviventes dos campos de concentração nazistas durante o Holocausto. “Temos que tirar TODOS OS REFÉNS do inferno”, disse.

Em troca da libertação dos reféns, Israel está libertando 183 prisioneiros palestinos, alguns condenados por envolvimento em ataques que mataram dezenas de pessoas, bem como 111 detidos em Gaza durante a guerra. Quando os carros chegaram a Gaza, foram saudados por multidões entusiasmadas, que abraçavam os detidos libertados quando desembarcaram, alguns deles chorando de alegria e arrancando as pulseiras emitidas pela prisão que estavam em seus punhos.

Entre os homens em Ramallah, na Cisjordânia, estava Eyad Abu Shkaidem, condenado a 18 penas de prisão perpétua em Israel por planejar ataques suicidas em vingança pelos assassinatos de líderes do Hamas por Israel em 2004.

“Hoje renasci”, disse Shkaidem aos repórteres ao chegar a Ramallah, enquanto a multidão aplaudia.

O serviço médico do Crescente Vermelho Palestino disse que seis dos 42 libertados na Cisjordânia estavam com a saúde debilitada e foram levados a hospitais. Alguns prisioneiros se queixaram de maus-tratos. “A ocupação nos humilhou durante mais de um ano”, disse Shkaidem.

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Trump ameaça Putin caso paz com Ucrânia não seja negociada

Donald Trump chamou a guerra entre Rússia e Ucrânia de "ridícula" e disse que é hora de negociar a paz

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou Vladimir Putin em um apelo pelo fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. Em declaração nesta quarta-feira (22), o líder norte-americano disse que vai aplicar impostos, tarifas e sanções contra produtos russos caso um acordo não seja firmado. As informações são do Metrópoles.



Uma das plataformas de campanha de Trump era acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia pouco tempo depois que assumisse a Casa Branca.


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, já sinalizou que o diálogo entre Moscou e Washington pode ser mais fácil sob a era Trump do que na antiga administração norte-americana, de Joe Biden.


Até o momento, no entanto, ainda não está claro quando os dois líderes vão conversar sobre o assunto.

Cessar-fogo em Gaza terá início em 19 de janeiro, diz premiê do Catar

Primeira fase prevê libertação de 33 reféns do Hamas

O acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas entrará em vigor em 19 de janeiro, disse o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, em uma entrevista coletiva em Doha nesta quarta-feira (15).



*em atualização


Ucrânia faz cortes emergenciais de energia após ataque aéreo russo

Ao menos seis regiões ficaram sem eletricidade, não houve relatos imediatos de danos

A Ucrânia realizou cortes de energia de emergência em seis regiões em meio ao que as autoridades descreveram como um ataque "massivo" de mísseis russos, informou a operadora da rede nacional nesta quarta-feira (15).




A força aérea de Kiev alertou sobre vários grupos de projéteis lançados pela Rússia em meio a um alerta de ataque aéreo nacional, mas não houve relatos imediatos de danos.

Em uma declaração, a Ukrenergo relatou que fez os cortes de energia nas regiões de Kharkiv, Sumy, Poltava, Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk e Kirovohrad.


Separadamente, o ministro ucraniano da energia, German Galushchenko, escreveu nas redes sociais que "medidas preventivas" envolvendo o sistema de distribuição também estavam em vigor.


A Rússia realizou ataques aéreos regulares na rede de energia da Ucrânia enquanto suas forças terrestres avançam no campo de batalha na invasão de três anos do Kremlin.

A população da capital ucraniana, Kiev, se abrigaram em estações de metrô na manhã desta quarta-feira, enquanto os ataque aéreos aconteciam.


Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia


A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.


Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada.


A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.


Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.


As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.


O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.


A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.


O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente - e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.


O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto. (cnn Brasil)















Mais de 1,7 mil jornalistas foram mortos em 20 anos em todo o mundo

Levantamento foi divulgado pela ONG Repórteres sem Fronteiras

Nos últimos 20 anos, mais de 1,7 mil jornalistas foram assassinados no planeta trabalhando ou em razão de suas funções. Em 2024, 54 jornalistas foram mortos – 52 homens e duas mulheres. Os dados são da organização não governamental (ONG) Repórteres sem Fronteiras (RSF), fundada em 1985 na França, e foram divulgados nessa sexta-feira (13).



“É o ano com o maior número de casos de jornalistas mortos no contexto de conflitos armados”, informa o jornalista Artur Romeu, diretor do escritório da RSF para a América Latina, em entrevista à Agência Brasil.


Até 1º de dezembro, 31 jornalistas foram a óbito em zonas de conflito, especialmente na Palestina – onde morreram 16 profissionais que cobriam o conflito entre Israel e o Hamas. As forças armadas israelenses são consideradas pela ONG como a “principal agressora da liberdade de imprensa.”


“A gente não está falando de vítimas colaterais”, destaca o diretor. Segundo ele, muitos profissionais da imprensa sofreram ataques diretos, pois passaram a ser vistos como potenciais reféns para que grupos ou países em conflito atinjam objetivos específicos, ou ao menos desencorajem a cobertura jornalística.


A RSF anotou que, além dos assassinatos de jornalistas na Palestina, foram mortos profissionais da mídia em diferentes partes do globo: Paquistão (sete), Bangladesh (cinco), México (cinco), Sudão (quatro), Birmânia (três), Colômbia (dois), Líbano (dois), Ucrânia (dois), Chade (um), Indonésia (um), Iraque (um) e Rússia (um).


Reféns, desaparecidos e sequestrados

O balanço de 2024 da Repórteres sem Fronteiras ainda contabiliza que 550 jornalistas estão ou estiveram presos neste ano por causa do ofício – 473 homens e 77 mulheres, crescimento de 7,2% dos casos em relação a 2023 (513 profissionais).


O país que mais tem jornalistas presos é a China (124), seguida da Birmânia (61) e Israel (41). A maioria dos repórteres presos (462) é do mesmo país que estão encarcerados. Quase 300 jornalistas estão presos sem julgamento, de forma preventiva.


Há 55 jornalistas feitos refém (52 homens e três mulheres). Quase a totalidade (53) é formada por cidadãos do país onde foram sequestrados. Trinta e oito casos foram registrados na Síria, e o principal agente sequestrador do mundo é o Estado Islâmico (25).


Noventa e cinco jornalistas estavam desaparecidos em 1º de dezembro – 88 homens e sete mulheres. A maioria desses profissionais desapareceu em seu próprio país. O balanço do RSF mostra que 39 desaparecimentos aconteceram nas Américas, especialmente no México (30 casos).


Regulação das redes sociais

O Brasil não é citado no balanço da RSF. “Mas isso, de maneira nenhuma, nos faz considerar que o Brasil é um país seguro para o exercício da imprensa”, pondera Artur Romeu, que cita, por exemplo, episódios de intimidações e ameaças em ambiente digital. No período de campanha eleitoral para prefeitos e vereadores, foram identificadas mais de 37 mil postagens ofensivas contra jornalistas nas redes sociais.


A ONG Repórteres sem Fronteiras “se posiciona de maneira favorável a uma regulamentação das plataformas das redes sociais”, pontua o diretor da ONG para a América Latina. “A regulamentação, na prática, se traduz por um pedido de maior responsabilização dessas grandes empresas em relação ao conteúdo que circula pelas suas interfaces.”


Além da necessidade de regulamentação das redes sociais, preocupa a RSF a volta de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos e a situação da Síria após a queda de Bashar al-Assad.


“Na Síria há muitas incógnitas. É muito difícil prever o que vai acontecer. O que a gente tem de mais previsível, de certa forma, é um contexto no Oriente Médio profundamente marcado por instabilidade, com crescimento de conflitos armados, e esse aumento de conflitos normalmente se traduz em um cenário mais complexo para a cobertura jornalística, em muitos casos com mais jornalistas mortos”, avalia Artur Romeu.


Sobre Donald Trump, o diretor não tem “a menor dúvida” que quando o republicano voltar à Casa Branca “vai manter o discurso hostil à imprensa, apostando numa retórica que identificam jornalistas como inimigos da sociedade e do povo americano". "Nada do que a gente viu durante a campanha eleitoral faz supor que ele vai pegar mais leve”, complementa.


Para Artur Romeu, a beligerância de Trump contra a imprensa “faz parte de uma estratégia política de manter essas bases aquecidas. Ele não é único [nessa atitude]. De maneira nenhuma é um perfil isolado. A gente vê esse mesmo tipo de atuação em várias partes do mundo”. 

Agência Brasil

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