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Avião militar cai e explode com 20 pessoas a bordo; veja o vídeo

Aeronave foi flagrada girando em espiral até atingir o solo, onde explodiu

Um avião militar da Turquia caiu na Géorgia com 20 pessoas a bordo minutos após decolar do Azerbaijão, nesta terça-feira, 11. A aeronave de carga, modelo C-130 Hercules, foi flagrada girando em espiral até atingir o solo. Depois que cai, o avião explode e uma coluna de fumaça preta sobe pelo ar. 



Segundo o jornal britânico Independent, o Ministério da Defesa da Turquia informou que equipes de busca e resgate estavam trabalhando para chegar ao local. Por isso, o número de vítimas ainda não foi confirmado. Ainda assim, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prestou condolências aos "nossos mártires" em um discurso depois de receber a informação do acidente. 


Poucos minutos após entrar no espaço aéreo georgiano, a aeronave "desapareceu do radar sem transmitir um sinal de socorro", informou o serviço de navegação aérea da Geórgia em um comunicado. O Ministério do Interior da Geórgia afirmou que o avião caiu "a cerca de 5 km da fronteira estatal da Geórgia" com o Azerbaijão.


O avião retornava à Turquia quando caiu, e a causa do acidente ainda está sendo investigada. Ainda segundo o jornal, a informação é de que havia tripulantes turcos e azerbaijanos na aeronave. 


O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, também se manifestou. Ele expressou suas condolências ao presidente Erdogan, "às famílias e entes queridos dos falecidos e ao povo irmão da Turquia" em um telefonema.


O C-130 Hercules é uma aeronave de transporte de carga, tropas e equipamentos. É descrito como uma aeronave militar de transporte quadrimotora turboélice, capaz de utilizar pistas não preparadas para decolagens e pousos.

Fonte: Terra


Veja o vídeo:



Coreia do Norte testa novo míssil balístico em direção a costa leste

Exercício militar acontece após o convite do presidente dos EUA, Donald Trump, para negociações com o líder Kim Jong-um

A Coreia do Norte testou um míssil balístico nesta sexta-feira (7) em direção ao mar, próximo à sua costa leste.



O exercício militar acontece após lançamentos de mísseis nas últimas duas semanas e depois do convite do presidente dos EUA, Donald Trump, para negociações com o líder norte-coreano Kim Jong-un.


As Forças Armadas da Coreia do Sul informaram que o suposto míssil balístico de curto alcance foi lançado de uma área na região noroeste da Coreia do Norte, perto da fronteira com a China, percorrendo uma distância de cerca de 700 km.


Os sistemas de vigilância sul-coreanos e americanos detectaram preparativos para o lançamento e rastrearam o projétil em voo, informou o Exército.


O governo japonês também afirmou que a Coreia do Norte disparou o que poderia ser um míssil balístico, que, segundo ele, provavelmente caiu fora da zona econômica exclusiva do país.


A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, afirmou que não havia relatos confirmados de danos.


Relação entre Coreia do Norte e EUA



Durante sua visita à Coreia do Sul na semana passada, Trump reiterou sua disposição de se reunir com o líder norte-coreano Kim Jong Un, aumentando as expectativas de que os dois pudessem chegar a um acordo de última hora para se encontrarem.


Não houve reunião, mas Trump disse estar disposto a retornar à região para se encontrar com Kim.


Em 2019, os líderes se encontraram na vila de Panmunjom, na fronteira militar intercoreana, durante o primeiro mandato do presidente americano, quando ele visitava a região.


Kim não respondeu às últimas investidas de Trump, mas já havia dito que guardava "boas lembranças" de seu encontro com o presidente americano.


Segundo o líder norte-coreano, não havia motivo para evitar as negociações se Washington parasse de insistir para que seu país abandonasse suas armas nucleares.


Na quinta-feira (6), o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte afirmou que o governo Trump estava "antagonizando" com o país ao impor sanções a seus funcionários e instituições por alegações de lavagem de dinheiro.


No início desta semana, o Secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, durante uma visita, reafirmou o compromisso dos EUA com a aliança de segurança com a Coreia do Sul.


Ele disse que o foco das forças militares americanas estacionadas no país continua sendo o de dissuadir Pyongyang, apesar da visão de maior "flexibilidade" para suas forças armadas contra ameaças regionais.


No mês passado, antes da visita de Trump e do presidente chinês Xi Jinping à Coreia do Sul durante uma cúpula regional, a Coreia do Norte lançou vários mísseis balísticos de curto alcance, incluindo o que afirmou ser um míssil hipersônico, e mísseis de cruzeiro mar-superfície . (Fonte: CNN)

Veja momento em que avião cai e explode perto de aeroporto nos EUA

Ao menos sete pessoas morreram e 11 ficaram feridas, segundo governador do estado do Kentucky

Câmeras de segurança registraram o momento em que um avião de carga da UPS caiu e explodiu perto do aeroporto de Louisville, no Kentucky, no sudeste dos Estados Unidos, na terça-feira (4).



Em outro vídeo, publicado na mesma página e filmado por um funcionário, mostra a cena caótica imediatamente após o acidente.


Mais tarde, a loja publicou outro vídeo da câmera de segurança do portão principal, mostrando o céu tomado por fumaça escura e chamas que ainda ardiam mais de três horas após a queda.


Ao menos sete pessoas morreram e 11 ficaram feridas, segundo o governador Andy Beshear em uma entrevista coletiva. O número de vítimas é preliminar e ainda pode aumentar.


O Departamento de Polícia Metropolitana de Louisville e outras agências atenderam à ocorrência de queda de avião.


Três funcionários estavam a bordo da aeronave, segundo comunicado da UPS.


Um alerta para que todos permaneçam em casa foi emitido para locais num raio de 8 quilômetros do aeroporto logo após o acidente. (CNN BRASIL)

Operação letal: novo ataque dos EUA contra embarcação no Caribe deixa mais três m*rtos; veja o vídeo

Mundo – O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, confirmou neste sábado (1º/11) que três homens foram mortos em mais um ataque militar americano no Mar do Caribe, sob ordens do presidente Donald Trump. Segundo o governo, a operação teve como alvo uma embarcação ligada ao narcotráfico e a uma “organização terrorista designada”.



De acordo com Hegseth, o ataque foi “cinético e letal”, realizado em águas internacionais. O navio estaria em uma rota usada para o contrabando de drogas e transportava entorpecentes. Nenhum militar americano ficou ferido.


“Esses narcoterroristas estão trazendo drogas para o nosso país para envenenar americanos, e não terão sucesso”, afirmou o secretário em publicação na rede X (antigo Twitter). Ele acrescentou que o governo continuará a “rastrear, mapear, caçar e eliminar” grupos envolvidos no tráfico internacional.


Ofensiva crescente


O ataque marca uma nova etapa da ofensiva militar dos Estados Unidos contra o narcotráfico. Desde setembro, foram 16 embarcações atingidas, nove no Caribe e sete no Pacífico. O número de mortos nessas ações já passa de 60, conforme dados do próprio governo americano.


Autoridades de Washington afirmam que o objetivo é enfraquecer organizações criminosas supostamente ligadas ao regime do presidente venezuelano Nicolás Maduro, acusado pelos EUA de comandar um cartel internacional de drogas.


Apesar disso, Trump negou na sexta-feira (31/10) que planeje atacar diretamente a Venezuela, dizendo que “ainda não tomou decisão” sobre possíveis alvos militares. O Pentágono mantém sigilo sobre os detalhes das operações, sem divulgar as identidades das vítimas nem a quantidade de drogas apreendidas.


Críticas da ONU



As ações americanas têm provocado reprovação internacional. O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu na sexta-feira (31/10) que os EUA suspendam os bombardeios contra embarcações suspeitas.


Em nota, Türk classificou as operações como “execuções extrajudiciais” e alertou que o aumento de mortes em alto-mar é “inaceitável”.

“Os Estados Unidos devem pôr fim a tais ataques e tomar todas as medidas necessárias para evitar execuções extrajudiciais, independentemente de qualquer suposta atividade criminosa”, declarou o representante da ONU.

Explosão em supermercado no México mata ao menos 23 pessoas

Mundo – Uma explosão, aparentemente acidental, atingiu o supermercado Waldo’s e pode ter sido causada por um transformador elétrico. O acidente aconteceu nesse sábado (1º) e vitimou pelo menos 23 pessoas, deixando ainda 12 feridos, no Estado de Sonora, no norte do México.



De acordo com relatório preliminar das autoridades, entre as vítimas estão, pelo menos, seis menores, duas mulheres grávidas, vários idosos e funcionários. O governo local expressou, através das redes sociais, condolências aos familiares das vítimas e garantiu que a administração local vai prestar apoio a todos os afetados.


“Infelizmente, mineiros estão entre as vítimas”, disse o governador do estado de Sonora, Alfonso Durazo, num vídeo publicado nas redes sociais. “Ordenei uma investigação completa e transparente para apurar as causas do acidente e determinar os responsáveis”, acentuou.


Inalação de gases

O acidente ocorreu em Hermosillo, capital do estado de Sonora. O procurador-geral do estado, Gustavo Salas, indicou que a maioria das vítimas morreu por inalação de gases tóxicos.


“A hipótese em estudo é que foi acidental, e a investigação está centrada num transformador que estava no interior da loja”, declarou a Procuradoria de Sonora. “Mas não descartamos nenhuma pista”.


“Assim que os bombeiros permitirem o acesso ao interior, enquanto continuam a remover os escombros, e assim que a estrutura for inspecionada e os peritos puderem entrar com segurança, será possível determinar com precisão as causas do incêndio e, se necessário, corroborar a linha de investigação”, finalizou a autoridade judicial.


Com informações da Agência Brasil.

Netanyahu alerta para reação de Israel se Hezbollah se rearmar

Primeiro-ministro diz que país "agirá conforme necessário" e pediu ação do governo do Líbano

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou neste domingo (2) que o Hezbollah está buscando se rearmar. Ele pontuou que Israel exercerá seu direito à autodefesa, conforme o acordo de cessar-fogo do ano passado, caso o Líbano não desarme o grupo.



No início de uma reunião de gabinete, Netanyahu afirmou que Israel "agirá conforme necessário" se o governo libanês não tomar medidas para impedir que seu território se torne uma nova frente de batalha.


Os Estados Unidos intermediaram um cessar-fogo em novembro de 2024 entre o Hezbollah e Israel, após mais de um ano de conflito desencadeado pela guerra em Gaza, mas os ataques israelenses continuam esporadicamente.


Também neste domingo, o Exército de Israel afirmou em um comunicado que matou quatro integrantes do Hezbollah.


O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, por sua vez, ressaltou que o governo libanês deve cumprir seu compromisso de desarmar o grupo e tirá-lo do sul do país.


Katz disse que os esforços máximos de fiscalização continuarão e serão intensificados para proteger os residentes israelenses no norte do país.


Nos termos do acordo de cessar-fogo, o Líbano concordou que apenas as forças de segurança do Estado deveriam portar armas, o que significa que o Hezbollah deve ser completamente desarmado.


Fontes do Exército libanês disseram à Reuters que explodiram tantos depósitos de armas do Hezbollah que ficaram sem explosivos. Eles esperam concluir a varredura do sul do país até o final do ano.


O Hezbollah se comprometeu publicamente com o cessar-fogo e não se opôs à apreensão de depósitos de armas não tripuladas no sul. Também não disparou contra Israel desde a trégua de novembro.


No entanto, insiste que o desarmamento, conforme mencionado no texto, aplica-se apenas ao sul do Líbano e insinuou que um conflito é possível caso o Estado aja contra o grupo. (CNN BRASIL)


Chefe do Pentágono barra militares dos EUA de discutirem ataques a barcos

Gabinete do secretário de Defesa divulgou lista de assuntos sobre os quais os funcionários do governo Trump agora precisam de aprovação antes de debater com o Congresso

O gabinete do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, divulgou uma ampla lista de tópicos sobre os quais os militares americanos agora precisa obter aprovação prévia antes de discutir com o Congresso.



Essa lista inclui todas as "operações militares sensíveis" e ataques militares dos EUA contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas na América Latina, de acordo com pessoas familiarizadas com as diretrizes mais recentes.


A orientação foi emitida após a confusão em torno de um memorando inicial de Hegseth que proibia todo o pessoal do Departamento de Defesa, incluindo comandantes militares, de falar com o Congresso ou legisladores estaduais, a menos que tivessem recebido aprovação prévia do escritório de assuntos legislativos da agência.


A lista de tópicos que agora “exigem coordenação prévia” com o gabinete de Hegseth antes de qualquer interação com o Congresso inclui:


Operações militares sensíveis do DoW [Departamento de Guerra];

Atividades marítimas do Departamento de Guerra na área de responsabilidade do Comando Sul (incluindo operações reforçadas de combate ao narcotráfico);

Domo de Ouro/Defesa Antimíssil Nacional;

Reforma de Aquisições;

Munições Críticas;

Estratégia de Defesa Nacional.

Outros tópicos incluem planos de gastos com orçamento e reconciliação; minerais críticos; reforma das Vendas Militares Estrangeiras; AUKUS, uma parceria de segurança trilateral entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos; incidentes anômalos de saúde, também conhecidos como "Síndrome de Havana"; e Spectrum, que se refere ao espectro eletromagnético que sustenta as operações militares e outras funções-chave do governo dos EUA.


O site entrou em contato com o Departamento de Defesa para obter um comentário.


O deputado republicano Don Bacon afirmou no sábado que a política representava "mais uma manobra amadora" do secretário, que estava fazendo com que os militares "tivessem medo de se comunicar" com os legisladores.


“Fui comandante por cinco vezes e nossa liderança QUERIA que interagíssemos com membros do Congresso”, ele publicou no X.


“Queríamos compartilhar o que nossos excelentes aviadores estavam fazendo. Estávamos orgulhosos do nosso serviço. As novas regras criaram uma grande barreira entre os militares e o Congresso. O Pentágono diz que a mudança é muito pequena. Mas eu já vejo o impacto, com os militares com medo de se comunicar. Esta é mais uma atitude amadora”, completou.


As novas diretrizes surgem num momento em que o Congresso se mostra cada vez mais frustrado com a falta de respostas do Pentágono sobre as operações militares dos EUA no Caribe e no Pacífico.


Na sexta-feira, o presidente e o membro de maior hierarquia do Comitê de Serviços Armados do Senado, o senador republicano Roger Wicker e o senador democrata Jack Reed, divulgaram publicamente duas cartas que haviam escrito a Hegseth no último mês, buscando esclarecimentos sobre as operações.


Os parlamentares afirmaram que ambas as cartas permaneceram sem resposta. Os democratas saíram de uma reunião informativa na quinta-feira furiosos com a ausência de advogados do Departamento de Defesa para responder a perguntas básicas sobre a justificativa legal dos ataques.


Hegseth, cujo mandato tem sido marcado por vazamentos, tomou uma série de medidas para controlar mais rigorosamente as informações desde o início deste ano, incluindo a proibição da maioria das interações entre pessoal do Departamento de Defesa e grupos de discussão, jornalistas ou outros eventos e conferências externas.


Dezenas de jornalistas entregaram seus crachás no mês passado em vez de assinar um documento produzido pelo Pentágono que incluía restrições ao seu trabalho. (Cnn Brasil)

Hamas anuncia que devolverá mais um corpo de refém israelense

A ação ocorre em um momento de conflito, após o grupo ter entregue restos mortais de um refém que já havia sido devolvido

Em meio às tensões do cessar-fogo, o braço armado do Hamas, as Brigadas Qassam, informou, nesta terça-feira (28/10), que entregará o corpo de mais um refém israelense, em cumprimento à primeira fase do acordo na Faixa de Gaza, durante a noite.



Segundo o grupo, o corpo foi encontrado “há pouco no trajeto de um dos túneis no setor de Gaza”.


A entrega do corpo ocorre em um momento de conflito, após o grupo ter enviado restos mortais de um refém que já havia sido devolvido, segundo acusou Israel.


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, realizará ainda nesta terça uma reunião urgente para definir quais medidas Israel adotará em resposta ao grupo palestino.


Dificuldade

O grupo admitiu não conseguir localizar todos os corpos devido à falta de equipamentos e ao estado de destruição da Faixa de Gaza, ação que Israel considera uma violação do cessar-fogo.


Israel espera a devolução de mais 13 corpos de reféns ainda mantidos em Gaza. O Hamas já entregou 20 reféns vivos como parte do acordo de cessar-fogo.


O acordo é mediado pelos Estados Unidos, pelo Catar, pelo Egito e pela Turquia.(Metrópoles)


Furacão Melissa atingirá região onde vive metade da população da Jamaica

Mais de 800 abrigos foram montados em todo o país para as pessoas que residem nas áreas que podem ser mais atingidas

MUNDO - A FICV (Federação Internacional da Cruz Vermelha) prevê que cerca de 1,5 milhão de pessoas na Jamaica serão diretamente afetadas com a chegada do Furacão Melissa ao país, nesta terça-feira (28). O número representa mais da metade da população local.



Mais de 800 abrigos foram montados para as pessoas que residem nas áreas que podem ser mais atingidas.


Após atravessar a ilha, a previsão é de que o Melissa chegue a Cuba pela segunda vez ainda na noite desta terça-feira e no início da manhã de quarta-feira (29).


A OMM (Organização Meteorológica Mundial) alertou sobre condições catastróficas na Jamaica com a chegada do fenômeno, trazendo rajadas de vento que podem passar dos 300 km/h, inundações repentinas e deslizamentos de terra, marcando a pior tempestade a atingir o país neste século.


“É uma situação catastrófica esperada na Jamaica”, declarou Anne-Claire Fontan, especialista em ciclones tropicais da OMM, em uma coletiva de imprensa em Genebra. “Para a Jamaica, será, com certeza, a tempestade do século.”


Ela disse que marés de tempestade de até quatro metros são esperadas durante o dia e que a precipitação deve ultrapassar 70 centímetros, ou cerca do dobro da quantidade normal esperada para toda a estação chuvosa. “Isso significa que haverá inundações repentinas e deslizamentos de terra catastróficos”, explicou Fontan.


A passagem da tormenta já deixou sete pessoas mortas no Caribe, três no Haiti, três na Jamaica e uma na República Dominicana. O fenômeno permanece na categoria 5, com ventos de 280 km/h, segundo o NHC (Centro Nacional de Furacões americano), nesta terça-feira (28).


A pressão central mínima da tempestade diminuiu ligeiramente, indicando uma intensificação nas próximas horas, pois quanto menor for a pressão, mais forte é a tempestade.


O NHC fez um alerta sobre deslizamentos de terra, “inundações repentinas catastróficas” e ventos que “podem causar falha estrutural total” com a chegada do Furacão na Jamaica.


O fenômeno se intensificou extremamente rápido e se tornou a tempestade mais forte do planeta neste ano. (CNN BRASIL)

Partido de Milei vence eleições legislativas na Argentina e abre caminho para ampliar neoliberalismo

Libertários surpreendem com quase 41% dos votos; agora, Milei deve ter caminho facilitado no Congresso

O partido governista de extrema direita na Argentina La Libertad Avanza venceu as eleições legislativas realizadas neste domingo (26). Com mais de 90% das urnas apuradas, segundo dados do Ministério do Interior, a legenda do presidente Javier Milei recebeu 40,8% dos votos, em uma expressiva vitória.


Com isso, dos 127 assentos que estavam em disputa na Câmara dos Deputados, a coalizão libertária deve conquistar 64. Já a coalizão peronista Fuerza Patria, principal força de oposição a Milei, deve ficar com 31 cadeiras na Câmara, ao atingir 24,5%.


No entanto, o número da votação da chapa opositora ainda deve crescer, já que em distintas províncias o campo peronista se apresentou nas urnas com coalizões de diferentes nomes, mas que ao fim devem somar-se ao bloco. Segundo a imprensa argentina, o Fuerza Patria e as coalizões aliadas somariam cerca de 31% dos votos.


No Senado, onde se disputavam 24 assentos, o partido de Milei deve ficar com 13, contra 6 dos peronistas. A participação no pleito chama a atenção: 68,2% dos eleitores aptos votaram, a cifra mais baixa em uma eleição deste tipo desde a redemocratização do país, em 1983.


O pleito, que renova a metade das duas casas do Legislativo argentino, definirá a composição do Congresso para os dois últimos anos de mandato de Milei, elemento considerado pelos libertários como fundamental para seguir aplicando seu projeto de ajuste econômico, reduzindo o papel do Estado principalmente de áreas como proteção social e políticas públicas.


Isso porque nos últimos anos o Congresso tem sido uma barreira de contenção a vetos presidenciais que previam cortes bruscos em diversas áreas públicas como aumento de aposentadorias, ampliação de verbas para saúde pública e financiamento a universidades.


Por que Milei venceu?

Os resultados deste domingo não apenas supreendem pela diferença expressiva entre o primeiro e o segundo colocados, mas também porque pesquisas de intenção de voto semanas antes do pleito indicavam um empate técnico entre o partido de Milei o Fuerza Patria.


“Mesmo com a abstenção alta, essa vitória realmente deu uma chancela para o governo do Milei, para que ele siga com as reformas dele, com o programa econômico”, disse ao Brasil de Fato Samiyah Becker, pesquisadora do Programa de Integração da América Latina (Prolam) da USP.


Para Becker, especialista em política argentina, Milei deve agora reunir condições para pautar no Congresso todas as reformas que ele foi obrigado a retirar por não ter apoio suficiente nas casas.


“Ele já adiantou o projeto legislativo dele, agora ele chama de ‘Lei de Bases 2’. A lei que foi aprovada no ano passado foi desidratada, uma série de outras reformas que ele queria ter passado, mas não passou, agora ele quer colocá-las em pauta de novo. O objetivo dos peronistas era justamente frear esse avanço da motosserra, mas agora ele terá maior possibilidade de articular no Congresso para vencer com mais desmonte do Estado”, explica.


Além disso, o presidente vinha de uma derrota acachapante nas eleições provinciais de Buenos Aires, onde o peronimo obteve um excelente resultado com quase 47% dos votos, consolidou o governador Axel Kicillof como liderança nacional e viu crescer o otimismo para o pleito deste domingo.


Analistas apontam, também, o desgaste de Milei por conta dos escândalos de corrupção envolvendo sua irmã e secretária-geral da Presidência, Karina Milei, acusada de receber propina, e das investigações contra José Luis Espert, ex-candidato que estaria vinculado ao narcotráfico.


“Foi um balde de água fria”, classifica Becker. “Com os últimos acontecimentos do ano, com a economia indo mal, com os escândalos de corrupção, parecia que o peranismo tinha conseguido recuperar força, ter um controle um pouco maior da narrativa política, do debate público. E as eleições de setembro tinham dado um fôlego, mas isso realmente foi um golpe.”


Venceu Milei, venceu Trump

Duas semanas após a acachapante derrota em Buenos Aires, Milei gastou cerca de metade de seu discurso na Assembleia Geral da ONU para elogiar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu tarifaço, que chamou de “reestruturação sem precedentes dos termos do comércio internacional”.


À época, o governo argentino negociava um empréstimo para estabilizar o câmbio de US$ 20 bilhões (R$ 107 bi) com os EUA. Tal empréstimo foi formalizado em 20 de outubro e Trump prometeu outros US$ 20 bi, mas apenas se Milei vencesse as eleições deste domingo.


“Estamos aqui para apoiá-lo nas próximas eleições. Se vencer, seguiremos juntos. Se perder, não seremos generosos”, disse o presidente dos EUA. A frase transformou o que deveria ser um momento de glória para Milei em um incidente diplomático, considerado pelos argentinos uma ingerência externa na política do país.


Para Florencia Abregú, militante da Federación Rural Argentina e da Secretaria Continental da ALBA Movimentos, os resultaods deste domingo estão ligados à política dos EUA para a Argentina.


“Claramente, Trump venceu”, disse ao Brasil de Fato. “Eu acredito que Milei é um gestor para os estrangeiros. Nem sequer seus próprios eleitores compreendem, ele parece um assessor dos interesses externos”.


A ativista ainda destaca o alto nível de abstenção, dizendo que os jovens foram muito afetados pelas políticas de Milei. Além disso, lembra da prisão da ex-presidenta Cristina Kirchner, principal liderança do peronismo, que segue em prisão domiciliar.


“O que nós temos que fazer é construir força e liderança para ter um projeto político mais claro para 2027, nas eleições presidenciais. O preço do resultado deste domingo são os bilhões de dólares que entregam aos ‘yanquis’. Por isso, o governo não tem como sustentar a economia da Argentina”, opina. (Brasildefato)

Lula se reúne com Trump na Malásia e discute relações entre Brasil-EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste domingo (26) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro durou cerca de 50 minutos e ocorreu durante a realização da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

foto - reprodução

Durante a reunião, Lula disse que não há razão para desavenças com os Estados Unidos e pediu a Trump a suspensão imediata do tarifaço contra as exportações brasileiras, enquanto os dois países estiverem em negociação. Em julho deste ano, Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos. Em seguida, ministros do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram alvo da revogação de vistos de viagem e outras sanções pela administração norte-americana. 

“O Brasil tem interesse de ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos. Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e Estados Unidos, porque nós temos certeza que, na hora em que dois presidentes sentam em uma mesa, cada um coloca seu ponto de vista, cada um coloca seus problemas, a tendencia natural é encaminhar para um acordo”, afirmou o presidente.

Além dos presidentes, também participaram do encontro o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretario de Estado norte-americano, Marco Rubio.

Suspensão das tarifas

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, falou com a imprensa após o encontro e disse Trump autorizou sua equipe a iniciar as negociações para revisão do tarifaço ainda na noite deste domingo, no horário local da Malásia, 11 horas a frente do Brasil. 

"A reunião foi muito positiva, o saldo final é ótimo. O presidente Trump declarou que dará instruções a sua equipe para que comece um processo, um período de negociação bilateral, que deve se iniciar hoje ainda, porque é para tudo ser resolvido em pouco tempo", afirmou o chanceler.

Admiração

Segundo Vieira, os presidentes tiveram uma conversa descontraída e Trump disse que admira a trajetória política de Lula.

"Trump declarou admirar o perfil da carreira política do presidente Lula, já tendo sido duas vezes presidente da República, tendo sido perseguido no Brasil, se recuperado, provado sua inocência, voltado a se apresentar e, vitoriosamente, conquistando o terceiro mandato", afirmou.

Visitas

O chanceler brasileiro também confirmou a intenção de Trump vir ao Brasil. A data ainda não está confirmada.

"O presidente Lula aceitou também e disse que irá, com prazer, aos Estados Unidos. Trump disse que admira o Brasil e que gosta imensamente do povo brasileiro", comentou.

fonte - André Richter - Repórter da Agência Brasil.

Trump diz que pode atacar cartéis sem declaração de guerra do Congresso

O presidente dos EUA afirmou nesta quinta (23) que notificaria o parlamento antes de iniciar operações em "terra", mas afirmou que o plano não enfrentaria resistência dos legisladores


O presidente dos EUA, Donald Trump, insistiu nesta quinta-feira (23) que poderia continuar a lançar ataques contra supostos traficantes de drogas sem que o Congresso primeiro aprovasse uma declaração oficial de guerra.


"Não vou necessariamente pedir uma declaração de guerra", disse ele.


"Acho que estamos apenas tentando matar as pessoas que estão trazendo drogas para o nosso país. Certo? Vamos matá-las."


A fala de Trump ocorreu após ele sugerir que seu governo em breve começaria a atacar aqueles considerados membros de cartéis em países como a Venezuela, além de continuar a atacar supostos barcos de drogas em águas internacionais.


O presidente americano disse que notificaria o Congresso antes de iniciar qualquer operação em "terra", mas afirmou que o plano não enfrentaria nenhuma resistência dos legisladores.


"Nós vamos. Não vejo nenhuma perda em ir" ao Congresso, disse Trump. "Vamos dizer a eles o que vamos fazer e acho que eles provavelmente vão gostar, exceto pelos lunáticos radicais de esquerda."


Os ataques letais a embarcações no Caribe e no Pacífico Leste deixaram alguns legisladores preocupados, devido às poucas evidências apresentadas pelo governo de que os alvos eram os chamados narcoterroristas.


Nesta quinta-feira (23), o Secretário de Defesa, Pete Hegseth, insistiu que os militares confirmaram que cada barco alvo traficava drogas.


Ainda assim, ele defendeu a decisão de retornar aos sobreviventes de um ataque recente como prática "padrão" em guerras.


“Comparado ao Iraque e ao Afeganistão, a grande maioria das pessoas que capturamos no campo de batalha, entregamos ao país de origem”, disse ele, referindo-se às guerras dos EUA no Oriente Médio.


“Então, neste caso, esses dois foram tratados por médicos americanos e entregues imediatamente aos seus países de origem.” (Cnn Brasil)

Avião cai, explode após decolagem e m*ta dois na Venezuela; veja o vídeo

Mundo – Um grave acidente aéreo marcou a manhã desta quarta-feira (22/10) no Aeroporto de Paramillo, situado ao norte da cidade de San Cristóbal, no estado de Táchira, Venezuela. Uma aeronave modelo Cheyenne YV1443 caiu logo após iniciar a decolagem, resultando na morte de seus dois pilotos, as únicas vítimas confirmadas até o momento.



Segundo relatos da imprensa local, o avião perdeu altitude durante a tentativa de decolagem nas primeiras horas do dia, colidiu com o solo e explodiu, desencadeando um incêndio. O Corpo de Bombeiros foi rapidamente acionado e conseguiu controlar as chamas, mas os pilotos não resistiram. Informações preliminares indicam que as vítimas não eram naturais do estado de Táchira, embora suas identidades ainda não tenham sido divulgadas. Não há confirmação sobre a presença de outros ocupantes a bordo.


A Defesa Civil e outras autoridades venezuelanas estão no local para realizar os primeiros levantamentos e investigar as causas do acidente. As circunstâncias que levaram à perda de controle da aeronave ainda são desconhecidas, e a apuração segue em andamento.


O incidente em Paramillo se soma a outros casos recentes que chamam a atenção para a segurança na aviação. Embora as causas específicas deste acidente ainda não tenham sido esclarecidas, falhas técnicas, condições climáticas ou erro humano são possibilidades que devem ser analisadas pelas autoridades.



Em meio a tratativas, Brasil compra R$ 1,2 bilhão em aeronaves dos EUA

Compra de 11 helicópteros Black Hawk ocorre em meio às negociações de Lula com o governo Trump por redução de tarifas impostas pelos EUA

Em meio a negociações com Donald Trump para tentar reduzir a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos (EUA) a produtos brasileiros, o governo Lula vai comprar, sem licitação, US$ 229,9 milhões – o equivalente a R$ 1,2 bilhão – em helicópteros fabricados pela empresa norte-americana ACE Aeronautics, com sede no Alabama.



O valor se refere à aquisição de 11 aeronaves Black Hawk, modelo UH-60L, oriundas do programa Blackhawk Exchange Sales Team (BEST), do Exército dos EUA. Também foram incluídos os serviços de aplicação da solução integrada BrIFD G5000H, que dará a cada helicóptero um painel digital com quatro telas widescreen de 12 polegadas e alta resolução, além de dois controladores touch screen que funcionam como interface entre os pilotos e o cockpit integrado.


A compra é conduzida pelo Ministério da Defesa, por meio do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo, subordinado ao Comando da Aeronáutica. As 11 aeronaves adquiridas vão se somar aos 13 Black Hawks UH-60L já utilizados pela Força Aérea Brasileira (FAB). Em maio de 2024, a FAB gastou R$ 282,8 milhões em suporte logístico e fornecimento de materiais para a frota.


Nas Forças Armadas brasileiras, esses helicópteros são usados em missões de transporte de carga, equipamentos e tropas, além de busca e salvamento em áreas isoladas. O Exército também dispõe de quatro helicópteros de combate UH-60 Black Hawk, em operação desde 1997.


Encontro de Lula e Trump

Após um contato inicial por telefone, o presidente Lula e Donald Trump deverão se encontrar presencialmente na semana que vem durante cúpula de países asiáticos, na Malásia.


O governo brasileiro pleiteia, além da redução das tarifas, que os EUA retirem sanções impostas a autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes (STF), alvo da Lei Magnitsky. (Metrópoles)

Como a interrupção do Amazon Web Services afetou grande parte da internet global

Sites como Facebook, Snapchat e Amazon ficaram indisponíveis no início do dia, enquanto plataformas financeiras como Coinbase, Robinhood e Venmo também relataram problemas

Uma interrupção na Amazon Web Services (AWS) afetou a internet global nesta segunda-feira, 20, derrubando serviços de grandes varejistas, companhias aéreas, aplicativos de mídia social, empresas de serviços financeiros e outros setores.

Logo da Amazon Web Services (AWS) 12/06/2025. REUTERS/Benoit Tessier/File Photo


Sites como Facebook, Snapchat e Amazon ficaram indisponíveis no início do dia, enquanto plataformas financeiras como Coinbase, Robinhood e Venmo também relataram problemas. A falha generalizada afetou ainda ferramentas de produtividade como Slack, a companhia aérea United Airlines, o buscador de IA Perplexity e jogos como Fortnite e Roblox.


A infraestrutura da AWS sustenta milhões de sites e plataformas, oferecendo servidores, capacidade de processamento e armazenamento em nuvem para as maiores empresas do mundo. Qualquer falha em sua rede costuma ter impacto amplo na internet. Grande parte dos aplicativos móveis populares também depende dos sistemas da AWS.


A empresa informou em seu site que “investigava aumento de taxas de erro e latências para vários serviços da AWS” em uma região de data centers na costa leste dos EUA, centrada na Virgínia do Norte. Engenheiros “estão engajados e trabalham ativamente para mitigar o problema e compreender sua causa raiz”, acrescentou.


Relatos de instabilidade começaram por volta das 4h (horário de Brasília), segundo o Downdetector, que monitora serviços online. Às 6h30, a AWS disse que seus sistemas estavam se recuperando e que muitos sites e aplicativos já voltavam ao ar.


A empresa atribuiu a falha a problemas no Amazon DynamoDB, serviço que oferece armazenamento de banco de dados e capacidade de processamento para sites.


Interrupções na AWS não são inéditas e mostram como falhas regionais de infraestrutura digital podem ter efeitos de alcance global, especialmente à medida que mais companhias migram para a nuvem.


Fonte: Dow Jones Newswires*.


Rodrigo Paz é eleito presidente da Bolívia em meio a crise econômica

Candidato de centro-direita prometeu buscar acordos com EUA

O senador de centro-direita Rodrigo Paz venceu o segundo turno das eleições na Bolívia neste domingo (19), derrotando seu rival conservador Jorge "Tuto" Quiroga e marcando o fim de quase duas décadas de governos do Movimento ao Socialismo (MAS).



Paz, senador do Partido Democrata Cristão (PDC), obteve 54,5% dos votos, à frente dos 45,5% de Quiroga, com 97% das urnas apuras pelo tribunal eleitoral boliviano. No entanto, o PDC não conseguiu obter a maioria legislativa, o que vai obrigar o novo presidente a firmar alianças para governar.


O novo presidente tomará posse em 8 de novembro.


"Precisamos abrir a Bolívia para o mundo", disse Paz durante seu discurso de vitória em La Paz, após Quiroga rapidamente admitir a derrota.


Rodrigo Paz Pereira nasceu em 1967 na cidade espanhola de Santiago de Compostela, a milhares de quilômetros do Altiplano, quando sua família estava exilada durante as ditaduras militares na Bolívia. Ele tinha 12 anos quando seu pai foi o único sobrevivente de um suposto ataque aéreo.


Paz é filho do ex-presidente boliviano Jaime Paz Zamora (1989-1993), que governou sob os auspícios do ditador Hugo Banzer após o chamado "Acordo Patriótico". Esse acordo permitiu a Paz Zamora receber o apoio do Congresso e ser empossado presidente.


Durante seu mandato, aprovou a lei de privatização e defendeu o uso comercial e medicinal da coca. Foi acusado de corrupção e ligação com tráfico, mas não chegou a ser condenado. Parte do seu legado político foi transferido para o filho, Rodrigo Paz, agora eleito presidente da Bolívia.


Mudança

A vitória do senador de 58 anos, pai de quatro filhos, marca uma mudança política para o país sul-americano, governado quase ininterruptamente pelo Movimento ao Socialismo (MAS) desde 2006, que antes contava com o apoio da maioria indígena do país.


A plataforma aparentemente moderada de Paz, que promete manter programas sociais e promover o crescimento do setor privado, parece ter repercutido entre os eleitores de esquerda desiludidos com o MAS, fundado por Evo Morales, mas cautelosos com as medidas de austeridade de Quiroga.


Ambos os candidatos fizeram campanha com base na reversão de elementos do modelo estatal da era do MAS, mas divergiram quanto à natureza drástica das medidas.


Paz defendeu uma reforma gradual, incluindo incentivos fiscais para pequenas empresas e autonomia fiscal regional, enquanto Quiroga propôs cortes drásticos e um resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI).


"Estamos caminhando para uma nova etapa da democracia boliviana no século XXI", disse Paz em entrevista à Reuters dois dias antes das eleições na fazenda de sua família na região produtora de gás de Tarija, no sul do país.


"Vamos tentar construir uma economia para o povo", disse ele, na qual "o Estado não seja o eixo central".


Assim como seu oponente, Paz prometeu melhorar as relações diplomáticas com os países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, após anos de alinhamento da Bolívia com a Rússia e a China. 


No final de setembro, ele revelou planos para um acordo de cooperação econômica de US$ 1,5 bilhão com autoridades dos EUA para garantir o fornecimento de combustível.


Movimentos

O apoio eleitoral a Paz no primeiro turno foi impulsionado por seu companheiro de chapa, Edman Lara, um ex-policial conhecido por seus vídeos virais no TikTok denunciando a corrupção.


Lara foi dispensado da Polícia Nacional em 2024 devido a um processo disciplinar, mas seu apelo populista ajudou Paz a se conectar com eleitores mais jovens e da classe trabalhadora.


O principal sindicato da Bolívia, a Central de Trabalhadores da Bolívia (COB), alertou que se oporia a qualquer ameaça aos ganhos sociais e econômicos que obteve, enfatizando que o novo governo precisará de habilidade política para evitar o espectro de protestos de rua.


Os movimentos sociais e indígenas do país se preparam para iniciar uma nova etapa de resistência em defesa das conquistas sociais e da soberania nacional.


Biografia

Em 2002, Rodrigo Paz ingressou no Congresso como representante do departamento de Tarija, mas entre 2010 e 2020, retornou à cidade de mesmo nome, onde atuou primeiro como vereador e depois como prefeito. Vários projetos que ele promoveu naquela cidade foram questionados por supostos superfaturamentos e falha na execução.


Nos últimos cinco anos, o novo presidente da Bolívia atuou como senador nacional pela aliança Comunidade Cidadã, liderada pelo ex-presidente Carlos Mesa. Segundo o especialista Hugo Moldiz, o perfil político de Paz foi construído a partir daquela casa legislativa, onde manteve intervenções críticas, porém construtivas, em relação ao governo de Luis Arce.


Em 2019, Rodrigo Paz integrou a Coordenadoria para a Defesa da Democracia, que desempenhou um papel fundamental na crise política da Bolívia. O grupo pressionou ativamente por um segundo turno eleitoral, argumentando a existência de suposta fraude. As acusações apresentadas pela Coordenadoria foram fundamentais para a subsequente anulação das eleições gerais e o subsequente golpe que derrubou o presidente Evo Morales. (Agência Brasil)


* Com informações da Reuters e Telesur. Proibida a reprodução deste conteúdo.

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