Segundo o presidente argentino, a taxação dos EUA seria 35%, além de penalidades, por causa do Mercosul - que inclui Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia
O presidente argentino Javier Milei disse, nesta segunda-feira (14), que a tarifa de somente 10% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil e aos países do Mercosul se deve à boa relação que ele tem com o presidente americano, Donald Trump.
As declarações foram feitas em entrevista ao canal de youtube Neura, quando o apresentador, Alejandro Fantino disse ter sido criticado por dizer que entendia a aplicação da mesma taxa aplicada à Argentina para os países da região, apesar da afinidade de Milei com Trump.
“Se o Brasil fica doente, a Argentina fica doente”, argumentou o jornalista.
“Digamos que sim”, respondeu Milei, sorrindo, quando Fantino disse que o Brasil deveria agradecer a aplicação de uma taxa mínima contra suas exportações aos EUA, quando a alíquota poderia ser de 15 ou 20%.
Segundo o presidente argentino, a taxa que corresponderia à Argentina seria 35%, além de penalidades, por causa do Mercosul – que inclui Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia e que cobra alíquotas de países de fora do bloco.
“Colocaram 10% para nós, gerava um desvio de comércio, estenderam para o Mercosul, e quando viram quanto o Mercosul pesava dentro da América do Sul, colocaram 10% para todos”, garantiu Milei.
O presidente ainda disse que a aplicação de uma taxa de 35% ao Brasil poderia prejudicar a economia argentina.
“O que você acha? Óbvio”, afirmou Milei, assentindo com a cabeça quando o jornalista perguntou se o Mercosul escapou de maiores taxas para não prejudicar “o resto”.
Após a aplicação da tarifa de 10% por Trump, Milei disse que adequaria as normas argentinas para cumprir os requerimentos de taxações recíprocas dos Estados Unidos. Segundo o presidente argentino, 15 de 16 normas já foram adaptadas.
Na última sexta (11), o Mercosul decidiu aumentar em 50, por país, a quantidade de categorias de importações isentas da Tarifa Externa Comum (TEC) do bloco, o que facilitará os acordos individuais com a administração de Donald Trump.
Milei não esclareceu, no entanto, como será a negociação com Washignton. Por enquanto, ele somente afirmou que não irá questionar a imposição de tarifas de 25% sobre o aço argentino, e que está disposto a vender urânio para os norte-americanos. (cnn Brasil)
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