Governo de São Paulo, por exemplo,
pagará mil reais para aluno que se manter na escola
Com as escolas fechadas na pandemia
de Covid-19, o Brasil regrediu 20 anos nos números sobre evasão e abandono
escolar. Para minimizar os prejuízos no ensino, as aulas remotas foram adotadas
mas, devido à desigualdade também tecnológica, estima-se que aproximadamente
4,1 milhões de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos tiveram dificuldade de
acesso ao ensino virtual em 2020, de acordo com o estudo “Enfrentamento da
cultura do fracasso escolar”.
A Universidade Corporativa "Hamburger University" disponibilizou para o público externo cinco cursos online gratuitos e de curta duração que antes eram destinados apenas para funcionários. |
Com a mobilização para a retomada das
aulas presenciais, que estão voltando gradualmente no país, há pela frente o
desafio de recuperar os estudantes que deixaram de estudar.
Em São Paulo, por exemplo, há duas
semanas o governo estadual lançou o Bolsa do Povo Educação para os estudantes
mais vulneráveis do ensino médio.
A ação prevê o pagamento de benefício
no valor de mil reais, por ano letivo, e tem como objetivo principal o combate
à evasão escolar. Os pagamentos serão feitos proporcionalmente ao ano letivo e
estão condicionados à frequência escolar mínima de 80%, à dedicação de 2 a 3
horas de estudos pelo aplicativo Centro de Mídias SP (CMSP) e à participação
nas avaliações de aprendizagem. Os estudantes da 3ª série do Ensino Médio devem
ainda realizar atividades preparatórias para o Enem.
As inscrições para os moradores do estado vão até o dia 12 de setembro, por
meio do site https://www.bolsadopovo.sp.gov.br/.
Em Goiás,
uma das estratégias adotadas para dirimir os impactos da evasão escolar por
conta da pandemia foi um projeto-piloto realizado pelo Instituto Sonho Grande
em colaboração com a Secretaria de Estado da Educação de Goiás e a empresa
Movva. Realizado pela primeira vez ano passado, o projeto enviou mensagens SMS
para 15 mil alunos de escolas de ensino médio em tempo integral da rede.
As
mensagens encaminhadas, conforme noticiou o Portal Porvir, não precisam de
conexão com internet e possuem um tom de motivação para que os estudantes não
desistam dos seus projetos de vida por meio da educação. Entre os conteúdos das
mensagens, estão dicas para organizar os estudos em casa.
Busca ativa para não perder alunos
No Rio de Janeiro, em parceria com o
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a prefeitura iniciou uma
busca ativa para evitar o aumento do número de alunos fora da escola. Na busca,
uma equipe vai até a casa dos responsáveis pelas crianças para conscientizar
sobre a importância da educação.
“O número de crianças ou que já
estavam fora da escola ou que, nas últimas semanas, não estavam desenvolvendo
nenhuma atividade escolar, era o mesmo número de crianças que não frequentavam
a escola no ano 2000. Isso no Brasil como um todo. Ou seja, um retrocesso de 20
anos. Isso é muito grave”, disse Luciana Phebo, que coordena o projeto no Rio
de Janeiro, ao Jornal RJ2.
Essa ação
pode ser replicada por qualquer munícipio brasileiro com apoio da plataforma Busca Ativa
Escolar, criada pelo Unicef. “A intenção é apoiar os governos na
identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes
que estão fora da escola ou em risco de evasão. Por meio da Busca Ativa
Escolar, municípios e estados têm dados concretos que possibilitarão planejar,
desenvolver e implementar políticas públicas que contribuam para a garantia de
direitos de meninas e meninos”, se apresenta a plataforma.
Iniciativa privada reduz valor das
mensalidades em instituições de todo o país
Em parceria com instituições
particulares de ensino, o Educa Mais Brasil
é um dos principais programas de incentivo estudantil privados do país. Através
do programa, é possível estudar em boas escolas e faculdades pagando até 70% do
valor das mensalidades.
Preocupada com o ensino das filhas
Gisele, 14 de anos, e Karina, de 9, a ajudante de limpeza Elizete Batista, 42,
viu através do Educa a possibilidade de dar um estudo melhor para elas. “Eu
ficava apreensiva em deixar minha filha na escola pública pelo que eu via no
ambiente, que me desagradava, incomodava ao ponto de orar pedindo uma
oportunidade melhor de educação para Karina”, conta.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil
Nenhum comentário
Postar um comentário
- Seu comentário é sempre bem-vindo!
- Comente, opine, se expresse! este espaço é seu!
- Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário!
- Se quiser fazer contato por e-mail, utilize o redacaor1rondonia@gmail.com