A avaliação é que o movimento de Lula, ao não assinar o texto, foi cuidadosamente calculado para reduzir riscos diplomáticos
Ao não assinar o documento que pede a libertação de prisioneiros políticos na Venezuela, o presidente Lula optou por manter uma posição de cautela em relação ao governo de Nicolás Maduro, evitando um posicionamento público que pudesse ser interpretado como alinhamento ou confronto direto. A escolha é lida como estratégica em meio a negociações com Donald Trump para retirada de sobretaxas em metal, aço e acordos para suspensão de embargos sobre vistos de ministros do governo brasileiro.
Integrantes do Itamaraty relataram à coluna que a decisão funciona como um “aceno” a Washington. Segundo um representante do alto escalão do Ministério das Relações Exteriores, “não é do interesse do Brasil avançar nesse debate além do que já foi estabelecido”.
Nos bastidores do Palácio do Planalto, a avaliação é que o movimento foi cuidadosamente calculado para reduzir riscos diplomáticos em um momento de reacomodação do cenário internacional. Esse reposicionamento ocorre em meio à retomada das tratativas entre Brasil e Estados Unidos, que já resultou na retirada de sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes (STF).
Auxiliares presidenciais ponderam que um posicionamento público mais enfático sobre a Venezuela poderia gerar desgastes desnecessários e afetar outras agendas consideradas prioritárias da política externa.
No Itamaraty, o entendimento é semelhante. Diplomatas afirmam que Lula optou por preservar margem de manobra nas relações regionais, evitando sinais que pudessem ser interpretados como alinhamento automático ao governo Maduro ou como confronto direto com os Estados Unidos. A estratégia, segundo relatos, é manter canais abertos e atuar de forma discreta, sem protagonismo público no tema. (Metrópoles)





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