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Porto Velho celebra 111 anos de história marcada por lendas, diversidade cultural e crescimento populacional

Porto Velho comemora nesta quinta-feira (2) seus 111 anos de criação, consolidando-se como uma das capitais mais singulares da região Norte, tanto pela importância histórica quanto pela diversidade cultural que a caracteriza.

FOTO - REPRODUÇÃO

Fundada às margens do rio Madeira, a cidade surgiu em um ponto estratégico para navegação e produção de energia. Sua oficialização ocorreu em 1914, quando a Assembleia Legislativa do Amazonas aprovou a Lei nº 756, desmembrando-a do município de Humaitá. 

Em 1943, Porto Velho passou a integrar o Território Federal do Guaporé, transformado em Rondônia em 1956 e elevado à condição de Estado em 1981.

O nome da capital carrega mistérios. Pesquisadores apontam que a denominação teria ligação com o “Porto do Velho Pimentel”, um lenhador que fornecia madeira para navios no auge do Ciclo da Borracha. Entretanto, a ausência de registros oficiais faz dessa narrativa mais uma lenda popular.

Historicamente, a região já tinha relevância antes mesmo da criação do município. Durante a Guerra do Paraguai, em 1865, foi ponto estratégico para ligação entre o Mato Grosso e os rios Guaporé, Mamoré e Madeira. Relatórios de Marechal Rondon e Oswaldo Cruz já mencionavam a área como “Porto Velho Militar”. A partir da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em 1872, surgiram os primeiros diferenciais urbanos, dividindo os espaços entre o chamado “Porto Novo” e o “Porto Velho”.

Outro fato curioso registrado é que, nos primeiros anos, a língua inglesa predominava na cidade, reflexo da forte presença estrangeira ligada à ferrovia e até ao jornal pioneiro, o The Porto Velho Times. A administração municipal chegou a ser dividida por uma cerca na atual avenida Presidente Dutra, delimitando os espaços de poder entre a Prefeitura e a direção da ferrovia.

Hoje, Porto Velho abriga mais de 517 mil habitantes, conforme dados do IBGE, e se destaca como a única capital brasileira que faz fronteira direta com a Bolívia. Sua extensão territorial ultrapassa os 34 mil km², distribuídos em 75 bairros.

A cidade guarda símbolos que reforçam sua identidade, como as Três Caixas D’Água, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e o Cemitério da Candelária. Também incorporou novos marcos culturais, entre eles o Mercado Cultural, o Teatro Estadual Palácio das Artes e o Memorial Jorge Teixeira.

A riqueza cultural da capital é fruto da miscigenação de povos vindos de diversas regiões do país. Essa pluralidade se expressa em eventos tradicionais como o Arraial Flor do Maracujá, os festivais de praia e o desfile da Banda do Vai Quem Quer, que arrasta multidões no carnaval.

Porto Velho completa mais de um século de existência mantendo viva sua história, equilibrando a preservação de seu patrimônio com o crescimento urbano e reafirmando sua importância para Rondônia e para o Brasil.

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