Brasil – Em uma decisão que agitou o cenário político, a Câmara Municipal de Belém, capital do Pará, aprovou na quarta-feira (6) um requerimento que declara o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como “persona non grata” na cidade. A expressão, do latim, indica que Trump é considerado uma pessoa “indesejada” ou “não bem-vinda”. A proposta, apresentada pelo vereador Alfredo Costa (PT), foi aprovada por 12 votos favoráveis, 9 contrários e 2 abstenções, em meio a tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. A decisão, no entanto, ganhou contornos internacionais com uma reação inesperada de um parlamentar paraense.
Contexto da decisão
A votação ocorreu no mesmo dia em que entrou em vigor uma tarifa de 50% sobre importações de produtos brasileiros nos EUA, medida que intensificou as críticas ao governo norte-americano. Alfredo Costa justificou o requerimento como um protesto contra o “tarifaço” e também contra sanções impostas por Trump a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Procurador-Geral da República (PGR). “Os Estados Unidos estão comprando uma guerra declarada contra o povo brasileiro, contra o presidente Lula, o STF, a Câmara e o Senado Federal”, declarou o vereador, defendendo que Belém, como sede da COP30, não deveria se omitir diante do cenário político.
Embora simbólica, a medida não impede Trump de visitar a cidade ou participar de eventos como a COP30, caso aceite o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Reação internacionaliza o conflito
A decisão dos vereadores de Belém ganhou repercussão ainda maior após o deputado estadual Rogério Barra (PL-PA) anunciar, por meio de suas redes sociais, que acionou o Consulado dos Estados Unidos pedindo o cancelamento dos vistos dos vereadores que votaram a favor do requerimento. Em postagem no X, Barra escreveu: “Acionei o Consulado dos EUA pedindo o CANCELAMENTO dos vistos dos vereadores de Belém que votaram para declarar @realDonaldTrump como persona non grata na capital paraense. A treta foi internacionalizada! 👀🇺🇸”. A ação do deputado elevou o tom da polêmica, trazendo um desdobramento que pode impactar as relações diplomáticas e a imagem de Belém no cenário global.
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