Brasil – A audiência de custódia do ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, realizada no dia 27 de julho, um dia após ele espancar brutalmente a namorada dentro de um elevador em um condomínio de Natal (RN), revelou tentativas do acusado de justificar o crime com alegações de descontrole emocional e arrependimento imediato. Um trecho da sessão veio a público e causou indignação nas redes sociais.
Durante a audiência, Igor afirmou ter tido um “surto” no momento da agressão, que foi registrada pelas câmeras de segurança do prédio e mostra o ex-atleta desferindo mais de 60 socos contra a vítima. Ele disse ter se dado conta do que havia feito apenas quando a porta do elevador se abriu:
“Assim que a porta do elevador abriu, que eu me toquei do que tinha acontecido, do surto que eu tive… Às pessoas que estavam em volta, eu pedi para elas chamarem a ambulância na mesma hora, e me entreguei. Sentei na calçada e esperei”, afirmou o acusado.
Veja vídeo:
A declaração foi feita diante da juíza responsável pela audiência, que avaliava as circunstâncias da prisão em flagrante. O Ministério Público solicitou a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva, alegando risco à integridade da vítima, gravidade da conduta e possibilidade de fuga.
Além de admitir o ataque, Igor também revelou ter consumido drogas no dia do crime. A defesa tentou apresentar o episódio como fruto de um estado alterado de consciência, o que não sensibilizou o Judiciário. A juíza acolheu integralmente o pedido do MP e manteve o acusado preso preventivamente.
Na avaliação da magistrada, o vídeo do crime — que circula amplamente nas redes sociais — é uma evidência irrefutável da brutalidade do ato. A tentativa de justificar a agressão com um suposto “surto” foi vista com cautela, já que não há, até o momento, nenhum laudo psiquiátrico que comprove distúrbios mentais que pudessem isentá-lo de responsabilidade penal.
No último dia 7 de agosto, a Justiça do Rio Grande do Norte aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou Igor réu por tentativa de feminicídio. Ele permanece preso na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, aguardando julgamento. Se condenado, poderá cumprir mais de 20 anos de reclusão.
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