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Trump anuncia tarifas globais e Brasil tem maior taxa

Lista apresenta taxas recíprocas entre 10% e 41%; Brasil terá sobretaxa de 40% a partir de 6 de agosto

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva na noite desta quinta-feira (31) impondo tarifas recíprocas que variam de 10% a 41% a dezenas de países.



No decreto, Trump indica que as taxas entram em vigor sete dias após a publicação desta ordem, no dia 7 de agosto, próxima quinta-feira.


Entre os destaques, o republicano elevou a alíquota aplicada contra os importados do Canadá de 25% a 35%.


Já olhando para algumas das alíquotas mais elevadas, a Suíça foi atingida por uma tarifa de 39%; Mianmar e Laos, 40%; e Síria, 41%.


Para justificar o tarifaço, o presidente dos EUA voltou a se utilizar de leis emergenciais norte-americanas.


O decreto desta quinta trata de reajustar as tarifas anunciadas pelo republicano em 2 de abril, que ficou conhecido como Dia da Libertação.


No texto, Trump ainda sinaliza que pode baixar essas tarifas, a depender de acordos celebrados com os parceiros comerciais, tratativas estas que ele reitera estarem avançando.


"Certos parceiros comerciais [...] concordaram ou estão prestes a celebrar acordos comerciais e de segurança significativos com os Estados Unidos. Os produtos desses parceiros comerciais permanecerão sujeitos aos direitos ad valorem adicionais [...] desta ordem até que esses acordos sejam concluídos, e eu emitirei ordens subsequentes que registrarão os termos desses acordos", pontua Trump.


O Brasil aparece na lista com uma alíquota recíproca de 10%. Na véspera, quarta-feira (30), o republicano confirmou, já considerando esta taxa base, que iria subir em 40 pontos percentuais a tarifa aplicada contra os importados brasileiros, totalizando 50%.


A taxa maior entra em vigor a partir do dia 6 de agosto, próxima quarta-feira.


Em abril, Trump havia anunciado taxas de mesma magnitude para Lesoto e para o arquipélago de São Pedro e Miquelão, que tem um comércio praticamente nulo com os EUA. À época, o republicano alegava que ambos cobravam tarifas de 99% cada sobre os produtos norte-americanos.


Nesta quinta, o presidente dos Estados Unidos reajustou a alíquota cobrada contra Lesoto para 15%. Enquanto isso, as mercadorias de países e territórios que não foram citados na ordem estarão sujeitas a uma alíquota adicional de 10%, o que é o caso de São Pedro e Miquelão.


Salvo algumas exceções mencionadas por Trump no decreto. Este é o caso da China, que não é listada entre os reajusteas, mas à qual o republicano esclareceu que segue válida a tarifa de 30% definida no dia 12 de maio.


Desse modo, o Brasil ficou com a alíquota mais cara cobrada pelos EUA.


Outro destaque que aparece na lista é a União Europeia. O bloco assinou, no último domingo (27), um acordo comercial com os Estados Unidos. Desse modo, parte de suas exportações ficaram isentas da alíquota de 15%.


Adicionalmente, o decreto define que caso o CBP (Comissário de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA) identifique tentativas de evasão fiscais, os produtos serão sobretaxados com uma alíquota de 40%, além de outras multas e penalidades aplicáveis.


"O CBP não permitirá, de acordo com a lei aplicável, a mitigação ou remissão das penalidades avaliadas sobre importações que foram transbordadas para evadir os impostos aplicáveis", aponta o documento.


"O Secretário de Comércio e o Secretário de Segurança Interna, agindo por meio do Comissário do CBP, em consulta com o Representante Comercial dos Estados Unidos, publicarão a cada 6 meses uma lista de países e instalações específicas usadas em esquemas de evasão, para informar as compras públicas, as revisões de segurança nacional e a devida diligência comercial."



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