A cesta básica ainda continua subindo com força em Porto Velho. É o resultado de mais um levantamento feito pelo Programa de Educação Tutorial (PET), do curso de Economia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
Nos últimos 12 meses houve um aumento nos preços de 24,89%. A cesta custa 27,11% a mais do que em abril de 2021. Somente nos primeiros três meses do ano houve um aumento de 8,84%.
“No geral, a tendência é de aumento no preço dos produtos da cesta básica, principalmente pelo aumento nos custos de produção interna e pela escassez de alguns produtos no mercado mundial. Com isso há uma elevação dos preços praticados em Porto Velho”, detalha o professor da UNIR e coordenador da pesquisa, Jonas Cardoso.
Detalhes
Dos 12 produtos pesquisados, oito apresentaram aumento de preço em abril quando comparado com março: leite (16,42%), pão (9,85%), tomate (6,67%), café (5,99%), arroz (1,26%), feijão (1,13%), manteiga (0,41%) e óleo (0,34%).
Apenas quatro tiveram queda no quarto mês do ano: banana (- 11,79%), carne (- 5,03%), açúcar (- 4,8%) e farinha (- 0,73%).
“Abril seguiu a tendência de aumento. Pão, café e leite, ou seja, o café da manhã está mais caro. O café é o item que mais tem subido de preço neste ano. Além da seca no início de ano, o preço do café também é influenciado pelo aumento no custo de produção. O preço do adubo aumentou neste ano devido, em parte, à guerra na Ucrânia, que diminui a importação do produto da Rússia”, explicou Jonas.
Vilões do bolso
Os números se tornam ainda mais assustadores quando vemos os reajustes entre abril do ano passado com abril deste ano.
O campeão disparado é um pequeno legume vermelho, o tomate com 118,37%. Em segundo, o pretinho preferido dos brasileiros: café (mais 82,09%) e em terceiro, o leite com 52% de aumento.
A lista do rombo no bolso segue com óleo (37,87%), açúcar (27,84%), feijão (21,35%), pão (17,94%), banana (15,82%), manteiga (14,59%), farinha (11,69%) e carne (3,85%).
O único que teve queda em um ano de análise foi o arroz (- 18,37%).
“O preço do trigo continua aumentando devido à diminuição da oferta global com a guerra. Provavelmente virão novos aumentos devido à alta recente na taxa de câmbio e a continuidade da guerra”, explicou o professor Jonas Cardoso da UNIR.
A instituição apontou que os 12 produtos da que compõem a cesta básica são pesquisados em diversos estabelecimentos comerciais da cidade de Porto Velho.
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