Mais importante que acrescentar itens saudáveis na dieta é reduzir a ingestão de alimentos tóxicos
A maior parte dos problemas de saúde
começa com uma inflamação crônica de baixo grau que é provocada por maus
hábitos como sedentarismo, níveis altos de estresse, alimentação inadequada,
uso em excesso de açúcar e de sal. Reflexo disso são as doenças crônicas que
atualmente matam cerca de 80% da população mundial. Diabetes, hipertensão
arterial, doenças cardiovasculares e
respiratórias crônicas são resultado de um comportamento inadequado repetitivo.
Um trabalho publicado no JAMA, no ano de 2014, mostrou que alimentação de má qualidade matava mais do que cigarro. Em abril de 2019, a revista Lancet, uma das mais importantes publicações médicas do mundo, mostrou que o fator nutricional que mais contribui para a mortalidade é o pouco consumo de vegetais, que são ricos em sais de magnésio e potássio, e o excesso de sódio. “O sal está presente em praticamente 100% dos produtos industrializados”, alerta Italo Almeida, especialista em Medicina Integrativa.
O especialista aponta ainda a
necessidade de reduzir a ingestão de alimentos que causam uma inflamação
crônica e, com isso, diminuem o risco de desenvolver patologias, mesmo havendo
predisposição genética. “Não somos vítimas indefesas da hereditariedade. Nosso
comportamento tem mais influência que os genes no aparecimento das doenças”,
alerta, destacando que a alimentação é um dos grandes reguladores dos genes. Um
em cada três brasileiros consome frutas e hortaliças com regularidade. E desses
somente um em quatro comem a quantidade recomendada pela Organização Mundial da
Saúde (OMS): o equivalente a 400g/dia.
A Epigenética tem comprovado
cientificamente que a hereditariedade tem influência de apenas 20% no
desenvolvimento de patologias nas gerações futuras. O comportamento pode mudar
o rumo da saúde muito mais que a genética. Os genes
só serão ativados se tiverem o mesmo estímulo. “Se o filho desenvolve um hábito
alimentar diferente dos pais, por exemplo, come mais frutas e hortaliças, os
genes permanecem latentes, mas não se expressam”, reitera o diretor técnico da
Neuro Integrada.
Com 37 anos de formado – 18 deles
dedicados à Medicina Natural – Italo Almeida vem ministrando cursos para profissionais da área de saúde que tenham interesse em aprender
mais sobre o poder de prevenção e cura dos alimentos. Médicos de diversas
especialidades, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, nutricionistas têm buscado mais conhecimento sobre
Medicina do Estilo de Vida e Naturologia. “Os profissionais de saúde de hoje
não entendem muito de saúde, entendem muito de doença e de remédio. A formação
acadêmica ocidental ensina a tratar sintomas e não a buscar origem das doenças”,
pontua.
Apostar em um único alimento da moda
como salvador não é o caminho. A prática clínica na Neuro Integrada tem
comprovado que o consumo frequente e regular de um conjunto de alimentos
melhora a saúde de uma forma geral. “Obviamente, alguns como o gengibre, a
cúrcuma e o cravo da índia têm grande poder antioxidante e ajudam nos processos
digestivos, algo muito importante pois proteínas mal digeridas podem provocar
uma série de intolerâncias, prejudicar a microbiota e contribuir para a formação
de cistos e nódulos, tão comuns hoje em dia”, explica o especialista.
Mais importante que acrescentar
alimentos saudáveis é reduzir a ingestão dos alimentos tóxicos já que o alto
nível de adoecimento está muito associado ao estilo de vida atual, com uma
dieta farta em alimentos processados e ultraprocessados, carregados de
conservantes, sal e açúcar. “O leite animal é outra grande fonte de intoxicação
para nosso organismo. É o excesso de produtos químicos que intoxica o sistema.
Quando retiramos os alimentos agressores, a saúde melhora consideravelmente”,
garante Almeida respaldado por outros estudos sobre as chamadas Zonas Azuis (Blue
Zones).
Moradores da província de Nuoro, na Sardenha; das ilhas de
Icária, na Grécia, e Okinawa, no Japão; da península de Nicoya, na Costa Rica;
e da vila de Loma Linda, no sul da Califórnia apresentam uma taxa altíssima de
centenários – 45% superior à média das nações mais longevas do mundo. Comer
menos, especialmente à
noite, evitar proteína animal e manter-se ativo garantem o envelhecimento
saudável. “Das cinco zonas
mapeadas uma é completamente vegetariana e as outras são predominantemente
vegetarianas, ou seja, consomem uma quantidade mínima de proteína animal e
grande quantidade de vegetais. Não
precisamos nos tornar vegetarianos, mas é recomendável aumentar o consumo de
vegetais (frutas, legumes, folhas, sementes...), nutrientes ideais para nossa
microbiota favorável que aumentam energia e saúde”, conclui.
Fonte: Agência Educa
Mais Brasil.






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