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Txai Suruí, indígena brasileira que discursou na COP26, protesta contra mudanças do clima com Greta Thunberg na Suécia

Ativista publicou foto nas redes sociais nesta sexta-feira (19).

Txai Suruí, indígena de Rondônia, protestou nesta sexta-feira (19) junto à ativista Greta Thunberg contra as mudanças do clima em Estocolmo, na Suécia. 

As ativistas Greta Thunberg e Txai Suruí, indígena brasileira, em protesto nesta sexta-feira (19) 

Ela foi a única brasileira a discursar na abertura 26ª Conferência do Clima, a COP26, no início de novembro, e, em sequência, foi atacada pelo presidente Jair Bolsonaro.


Juntas, as duas ativistas seguraram cartazes em defesa do meio ambiente e contra as mudanças do clima. Thunberg inspira jovens de todo o mundo a aderirem ao movimento, que ficou conhecido como "Fridays For Future". A mobilização culminou em uma primeira greve global em 15 de março de 2019. Naquela ocasião, milhares de estudantes foram às ruas para protestar, inclusive no Brasil.


Quem é Txai Suruí

Filha de uma famosa ativista pelos direitos dos indígenas e um cacique, Txai Suruí acompanhou desde cedo a luta dos pais pela proteção da terra onde vivem. A jovem de 24 anos cresceu na reserva 7 de Setembro, em Rondônia, uma área sob ameaça de garimpo ilegal.


Na COP 26, diante de líderes mundiais como o premiê britânico, Boris Johnson, e o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, Txai cobrou participação de indígenas nas decisões da cúpula do clima e lembrou o assassinato do amigo Ai Uru-Eu-Wau-Wau, que lutava contra extração ilegal de madeira na floresta amazônica.


Atualmente, a jovem está no último semestre do curso de direito -- antes mesmo da formação, Txai já trabalha na parte jurídica da Associação de Defesa Etnoambiental (Kanindé), entidade que defende a causa indígena em Rondônia. Ela também é fundadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia.


Ataque de Bolsonaro

Pouco depois do discurso na COP26, Txai Suruí foi alvo de um ataque do presidente Jair Bolsonaro, que não compareceu à conferência. Embora o presidente não tenha mencionado Txai expressamente, a ativista havia sido a única brasileira a falar no palco principal da abertura da conferência.


"Estão reclamando que eu não fui para Glasgow. Levaram uma índia para lá, para substituir o [cacique] Raoni, para atacar o Brasil. Alguém viu algum alemão atacando a energia fóssil da Alemanha? Alguém já viu atacando a França, porque lá a legislação ambiental não é nada perto da nossa? Ninguém critica o próprio país. Alguém viu o americano criticando as queimadas lá no estado da Califórnia. É só aqui", criticou Bolsonaro, em frente ao Palácio da Alvorada.(g1ro)



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