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Operação Colapso: Polícia e TCE agiram antes de R$ 37 milhões serem pagos em Ji-Paraná

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta segunda-feira (7) uma operação para afastar servidores públicos que faziam parte de uma organização criminosa em Ji-Paraná (RO). Segundo investigação, o grupo estava tentando desviar R$ 37 milhões destinados ao combate da pandemia da Covid-19.


Operação afasta secretário de saúde e procurador por tentarem desviar R$ 37 milhões do combate à pandemia em Ji-Paraná, RO


Ao todo, foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de afastamento cautelar das funções públicas.

Polícia decidiu intervir antes do pagamento de R$ 37 milhões para evitar rombo na Saúde, diz delegado.


Os alvos da operação Colapso são:

  • Ivo da Silva, secretário municipal de Saúde
  • Ricardo Marcelino Braga, Procurador-Geral do município
  • Claudinei Henrique de Oliveira, Presidente da Comissão de Processo de Licitação

De acordo com a polícia, os servidores públicos chegaram a fazer uma contratação fraudulenta de uma empresa destinada a gestão hospitalar do Hospital Municipal de Ji-Paraná.

O contrato de R$ 37 milhões chegou ser assinado e previa a manutenção e ampliação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva e de Centros de Tratamento Intensivos.


Contrato milionário com dispensa de licitação

O contrato emergencial feito em março de 2021 pelo município de Ji-Paraná previa a ampliação de leitos na cidade.

"O processo em destaque tem como objeto Contratação de Empresa Especializada em Serviços de Gerenciamento Pleno de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), voltada ao atendimento de pacientes acometidos pela Covid, em caráter emergencial, na forma de Dispensa de Licitação, incluindo recursos humanos, materiais, medicamentos e equipamentos necessários para atendimento na UTI – COVID do Hospital Municipal Dr. Claudionor Couto Roriz, para suprir as necessidades da Secretaria Municipal de Saúde", diz o contrato.

Para justificar a contratação emergencial, a Secretaria de Saúde alegou na época que não havia mais condições físicas apropriadas para ampliação de frentes de trabalho para atendimento.

"Importante frisar que há uma fila de 15 pacientes em lista de espera da Central de Regulação de Urgência e Emergência do Estado de Rondônia", justificou a secretaria para dispensar a licitação.

O contrato então foi assinado com a empresa Ultramed - Serviços Médicos e Hospitalares pelo período de até seis meses.

Ainda conforme descobriu a investigação da Polícia Civil, a organização criminosa é 'sofisticada' e funciona em Rondônia, Mato Grosso Paraná e Santa Catarina. A operação é conduzida pela 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, de Cacoal (2ªDRACO), com apoio do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE/RO).


Crise de leitos

No fim do ano passado, o município de Ji-Paraná viveu uma crise na saúde pública, com falta de leitos de UTI para pacientes.

O contrato fraudado teria sido assinado no começo deste ano, segundo investigação da polícia.


Fonte: G1 RO.



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