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Após acidente envolvendo carro de vereadora dirigido por marido, ex-vereador, dona de moto atingida aciona a polícia

Advogado de Carmozino diz que se denunciante for à polícia, “vai perder”

 

A operadora de caixa Simone Ferreira (FOTO), de 36 anos, registrou um boletim de ocorrência no qual citou a placa de um veículo de propriedade da vereadora Clerida Alves (Avante), devido o esposo dela, o ex-verador Carmozino Alves, dirigindo o referido carro, ter danificado sua motocicleta com apenas quatro meses de uso em um acidente de trânsito e se recusar a arcar com os custos dos reparos, que ficaram em pouco mais de R$ 1 mil.

 

Após acidente envolvendo carro de vereadora dirigido por marido, ex-vereador, dona de moto atingida aciona a polícia

Assalariada e ainda pagando as parcelas da motoneta, Simone se encontra em uma situação difícil, pois o veículo está de novo na concessionária, único local onde os reparos podem ser realizados, segundo ela, para que não perca a garantia.

 

Segundo Simone, que entrou em contato com a reportagem do FOLHA DO SUL ON LINE na manhã desta sexta-feira, 07, na última quarta-feira, ela seguia para o trabalho, quando no semáforo da BR-174 com a avenida Benno Luiz Graebin, parou atrás do veículo que Carmozino dirigia e que está em nome da esposa, a vereadora Clerida, e este deu ré repentinamente, colidindo contra a motocicleta, causando vários danos.

 

No momento do acidente, o ex-vereador, que nem chegou a descer do carro, afirmou que iria pagar os danos, motivo pelo qual Simone não acionou a Polícia Militar, porém, após saírem do local, Carmozino mudou de ideia ao saber que a motocicleta da jovem estava na garantia e só poder receber manutenção em uma concessionária autorizada.

 

Diante da recusa do ex-vereador, que chegou a dizer para a jovem que não iria na concessionária “porra nenhuma”, Simone anotou a placa do carro e registrou um boletim de ocorrência, para tentar não sair no prejuízo.

 

“Se eu pudesse, já teria levado a moto onde ele queria, porém, ela tem apenas quatro meses e se mexer nela em outra oficina, perco a garantia, mas ele não quer entender” afirmou Simone.

 

Como o veículo usado por Carmozino está em nome da vereadora, Simone a procurou, em companhia do pai, para lhe informar dos fatos, pois no registro do caso precisou fornecer a placa do veículo e, na esperança de que a parlamentar pudesse ajudar na conciliação da situação. Mas, segundo conta, que foi destratada por Clerida, que chegou a alterar o tom de voz, afirmando que não tinha nada a ver com a situação.

 

Chorando muito pelo destrato da vereadora e por estar sem o veículo que tanto lhe ajuda no dia a dia , a jovem procurou a FOLHA e relatou a situação. Para a reportagem, Clerida confirmou os relatos da jovem, dizendo que não tem nada a ver com o acidente provocado pelo marido e que está tranquila de que não deve nada a Simone.

 

“Eu não estava no volante do carro...por que ela não chamou a polícia na hora? Ela que procura seus direitos”, afirmou Clerida. Já o ex-vereador Carmozino preferiu se pronunciar através de seu advogado, afirmando que deu ré no veículo para não ser atingido por uma carreta que realizava a conversão no semáforo e que irá arcar com os custos, assim que Simone apresentar três orçamentos dos custos.

 

Porém, mesmo sendo informado de que Simone não podia mexer na moto em outro local que não fosse a concessionária, e que inclusive os reparos já tinham sido realizados, uma vez que ela não tem opção e precisa do veículo para trabalhar, o advogado afirmou que se ela agiu por conta própria já é de responsabilidade dela, pois Carmozino apenas pediu três orçamentos antes de realizar o pagamento.

 

“Eu instruí o Carmozino que o que não pode mexer em veículo na garantia é câmbio, motor e parte elétrica. Ela está equivocada, se for pra justiça com isso aí ela vai perder”, afirmou o advogado, mesmo tendo recebido o orçamento  abaixo, emitido pela loja, onde são descritas as peças que precisam ser trocadas.

 

“Carmozino nem desceu do carro pra ver se tinha me machucado e ainda falou para um amigo meu que já que eu procurei a mídia e tinha um monte de jornalistas ligando pra ele, não ia pagar”, concluiu Simone, que segue dependendo de carona por não ter condições de retirar o veículo da oficina.


Fonte: Folha do Sul



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