Dados do Painel do Varejo de Livros no Brasil apontam que em março deste ano foi vendido 1 milhão a mais de livros do que no mesmo mês do ano passado. Esse aumento considerável é reflexo da necessidade de passar mais tempo em casa durante o isolamento social, por conta da pandemia do novo coronavírus. O brasileiro precisou rever alguns hábitos e, dentre as mudanças de comportamento, a leitura ganhou espaço na vida das pessoas. Mas na contramão desta notícia positiva, os livros poderão ficar mais caros e, consequentemente, inacessíveis para muitos cidadãos.
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Em março deste ano, foi vendido 1 milhão a mais de livros do que no mesmo mês do ano passado |
O hábito de ler é uma grande fonte de aprendizagem capaz de mudar a visão de mundo de quem o faz, bem como de ampliar o vocabulário, auxiliar na compreensão de si mesmo – uma vez que há identificação do leitor com o personagem e com a história - e, ainda, contribuir para o desenvolvimento cognitivo e emocional.
Com tantos benefícios, como os citados acima, a leitura ainda não é acessível a todos os cidadãos e pode encontrar nova barreira. Para defensores da democratização da leitura, como a professora e escritora Joelma Queiroz, a taxação literária poderá dificultar o trabalho de escritores, das editoras e, assim, reduzir a produção e distribuição de livros.
Na outra ponta, a tributação compromete o acesso dos brasileiros ao conhecimento e à cultura. “Acredito que a leitura é um grande instrumento para a educação. A vida de quem lê é modificada, e para melhor. Existem, cada vez mais, livros abordando cidadania, o respeito às diferenças e ao meio ambiente. Por isso, o ideal é que as pessoas tenham mais acesso aos livros, e não o contrário”, defende Queiroz.
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A professora Joelma Queiroz começou a escrever um livro na pandemia. Foto ARQUIVO PESSOAL |
A professora Joelma viu no isolamento social a oportunidade de se aproximar ainda mais dos livros. No ano passado, ela lançou sua primeira obra Cadê minha gatinha?, que aborda a temática do luto para crianças de forma leve e poética. Mais dois livros voltados para o público infanto-juvenil nasceram na pandemia: Dudu e o espelho da Bisa e O Renascer da Floresta. “O que mais me motiva a escrever é saber que posso contribuir para a formação de seres humanos sensíveis, mais empáticos e que saibam respeitar as diferenças”, afirma a educadora que também conta com um canal no YouTube para se aproximar dos alunos e compartilhar os benefícios da leitura.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil
Tags: Educação, Leitura, Literatura, Livro, Pandemia.
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