Suspeitos são apontados pela polícia como integrantes de facção que teria ordenado o ataque após o dono da embarcação recusar pagamento de taxa criminosa
Chegou a cinco o número de presos suspeitos de incendiar o barco de um homem que, segundo a polícia, se recusou a pagar uma taxa cobrada por uma facção no Ceará.
A nova prisão, realizada na última quarta-feira (10) em Itarema, no litoral oeste do Ceará, reforça a linha de investigação de que o ataque, que destruiu uma embarcação de pesca avaliada em R$ 1,8 milhão, foi uma represália imposta por integrantes do TCP (Terceiro Comando Puro).
A PMCE (Polícia Militar do Ceará) deteve o quinto suspeito durante um patrulhamento na localidade de Torrões, onde o incêndio foi registrado na segunda-feira (8). De acordo com a SSPDS (Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará), o homem, de 25 anos, já respondia por um homicídio ocorrido em outubro de 2025 no próprio município.
Com ele, os policiais apreenderam uma pistola calibre .40, munições, dois celulares e outros objetos. Ele foi levado à Delegacia de Itarema e autuado por integrar organização criminosa, incêndio e extorsão.
Prisões
As primeiras capturas ocorreram entre segunda (8) e terça (9), após uma operação integrada da Polícia Civil do Ceará (PCCE) com a PMCE. O suposto mandante, um homem de 28 anos, foi localizado no bairro Planalto Ayrton Senna, em Fortaleza, menos de 24 horas depois da ação criminosa. Segundo a SSPDS, ele é apontado como chefe do grupo envolvido no caso e possui antecedentes por porte ilegal de arma de fogo e receptação.
Ainda na terça-feira, outros três suspeitos foram encontrados em diligências simultâneas em Fortaleza e em Itarema. Dois deles, segundo a investigação, participaram diretamente do incêndio à embarcação usada na pesca de atum e lagosta, principal fonte de renda do proprietário.
À polícia, o dono do barco relatou ter sido ameaçado por integrantes do TCP. A cobrança de uma taxa para permitir a permanência da embarcação na região teria sido o estopim para o ataque. Facções originadas no Rio de Janeiro mantêm grupos associados atuando no Ceará e disputam territórios com a imposição de cobranças e regras aos moradores.
Em meio à repercussão do caso, gestores da SSPDS se reuniram com representantes da Prefeitura de Itarema na manhã da última quarta-feira (10) no Centro Integrado de Segurança Pública. O encontro discutiu medidas adicionais de segurança no município. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos no crime.
Fonte: CNN






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