Militar aposentado, piloto, empresário e um adolescente foram detidos carga avaliada R$ 36,8 milhões após aeronave alterar rota e pousar em Boa Vista
A Polícia Federal prendeu um sargento aposentado do Exército, um piloto, um empresário e um adolescente após interceptar um avião que transportava 51 kg de ouro no Aeroporto Internacional de Boa Vista, em Roraima. A carga, avaliada em R$ 36,8 milhões, seguia do Pará e teria como destino uma fazenda no estado.
Segundo a Polícia Federal, o sargento aposentado era responsável por garantir a segurança do transporte. Ele portava uma pistola Glock G25 e 12 munições dentro de uma mochila no momento da abordagem. A prisão ocorreu na última terça-feira (2).
Apesar de apresentar o registro da arma, permaneceu em silêncio durante o interrogatório. Anotações encontradas em sua agenda pessoal reforçam a suspeita de que ele realizava escoltas frequentes.
Os registros continham datas acompanhadas da sigla “PG”, de “pagamento”, indicando valores recebidos por “missões” relacionadas à proteção do transporte de ouro.
O site solicitou posicionamento ao Exército, mas não obteve resposta até a publicação e tenta contato com a defesa dos suspeitos.
A ação foi desencadeada depois que a aeronave, que vinha de Itaituba (PA), alterou sua rota para evitar pousar em um aeródromo sob fiscalização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
A mudança chamou a atenção da agência, que acionou a Polícia Federal. O piloto decidiu pousar no Aeroporto Internacional de Boa Vista, onde a equipe realizou a abordagem.
Dentro do avião, os agentes encontraram 54 barras de ouro, a arma de fogo e as munições. A ANAC informou que a licença do piloto foi suspensa e a aeronave apreendida.
Os quatro detidos são apontados pela PF como integrantes de uma estrutura organizada para transportar o ouro ilegalmente até uma fazenda em Roraima.
A suspeita é de que o local funcionaria como ponto de apoio para o escoamento do metal extraído de forma clandestina.
Os envolvidos foram levados à sede da PF e poderão responder por usurpação de bens da União, extração ilegal de recursos minerais, associação criminosa e corrupção de menores.
A investigação segue para identificar outros participantes do esquema e a origem exata do ouro apreendido. (CNN)
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