Desembargador João Marcos Buch formalizou representação contra mensagens de ódio em grupo de advogados
A OAB-SC (Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina) iniciou o trâmite interno de um processo disciplinar após o desembargador João Marcos Buch formalizar uma representação contra mensagens de teor homofóbico que circularam em um grupo de WhatsApp composto por advogados catarinenses.
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Em nota, a OAB-SC afirmou que a investigação e o processo de apuração começaram após o magistrado, que havia denunciado a situação e tornado público o recebimento dos textos, formalizar a queixa, permitindo à seccional dar sequência à apuração dos fatos.
As comunicações foram classificadas pelo desembargador como "discursos de ódio, recheados de preconceito e de crimes de homofobia".
Denúncia
As mensagens reportadas pelo desembargador faziam referência direta à sua orientação sexual e estado civil. Segundo o relato de Buch, uma das mensagens trocadas dizia: "aconteceu um problema aqui, peguei um gay, um desembargador gay".
Outro trecho mencionava explicitamente: "caiu nas mãos de um desembargador chamado João Marcos Buch, gay, casado com outro homem".
Além do conteúdo de preconceito, as comunicações continham críticas à atuação profissional do magistrado, que foi descrito como "polêmico" e acusado de "soltar preso".
O desembargador reconheceu que sua atuação no Judiciário pode desagradar partes, mas enfatizou que não aceita o uso de discursos de ódio em substituição aos meios processuais cabíveis.
Posicionamento
A OAB-SC informou que tomou conhecimento dos fatos por meio da repercussão na imprensa e nas redes sociais e oficiou o magistrado imediatamente. Com a formalização da representação pelo desembargador, a entidade deu sequência aos trâmites internos.
Veja também: CNJ apura se desembargador atuou para ajudar facções no RJ
Os processos disciplinares tramitam no Tribunal de Ética e Disciplina da Seccional e são sigilosos até a sua conclusão, conforme a legislação vigente.
A OAB-SC destacou que atua fortemente na garantia das prerrogativas da advocacia, mas não tolera a falta de ética. A entidade afirmou que, nos últimos cinco anos, foram aplicadas 533 penas de suspensão e 43 advogados foram excluídos de seus quadros. (CNN)







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