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Sarau transforma o Mercado Cultural em palco de luta, memória e identidade

Evento integra a campanha dos 21 Dias de Ativismo e reuniu diversos artistas...


O Mercado Cultural de Porto Velho se transformou, na noite desta quinta-feira (20), em um grande palco de celebração, reflexão e resistência. O espaço histórico recebeu o Sarau “Corpos que Falam, Vozes que Lutam”, evento que reuniu artistas, empreendedores e o público em uma programação intensa de música, performances e debates sobre identidade, luta e justiça social.

Anne Cleyane. disse que o sarau visa reunir a população para uma reflexão de como a arte pode transformar vidas

A iniciativa integrou a mobilização internacional “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher e contra o Racismo”, campanha que conecta o Dia da Consciência Negra (20 de novembro) ao Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro). Em Porto Velho, o sarau reforçou o compromisso de promover espaços culturais que estimulem a reflexão sobre desigualdades, ao mesmo tempo em que celebram a potência da cultura afro-amazônica.

ARTE COMO RESISTÊNCIA

Com o objetivo de evidenciar as realidades e resistências da capital, a noite destacou artistas que utilizam suas trajetórias e produções como instrumentos de transformação social. “Esse sarau tem como objetivo reunir a população para uma reflexão de como a arte pode transformar vidas”, disse a coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, Anne Cleyane.

Para a  Amanda Peres, o evento foi uma oportunidade de fortalecer seus negócios e suas tradições

No palco, passaram nomes de artistas que abordaram temas como ancestralidade, racismo estrutural, violência de gênero, direitos humanos e a força dos corpos que resistem diariamente nos territórios amazônicos.

“É muito importante participar, porque combina certamente com o que o grupo fala. A gente não fala só do amor e da paz, mas do que a gente vive aqui na terra como beradeiros”, destacou Salatiel Alecrim, músico da Banda Leão do Norte.

VALORIZAÇÃO

Além das atrações artísticas, o público teve acesso à feira regional, que trouxe artesãos e empreendedores locais. O espaço valorizou práticas tradicionais e o trabalho de mulheres negras da região, arte indígena e artistas plásticos, reforçando o empreendedorismo como ferramenta de autonomia e fortalecimento cultural.

Salatiel Alecrim, músico da Banda Leão do Norte

Para a artista visual Amanda Peres, o evento foi uma oportunidade de fortalecer seus negócios e suas tradições. “Eu faço um trabalho que é muito voltado para a memória e o afeto. E depois disso eu transformo em obras de arte, como por exemplo, essas pinturas que eu trouxe aqui para o sarau”, destacou.

UM GRITO COLETIVO

O Sarau “Corpos que Falam, Vozes que Lutam” foi realizado pela Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres (CPPM), em parceria com a Fundação Cultural do Município (Funcultural), e contou com o apoio da Rede Amazônia Negra. Segundo a Prefeitura de Porto Velho, o evento é fundamental para ampliar ações de combate ao racismo e à violência contra a mulher, além de fortalecer vozes e manter viva a luta por igualdade racial e de gênero em cada canto do município.

Texto: André Oliveira
Fotos: Júnior Costa

Secretaria Municipal de Comunicação (Secom).



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