A vítima foi arrastada por vários metros no capô do veículo
Uma manifestação realizada na manhã desta segunda-feira (24), em Vitória, Espírito Santo, terminou em violência após uma motorista furar o bloqueio e atropelar uma mulher que participava do protesto. A vítima foi arrastada por vários metros no capô do veículo.
O registro foi feito por moradores e divulgado em redes sociais. Apesar do susto, a mulher não sofreu ferimentos graves.
A vítima do atropelamento é prima de Fernando da Silva Santos, 32 anos, pintor morto na semana passada por um policial militar de folga. Familiares e amigos bloquearam a rua para denunciar o que chamam de “execução”, enquanto a Polícia Militar sustenta que o agente agiu em legítima defesa.
Segundo o boletim de ocorrência, Fernando participava da festa de aniversário de um tio quando discutiu com um homem que jogou bebida nele e estaria armado com um facão. Minutos depois, o PM recém-formado chegou ao local e disparou quatro vezes contra Fernando.
A família contesta a versão e afirma que o pintor não estava armado no momento em que foi atingido.
Testemunhas relataram que a condutora acelerou contra o bloqueio, atingiu a mulher e seguiu dirigindo com a vítima presa ao capô. A motorista não parou e deixou o local sem oferecer socorro.
Parentes de Fernando afirmam que o policial só apareceu na festa após ser acionado pelo homem que discutiu com o pintor. Eles pedem que o caso seja tratado como homicídio e não como legítima defesa.
O caso segue em apuração.
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