Incidente neste sábado fez voo internacional operado pela Air China pousar em emergência
Um voo comercial de passageiros CA139, operado pela Air China, enfrentou uma séria emergência a bordo neste sábado (18) depois que uma bateria de íon-lítio guardada na bagagem de mão de um passageiro pegou fogo a bordo. Vídeos registrados por passageiros mostram comissários indo em direção ao foco do incêndio, sob as primeiras fileiras, do lado direito da aeronave. Passageiros se assustaram e gritaram, mas não houve tumulto.
O incidente ocorreu a bordo do voo internacional diário da companhia aérea nacional, operado por um modelo Airbus A321-200, da cidade de Hangzhou, no leste da China, para o Aeroporto Internacional de Incheon, perto de Seul, na Coreia do Sul. Com a emergência, a tripulação decidiu por desviar a aeronave para Xangai, na China, onde o pouso ocorreu em segurança.
“Uma bateria de lítio pegou fogo espontaneamente na bagagem de mão de um passageiro armazenada no compartimento superior do voo CA139”, disse a companhia aérea em um comunicado na plataforma de mídia social chinesa Weibo.
“A equipe lidou imediatamente com a situação de acordo com os procedimentos, e ninguém ficou ferido”, disse o comunicado. O avião foi desviado para um pouso não programado no Aeroporto Internacional de Xangai Pudong “para garantir a segurança do voo”, acrescentou.
Princípio de incêndios a bordo deixaram de ser raros com a grande quantidade de celulares e laptops carregados por passageiros. As baterias de lítio têm alta sensibilidade dos componentes internos e a inflamabilidade dos materiais que a compõem, combinadas com a pressão e flutuações de temperatura no voo, o que pode levar a uma reação em cadeia de calor, fumaça e incêndio. Esta vulnerabilidade levou companhias aéreas a monitorar o transporte desses dispositivos. Carregadores portáteis, os chamados “power banks” são proibidos de serem transportados no porão de carga, o que dificultaria o combate as chamas em caso de incidentes.
São vários casos registrados nos últimos anos. Em janeiro, passageiros foram evacuados às pressas do voo BX391 da Air Busan depois que as chamas causadas por um dispositivo consumiram uma aeronave de corredor único, enquanto o Airbus A321 se preparava para decolar do Aeroporto Internacional de Gimhae, em Busan, Coreia do Sul, para Hong Kong.
Os casos ocorrem em todo o mundo. Nos Estados Unidos a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) registrou mais de 500 incidentes envolvendo baterias de lítio em voos, como fumaça, fogo ou calor extremo, nos últimos 20 anos.
A vulnerabilidade das baterias e carregadores de lítio-ion são inflamáveis e fez a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) publicar um Boletim de Informação de Segurança (SIB) recentemente destacando os riscos para a segurança das viagens aéreas, por conta das baterias.
“Smartphones e computadores alimentados por baterias de lítio são agora uma parte inerente de nossas vidas diárias, e sabemos que cada passageiro agora leva quatro a cinco desses itens em um voo,” disse Jesper Rasmussen, Diretor de Normas de Voo da EASA.
“As companhias aéreas e seu pessoal de solo precisam garantir que os passageiros saibam como viajar com esses itens de maneira responsável. Isso inclui incentivá-los a pensar com cuidado em não embalar os dispositivos na bagagem despachada, mas transportá-los a bordo, para que possam ser monitorados e tratados se algo acontecer.”
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