A Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia (ALERO) foi o principal alvo, nesta sexta-feira, de uma investida conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério Público (MP/RO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A operação, batizada de "Ouro de Areia", visa desbaratar uma complexa organização criminosa suspeita de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro que impactou diretamente os cofres estaduais.
Viaturas e agentes foram mobilizados na sede do Poder Legislativo, em Porto Velho, no que resultou, até o momento, na prisão de um dos investigados.
Segundo as autoridades, o foco da investigação é uma estrutura que, operando internamente na ALE-RO, utilizava o expediente de "cargos fantasmas" para drenar recursos.
As apurações indicam que um servidor público atuava como o mentor e comandante do grupo, encarregado do recrutamento, da coordenação das ações ilícitas e de todo o planejamento criminoso.
Viaturas e agentes foram mobilizados na sede do Poder Legislativo, em Porto Velho, no que resultou, até o momento, na prisão de um dos investigados. Segundo as autoridades, o foco da investigação é uma estrutura que, operando internamente na ALE-RO, utilizava o expediente de "cargos fantasmas" para drenar recursos.
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As apurações indicam que um servidor público atuava como o mentor e comandante do grupo, encarregado do recrutamento, da coordenação das ações ilícitas e de todo o planejamento criminoso.
O esquema consistia na nomeação de indivíduos para cargos comissionados de assessoria, que, apesar de receberem salários mensais, jamais teriam de fato exercido as funções, mantendo suas atividades em outros locais.
Para além do desvio direto de salários, o grupo também teria recorrido à obtenção de empréstimos consignados junto ao Banco do Brasil, cujos valores eram posteriormente distribuídos de forma ágil entre os integrantes da rede.
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A Justiça acatou os pedidos da força-tarefa, decretando a prisão preventiva do indivíduo apontado como líder da organização. Além disso, foram autorizadas buscas e apreensões em oito endereços residenciais e nas dependências da Assembleia Legislativa. Como medidas cautelares adicionais, foi determinada a suspensão de três servidores por noventa dias e a proibição de acesso a repartições públicas e de contato com vítimas e testemunhas.
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O nome da operação, "Ouro de Areia", remete à essência do crime apurado: a falsificação que simula valor onde não há, como a nomeação de funcionários que, apesar da aparência de legalidade — com salários, documentos e nomeações oficiais —, encobria a ausência de trabalho e o desvio de dinheiro público para fins ilícitos.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia (Alero) informa que está acompanhando a operação deflagrada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (17), em Porto Velho.
O Poder Legislativo esclarece que nenhum gabinete de deputado foi alvo das buscas, e que as diligências ocorreram apenas em locais relacionados a servidores da Casa.
A Alero reforça que vai instaurar um processo de sindicância interna para apurar os fatos e adotar as providências cabíveis, caso sejam constatadas irregularidades.
A Presidência reafirma o compromisso desta Casa de Leis com a transparência, a legalidade e o interesse público, colaborando plenamente com as autoridades competentes e confiando que os fatos serão devidamente esclarecidos pelas instâncias responsáveis.
Deputado Alex Redano
Presidente
Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia
fonte - edição R1 RONDÔNIA, com informações oficiais da PC/RO.
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