No momento da fiscalização, havia somente 2 cuidadoras para 35 idosos. Muitos tinham sinais de violência e desnutrição
A Prefeitura do Rio de Janeiro realizou, nesta terça-feira (15/7), uma operação no asilo clandestino “Lar Maria Lúcia”, localizado em Santa Cruz, na Zona Oeste do estado. O local, interditado por condições insalubres, suspeita de maus-tratos e alimentação de baixa qualidade, atendia 35 idosos que têm entre 60 a 90 anos.
Durante a vistoria no abrigo, agentes da Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável encontraram diversas vítimas desnutridas, desidratadas, em estado de extrema fragilidade física e emocional, e amarradas às camas, sem liberdade para ir ao banheiro ou para se locomover. Muitos tinham sinais de violência e outros estavam urinados e com fezes.
Confira:
Além das condições completamente insalubres, alguns idosos apresentavam sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), transtornos mentais, deficiência visual e grau 3 de dependência, sem receber o devido suporte médico ou assistencial. Para permanecer no local, as vítimas pagavam mensalidades que variam de R$ 1,2 mil a R$ 2 mil.
Devido à gravidade do estado de saúde, seis idosos foram socorridos de ambulância pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados ao hospital da região. Uma das vítimas estava com o fêmur quebrado e outra estava com emagrecimento descrito como “cadavérico”.
Condições insalubres e identificação das vítimas
No momento da fiscalização, feita pelo Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio), havia apenas duas cuidadoras para atender os 35 idosos. Conforme os funcionários, o local possuía 12 profissionais ao total. Diante disto, o órgão determinou o fechamento imediato do abrigo.
Localizado em uma propriedade do tipo sítio, apresentava falhas graves na conservação e armazenamento de alimentos e funcionava sem estrutura apropriada e alvará, segundo o laudo da Vigilância Sanitária. A responsável pelo local foi identificada como Keline Santos Lino, de 38 anos, e ela não havia sido localizada pela prefeitura até a última atualização desta reportagem.
A partir do flagrante, as vítimas estão sendo identificadas por seus nomes, idades, condições de saúde e sexo. As famílias dos idosos estão sendo acionadas e, aqueles que não tiverem contato familiar registrado, serão transferidos para abrigos municipais.
A operação, chamada “Direito da Pessoa Idosa”, foi coordenada pela Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, com apoio da Secretaria de Assistência Social, Secretaria Municipal de Saúde, Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio) e a Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti). (Metrópoles)
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