O senador Marcos do Val (Podemos-ES) teve sua conta, cartões e transações vias Pix bloqueadas. Segundo o próprio Do Val afirmou ao colunista do Metrópoles Paulo Cappelli, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio. Marcos do Val viajou aos Estados Unidos apesar de ter o passaporte retido por determinação do ministro do STF. O congressista capixaba embarcou para Miami na quarta-feira (23/7), com um passaporte diplomático.
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foto - reprodução |
Em nota, Marcos do Val diz que a viagem foi previamente avisada ao STF e negou estar cometendo qualquer irregularidade. O Supremo, por outro lado, disse que não vai comentar o caso porque o inquérito segue em sigilo. Para sair do Brasil, do Val precisava de uma autorização expressa do ministro. O Metrópoles apurou que o pedido de Do Val foi indeferido e que ele está, portanto, descumprindo uma ordem judicial.
"Apesar de está (sic) sofrendo graves violações das minhas prerrogativas parlamentares, até o momento, não há qualquer decisão judicial válida que restrinja a minha liberdade de locomoção. Continuo exercendo plenamente meu mandato e mantendo agendas institucionais", declarou do Val em nota.
Do Val afirma que tem visto válido para entrar aos EUA e que, inclusive, teve a autorização renovada no último mês por mais 10 anos.
"O passaporte diplomático de número DC003810, emitido pelo Ministério das Relações Exteriores em 31 de março de 2023, encontra-se plenamente válido até 31 de julho de 2027, sem qualquer restrição. Em 22 de julho de 2025, a Embaixada dos Estados Unidos da América, em Brasília, renovou o visto oficial (B1/B2) do Senador, com validade até 16 de julho de 2035, o que atesta o pleno reconhecimento internacional de sua legitimidade e regularidade diplomática", disse.
À coluna do Metrópoles de Paulo Cappelli, Do Val afirmou que pretendia retornar ao Brasil após o recesso parlamentar, mas que decidiu seguir de Orlando para Washington devido ao bloqueio de suas contas bancárias, decidido pelo magistrado nesta sexta-feira (25/7).
Relembre o caso
Marcos do Val ganhou notoriedade depois de acusar o governo do presidente Jair Bolsonaro para gravar uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes. O senador mudou de versão algumas vezes e se tornou alvo de um inquérito em fevereiro de 2023. Depois, passou a desmentir a própria narrativa, isentar Bolsonaro e atacar Moraes após ser criticado por aliados e por sua base eleitoral.
Em junho daquele ano, foi alvo de uma operação da PF e teve suas contas nas redes sociais suspensas por suposta obstrução das investigações dos atos do 8 de Janeiro. Diante da ação, afastou-se do cargo de senador por 40 dias. Do Val continuou alegando ser alvo de perseguição e censura.
Já em 2024, foi alvo de uma nova operação da PF. Dessa vez, foi proibido de usar redes sociais por publicar a foto e dirigir ataques ao delegado Fábio Shor. Moraes determinou que entregasse seus passaportes aos agentes, mas não cumpriu a determinação. À época, disse ao Metrópoles que entregaria os documentos posteriormente. Moraes também determinou o bloqueio de R$ 50 milhões das suas contas. Do Val passou, então, a alegar problemas financeiros e em ato de revelia, disse que dormiria no plenário do Senado por falta de recursos.
Autor - metrópoles.
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