Entorpecentes eram enviados da Colômbia, Bolívia e Peru. Depois, passavam por Rondônia e Goiás, com destino ao Distrito Federal.
Uma megaoperação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), deflagrada na manhã desta terça-feira (8), prendeu mais de 40 pessoas. A investigação mira uma rede de tráfico que trazia drogas de outros países para o Brasil.
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Até a última atualização da reportagem, 35 pessoas tinham sido presas no Distrito Federal, 9 em Rondônia e 2 em Goiás. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
Foram expedidos 127 mandados, sendo 75 de busca e apreensão e 52 de prisão. Durante a operação, a polícia apreendeu veículos, moto aquática R$ 100 mil em dinheiro, armas e drogas.
Os entorpecentes eram enviados da Colômbia, Bolívia e Peru. Depois, passavam por Rondônia e Goiás, com destino ao Distrito Federal.
Drogas eram escondidas em caminhões de carga
De acordo com o delegado Luiz Sampaio, as drogas eram transportadas em caminhões e depois colocadas em carros menores, com compartimentos escondidos. Segundo as investigações, o grupo vendia cocaína e skunk.
Os entorpecentes entravam no Brasil por Rondônia e pelo Acre, com destino ao DF via Goiânia. A organização também usava caminhões cegonhas como estratégia para despistar a polícia, segundo o delegado.
"Como não há um grande fluxo de carga saindo de Rondônia para o Centro-Oeste e Sudeste, eles aproveitam essa modalidade de transporte. Compram carros usados em Rondônia, geralmente em más condições, mas é um subterfúgio para inserir nesses carros drogas e transportá-los até Goiânia, onde as drogas são desembarcadas, armazenadas e encaminhadas para o DF e também para o próprio estado de Goiás", explica.
Operação cumpre mandados em três estados
A "Operação Irmãos" acontece nos locais que recebiam a droga de países vizinhos:
Distrito Federal: na região de Samambaia;
Goiás: nas cidades de Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas, Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo;
Rondônia: nas cidades de Porto Velho, Guajará-Mirim e Nova Mamoré.
De acordo com o delegado Luiz Henrique Sampaio, a estrutura do esquema criminoso funcionava da seguinte maneira:
Centro de fornecimento em Rondônia,
Centro de transporte em Goiânia,
Centro de distribuição no DF (do atacado ao varejo).
A suspeita é de que o esquema criminosos movimentava cerca de R$ 20 milhões em um ano com a venda de drogas.
'Operação Irmãos'
Apenas no DF, 240 policiais participam da operação desta terça.
A investigação da Coordenação de Repressão às Drogas (CORD) da PCDF tem apoio da 3ª Promotoria de Justiça de Entorpecentes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e colaboração da:
Polícia Civil de Rondônia (PCRO);
Polícia Civil de Goiás (PCGO);
Divisão de Operações Especiais (DOE/PCDF);
Seção de Operações com Cães (Cinofilia/PCDF);
Divisão de Operações Aéreas (DOA/PCDF);
Departamento de Polícia Circunscricional (DPC/PCDF);
Departamento de Polícia Especializada (DPE/PCDF);
Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR/PCDF).
Por Michele Mendes, TV Globo — Brasília
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