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Desmoronamentos de terra colocam famílias em risco na zona rural de Porto Velho: 'Vamos ficar isolados'

Erosão começou após a cheia de 2025. Defesa Civil instalou placas para alertar sobre o risco na estrada que dá acesso a Porto Velho.

Por conta dos constantes desbarrancamentos próximos da estrada do Belmont, que dá acesso a Porto Velho, famílias têm convivido com o risco de terem suas moradias engolidas pela erosão. O problema surgiu após a cheia de 2025, quando o Rio Madeira, que passa pela região, alcançou um dos maiores níveis da história, com 16,73 metros.

Desbarrancamento em Belmont, zona rural de Porto Velho, RO — Foto: Rede Amazônica


Isnaldo Gonçalves, que mora próximo da região afetada há cerca de 12 anos, conta que parte da casa já foi comprometida e que recebeu uma notificação de desocupação da Defesa Civil municipal, mas não sabe para onde ir.


“A gente tem que ver como é que vai fazer, porque a gente tem os carneiros, cavalos, bois, e aí vamos levar pra onde? Pra tirarem a gente, tem que botar em outro local”, explicou o morador.


Outro morador impactado é José Torres. Segundo ele, uma das maiores preocupações de quem vive na região é a chegada do inverno, que pode provocar ainda mais desmoronamentos de terra no local.


“A gente precisa de um serviço urgente aqui, porque se chegar um outro inverno a gente fica ilhado aqui, vamos ficar isolados. Enche de um lado, do outro e do outro, e a água vai desmoronando o barranco”, disse em entrevista à Rede Amazônica.


A estrada do Belmont é uma importante via de ligação da capital Porto Velho com a BR-364 e é usada diariamente por caminhoneiros para o escoamento de produtos agrícolas. Como medida emergencial, placas de alerta foram instaladas no local para sinalizar aos motoristas sobre o perigo na região.


Segundo Anderson Luiz, gerente de operações da Defesa Civil, o órgão esteve no local e iniciou os trabalhos com apoio de outras instituições para buscar soluções.


“Nosso engenheiro técnico esteve neste local aqui comigo uma semana antes. Já mandamos um documento para a Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Semagric) para poder fazer o reparo do ramal, para que essas quinze famílias que moram no local não fiquem isoladas. Senão, elas só vão ter acesso pelo Rio Madeira”, disse. 

Por Kyara Negretti, Rede Amazônica e g1 RO




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