Investigações apontam que facção mantém escritório à distância na Bolívia
A localização do traficante condenado Marcos Roberto de Almeida em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, revelou a confirmação de uma suspeita que há anos vem sendo sustentada pelas polícias Civil e Federal e pelo Ministério Público.
Investigadores que acompanham o avanço do PCC no Brasil apontam que a facção mantém uma espécie de “embaixada do crime” na Bolívia. É de lá que os chefes do tráfico dariam as ordens para os avanços do crime no Brasil.
Fontes que participam das investigações disseram ao site que a escolha da Bolívia para esse escritório remoto tem base na capacidade de corrupção dos policiais locais, que permitiriam as atividades ilegais sem “incomodar” os traficantes brasileiros.
As suspeitas apontam que outros dois chefes do PCC estariam na Bolívia: Patrick Velinton Salomão, o Forjado, e Pedro Luiz da Silva Moraes, o Chacal.
“[Tuta] era uma peça estratégica. Mas o mais relevante nessa história é o fato de ser produto de cooperação internacional e inteligência. Ainda mais com a Bolivia”, destaca o cientista político João Henrique Martins, especializado em políticas de controle do crime e economia ilícita.
“A Bolívia é um elo importante da cadeia logística do crime organizado transnacional”, completa ele.
Prisão de Tuta
Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, líder do PCC e apontado como substituto de Marcola na facção, foi preso na tarde desta sexta-feira (16) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
Segundo a Polícia Federal, que realizou a operação em conjunto com a polícia boliviana, a prisão aconteceu por uso de documento falso. Conforme a PF, “as primeiras diligências indicam que o homem pode ser um dos principais articuladores de um esquema internacional de lavagem de dinheiro vinculado a uma organização criminosa.”
Tuta era responsável, segundo o Ministério Público de São Paulo, por planejar o resgate de outras lideranças do PCC em prisões do Brasil e arquitetar a morte de autoridades que investigam a facção.
O líder do PCC foi condenado em fevereiro de 2024, em conjunto com outros integrantes da facção, a mais de 12 anos de prisão por movimentar, segundo o MP paulista, cerca de R$ 1 bilhão para a organização criminosa entre os anos de 2018 e 2019. (cnn Brasil)
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