Mundo – Condenado à morte por dois assassinatos brutais e suspeito de ter cometido dezenas de outros, o norte-americano Glen Rogers, de 62 anos, foi executado na noite da última quinta-feira (15) por injeção letal em uma penitenciária da Flórida. Conhecido como o “Assassino de Casanova” ou “Assassino de Cross Country”, Rogers utilizou suas últimas palavras para fazer um elogio incomum: dedicou-as ao ex-presidente Donald Trump.
“Presidente Trump, continue tornando a América grande novamente. Estou pronto para ir”, declarou o detento antes de receber a dose fatal, segundo testemunhas do processo.
A cena final de um dos criminosos mais enigmáticos dos anos 1990 ainda levantou mais perguntas do que trouxe respostas. Glen, que foi condenado pelas mortes de Tina Marie Cribbs, em 1995, e Sandra Gallagher, três semanas antes, ambas conhecidas em bares, sugeriu estar envolvido em outros assassinatos, sem entrar em detalhes.
“Sei que há muitas perguntas para as quais vocês precisam de respostas**. Prometo a vocês que, em um futuro próximo, as perguntas serão respondidas e espero que, de alguma forma, isso lhes traga um desfecho”, disse em tom misterioso, olhando para sua esposa.
Mais de 70 mortes?
Durante os interrogatórios, Glen Rogers chegou a afirmar que havia matado cerca de 70 pessoas em diferentes estados dos EUA, mas depois se retratou. Apesar disso, investigadores continuam acreditando que ele possa estar por trás de outros homicídios não solucionados. Muitas das possíveis vítimas seguiam um padrão: mulheres ruivas, com baixa estatura e entre 30 e 40 anos.
As alegações colocaram Glen sob os holofotes da mídia e da cultura pop. O documentário “Meu irmão, um serial killer”, dirigido por seu irmão, chegou a especular se Rogers poderia ter sido o verdadeiro autor dos assassinatos de Nicole Brown Simpson e Ron Goldman, crime pelo qual o ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson foi julgado (e posteriormente absolvido criminalmente).
Vidas interrompidas
Tina Marie Cribbs, uma das vítimas confirmadas de Rogers, foi assassinada após conhecê-lo em um bar na Flórida. Ela era mãe de dois filhos. Já Sandra Gallagher, a outra vítima pelo qual Glen foi condenado, era mãe de três e teve o corpo carbonizado depois de ser morta.
Ambas as mortes foram marcadas por violência extrema e manipulação psicológica. Glen se apresentava como sedutor, gentil e generoso — daí o apelido de “Casanova Killer” —, antes de conduzir as vítimas ao seu destino fatal.
Execução e polarização política
A execução de Rogers ocorre em meio à polarização política crescente nos Estados Unidos, com Trump em plena campanha para tentar retornar à presidência em 2025. A citação ao ex-presidente como “últimas palavras” reacendeu debates nas redes sociais, dividindo opiniões entre apoiadores e críticos.
Embora a declaração de Glen tenha surpreendido os presentes, autoridades locais e federais trataram o ato com discrição, sem comentários oficiais sobre o conteúdo político da fala.
Fim de uma trajetória violenta
Glen Rogers foi declarado morto às 18h16. Com ele, se encerra formalmente uma vida marcada por crimes, fuga e controvérsia — mas as investigações sobre suas possíveis outras vítimas seguem em aberto.
Para familiares de desaparecidas que podem ter cruzado o caminho de Rogers nas décadas de 80 e 90, o silêncio das autoridades e o tom enigmático de suas palavras finais soam mais como um desafio ainda não encerrado. (cm7)
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