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“Quem mandou matar John F. Kennedy?”: governo Trump libera documentos sobre assassinato do 35º presidente dos EUA; veja

Mundo – Mais de seis décadas após o assassinato de John F. Kennedy (JFK), em 22 de novembro de 1963, o mistério sobre quem ordenou a morte do ex-presidente dos Estados Unidos ganhou novos contornos nesta quarta-feira (19/3). 



Por ordem de Donald Trump, o governo norte-americano liberou milhares de documentos sigilosos relacionados ao caso, incluindo registros que citam o Brasil no contexto da Guerra Fria. Assinada no início de seu mandato, a ordem executiva de Trump determinou a divulgação de cerca de 80 mil páginas de arquivos sobre as mortes de JFK, Robert F. Kennedy e Martin Luther King Jr., reacendendo debates sobre as teorias que cercam um dos crimes mais emblemáticos da história.


Entre as revelações, documentos da CIA apontam uma oferta de ajuda de Cuba e China ao então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, em agosto de 1961, durante a crise política desencadeada pela renúncia de Jânio Quadros. Fidel Castro e Mao Tsé-Tung teriam oferecido “materiais, suporte e voluntários” a Brizola, que liderava esforços para garantir a posse de João Goulart como presidente. Segundo a agência, Brizola recusou a proposta, temendo uma intervenção dos EUA. “Ele estava com medo de que, se aceitasse, os Estados Unidos pudessem agir”, escreveu um oficial da CIA à época. Curiosamente, enquanto a oferta de Castro vazou para a imprensa, a de Mao permaneceu em segredo.


Outro arquivo, de julho de 1964, já após o golpe militar que depôs Goulart, detalha supostas “ações subversivas” de Cuba no Brasil. Antes da “revolta de abril”, Havana teria financiado e treinado grupos comunistas e pró-Castro, operando a partir da embaixada no Rio de Janeiro e da agência de notícias Prensa Latina. O documento destaca que o embaixador cubano via em Brizola o maior potencial para liderar uma revolução no estilo castrista. “A derrubada de Goulart foi uma derrota severa para Cuba”, afirma o registro, que também menciona o Brasil como ponto de trânsito para subversivos latino-americanos treinados na ilha caribenha.


A liberação dos arquivos reacende a pergunta: quem mandou matar JFK? A versão oficial aponta Lee Harvey Oswald como um atirador solitário, mas especulações envolvendo a CIA, Cuba, a máfia e até o vice-presidente Lyndon Johnson nunca haviam sito totalmente esclarecidas. A menção ao Brasil nos documentos sugere que o assassinato pode ter raízes em tensões geopolíticas da Guerra Fria, com Cuba e China monitoradas de perto pelos EUA na América Latina. (cm7)



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