Brasil-Um membro de uma organização criminosa brasileira instalou-se em Portugal para tratar da logística necessária à retirada de centenas de quilos de cocaína escondidos nos cascos ou nas caixas de leme de navios que atracavam nos portos nacionais.
O traficante foi detido em Alcochete, na posse de três armas automáticas, nesta terça-feira, durante uma operação que decorreu, em simultâneo, em Portugal e no Brasil.
A organização criminosa brasileira, que as autoridades suspeitam ser o Primeiro Comando da Capital (PCC), usava o porto de Santos, no estado de São Paulo, para escoar a cocaína para a Europa. Através de mergulhadores, escondia a droga nos cascos dos navios que atravessavam o Oceano Atlântico e, em Portugal, recorria ao mesmo método para retirar o produto estupefaciente. A coordenar toda a operação em Portugal estava um brasileiro, de 38 anos.
“Residente legal em território nacional, tinha como missão organizar toda a logística de retirada do produto estupefaciente dos navios, assim que estes amarassem nos portos nacionais e europeus”, descreve a Polícia Judiciária (PJ).
O traficante, que o JN apurou que estava em território nacional há bastante tempo, foi detido nesta terça-feira, em Alcochete, na posse de 30 mil euros e “três armas automáticas”. Segundo a PJ, também foram apreendidos “viaturas de gama média/alta e equipamentos de mergulho” utilizado para retirar a cocaína dos cascos dos navios.
Ao mesmo tempo que o traficante era detido pela PJ, a Polícia Federal (PF) efetuava, no Brasil, 26 buscas em locais suspeitos e detinha outros seis elementos do PCC. “Os alvos são suspeitos de atuar na inserção de drogas em navios com destino à Europa por meio do uso de mergulhadores. A investigação teve início a partir de prisões realizadas na Operação Sólis, em 2021”, explica a PF
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