O rapper Oruam foi preso em flagrante nesta quarta-feira (26) por abrigar em sua casa um foragido da Justiça.
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Foto - reprodução Rafael Nascimento/G1 |
A prisão desta quarta não tem relação com o episódio da semana passada, quando Oruam foi preso após fazer manobras arriscadas na Barra da Tijuca (relembre abaixo).
Oruam é o nome artístico do Mauro Davi dos Santos Nepomuceno. Ou seja, Oruam é Mauro escrito ao contrário. Ele é filho de Marcinho VP, preso por assassinato, formação de quadrilha e tráfico, apontado pelo Ministério Público como um dos chefes do Comando Vermelho. O rapper tem uma tatuagem em homenagem ao pai e ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.
Investigação em SP
O artista era investigado por ter atirado a esmo em um condomínio em SP no fim do ano passado e foi indiciado pela prática do crime de disparo de arma de fogo, “após ter colocado em risco a integridade física de diversas pessoas”, segundo a polícia. Como Yuri estava na mansão, Oruam foi enquadrado por favorecimento pessoal — ajudar alguém que cometeu um crime a escapar das autoridades.
“Vou falar pra tu não. Tu é delegado, juiz, para eu falar alguma coisa pra você?”, declarou Oruam aos repórteres ao chegar à Cidade da Polícia.
“Tudo o que eu falar para vocês não adianta de nada, já sou culpado.”
O delegado Moysés Santana Gomes, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), afirmou que Yuri tinha chegado à residência de Oruam na noite desta terça-feira (25) para jogar videogame.
Ainda segundo Moysés, Oruam declarou não saber que o amigo era foragido da Justiça.
Como favorecimento pessoal é um crime de menor potencial ofensivo, Oruam seria liberado caso assinasse um termo circunstanciado a fim de responder no Juizado Especial Criminal (Jecrim).
Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) foram cumprir mandados de busca e apreensão contra Oruam e contra a mãe dele, Márcia Nepomuceno, expedidos pela Justiça de Santa Isabel (SP).
Segundo as investigações da DRE, o filho do traficante Marcinho VP fez um disparo em um condomínio em Igaratá (SP) no dia 16 de dezembro.
“Oruam estava em uma casa em SP, com diversas pessoas, em uma espécie de festa. Instigado por outros, pegou uma arma calibre 12 e realizou um disparo”, descreveu o delegado.
“Ele colocou em risco a integridade física de várias pessoas. Ainda que ele tenha atirado para o alto, a gente sabe que é uma pessoa despreparada, sem o conhecimento de manuseio de uma arma de fogo”, afirmou Moysés.
A Justiça paulista, então, determinou a busca dessa arma. Não há mandado de prisão contra o rapper nesse inquérito.
Os agentes recolheram na mansão armamento de airsoft e simulacros. Na casa de Márcia foram apreendidos celulares.
O que diz a defesa de Oruam
“Pela manhã, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão de equipamentos eletrônicos na casa de nosso cliente, sem qualquer resistência ou problemas.
Durante o cumprimento, um dos policiais averiguou que uma pessoa que estava na casa possuía pendências com a justiça, fato que até então o nosso cliente desconhecia, e por isso fomos encaminhados para a Delegacia.
Não há qualquer acusação formal contra Mauro por esses episódios.”
O que diz a defesa de Márcia
“Essa investigação é de São Paulo, sobre o disparo de arma de fogo dele e a minha cliente e mãe dele. Eles foram na casa dele porque ele era um alvo. A defesa está se inteirando de tudo, mas ela não é alvo. Eles foram lá porque ela é mãe dele. A gente está́ se inteirando do que aconteceu, estão fazendo aos autos de apreensão. A Marcia é empresária, funcionária pública e não tem nada a ver com isso.”
fonte - Por Silvana Ramiro, Bom Dia Rio.
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