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Especialista diz que excesso de sol pode causar graves danos ao cérebro

A exposição a longo prazo no sol pode causar problemas na cabeça, além da pele. O aumento da temperatura pode afetar a saúde do cérebro, segundo o neurocirurgião Feres Chaddad, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O especialista aponta que a situação pode provocar disfunção do sistema nervoso central, prejudicando a coordenação da musculatura e até o raciocínio.


Em entrevista para o Metrópoles, o neurocirurgião diz que a exposição direta da cabeça à radiação solar, em longo prazo, pode aumentar a temperatura cerebral. Os raios solares penetram a pele por alguns milímetros, o que causa um aquecimento do tecido subjacente. Segundo ele, o risco é maior em pessoas carecas, devido a pele ser mais exposta.

"As pesquisas relacionadas sobre os efeitos da insolação ao longo dos anos ainda são muito recentes. Mas, o que é fato até aqui, principalmente diante das alterações climáticas que temos vivenciado, é a necessidade de incluir o efeito do aquecimento radioativo da luz solar na cabeça e pescoço em futuras avaliações científicas", explica Chaddad.

O especialista diz que "a exposição prolongada da cabeça e pescoço pode provocar uma elevação da temperatura da região em até 1°C, prejudicando toda a coordenação muscular e motora. Considerando que o organismo deve manter uma temperatura interna entre 36,7°C e 37,5°C para o funcionamento correto, este aumento já é o bastante para comprometer as funções cerebrais".

Os efeitos negativos, em curto prazo, podem causar desde desconforto até a diminuição da capacidade de raciocínio. "O indicador neurológico mais claro é a confusão e desorientação causadas por um tipo de ‘pane’ do sistema nervoso central. Ela pode se manifestar como mudanças de humor mais extremas e dificuldade de processamento de informações", acrescenta Feres.

Consequências graves

O paciente pode obter um quadro de hipertermia caso as temperaturas subam a um grau ainda mais alto. A temperatura corporal pode aumentar a ponto de iniciar uma espécie de "cozimento" dos órgãos, o que pode causar a morte do indivíduo.

Em alta incidência e a longo prazo, os raios solares podem acarretar danos neurológicos como a disfunção do cerebelo, região da coordenação dos nossos movimentos, que pode ser permanentemente danificada", explica Chaddad.

Para evitar estas consequências, além de evitar se expor ao sol direto sem proteção, o neurocirurgião recomenda que as pessoas adotem estratégias de controle para diminuir a temperatura corporal, como a hidratação apropriada e o uso de ventiladores e ar-condicionado.

O Liberal.



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