Delegados e servidores da Polícia Civil que atuam voluntariamente na Operação Lei Seca decidiram não mais participar das blitze até que seja revista a gratificação paga pelo Governo de Rondônia. A decisão foi tomada após a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) confirmar apenas nesta sexta-feira (28) que está trabalhando para atender a reivindicação, mas sem detalhar como será feito.
Dez delegados assinaram um abaixo-assinado que foi encaminhado para representantes sindicais da categoria, deputados estaduais e formalizado como denúncia junto ao Ministério Público do Estado, reclamando da falta de atualização da Gratificação de Atividade Voluntária de Fiscalização de Trânsito que recebem e ainda questionaram valores pagos para policiais militares e servidores do Detran.
A gratificação deve ser paga em conjunto e permanente, como determina a legislação, o que impede que apenas a Polícia Militar ou o Detran recebam, enquanto a Polícia Civil fica de fora. Sem os voluntários, as ocorrências entrariam na fila de atendimento e certamente seriam atendidas apenas na manhã do dia seguinte à realização da Operação.
No documento enviado, os delegados detalharam que servidores do Detran recebem R$ 130,40 no período diurno e R$ 260,80 por noite/madrugada para atuarem na Lei Seca. Já para as forças, os valores são os seguintes: comandante (PM) R$ 200; policial militar R$ 180; delegado R$ 350, e policiais civis (escrivães, agentes de polícia e datiloscopistas), R$ 180. Entretanto, afirmam que esses valores estão sem correção desde 2017 e que deveriam receber R$ 475,57.
A Sesdec ainda não divulgou como será resolvida a questão da gratificação. Enquanto isso, as blitze da Lei Seca continuarão ocorrendo sem a participação dos voluntários da Polícia Civil.
TEXTO - R1 RONDÔNIA
Com informações - Rondoniagora.
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