Ji-Paraná, um município localizado em Rondônia, viveu um momento histórico nesta semana: após uma década, cirurgias de captação de órgãos voltaram a ser realizadas na cidade. Médicos, cirurgiões, técnicos de enfermagem e outros profissionais da saúde se uniram em uma sala de cirurgia para realizar o procedimento que pode salvar vidas.
Tudo começou com a morte de uma paciente cuja família decidiu fazer a doação de órgãos. Dois rins e um fígado foram captados por uma equipe médica, com o auxílio de profissionais de saúde de Brasília, que vieram para a cidade especificamente para o procedimento.
A cirurgiã vascular e diretora da unidade de saúde, Renata Camila Barros, comentou sobre a participação dos diversos profissionais envolvidos no processo, desde técnicos de enfermagem até psicólogos para amparar a família. "É um prazer participar da mudança da história de outras pessoas", afirmou.
Logo após a coleta dos órgãos, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) estava à espera para levá-los aos destinatários, pacientes do Distrito Federal, Pará e Goiás.
Além da retomada do procedimento, a captação do fígado foi inédita em Ji-Paraná, que normalmente não realiza essas cirurgias e os pacientes precisam se deslocar até Porto Velho, a mais de 300 km de distância.
A expectativa da unidade de saúde agora é preparar a estrutura para também realizar transplantes de órgãos e beneficiar pessoas em todo o Brasil, mas principalmente em Rondônia. "A gente tem a noção do sofrimento da pessoa que está esperando por um órgão e agradece a família que decide por doar, por salvar vidas. Então a gente espera que esse seja o início de um grande projeto, de um grande ganho para Ji-Paraná", comentou o cirurgião Francisco Siosney.
A retomada das cirurgias de captação de órgãos é um avanço importante para Ji-Paraná e uma esperança para aqueles que aguardam na fila por um transplante. A doação de órgãos é um ato de amor e solidariedade que pode salvar vidas e transformar histórias.
Texto - R1 RONDÔNIA.
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