O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (26), em cumprimento à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) na investigação dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. A defesa de Bolsonaro alegou que a postagem feita por ele com mentiras sobre o sistema eleitoral foi acidental.
O post gerou suspeitas sobre o envolvimento do ex-presidente nos atos golpistas que resultaram na invasão e na destruição das sedes dos Três Poderes em Brasília. O advogado de defesa de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, afirmou que o ex-presidente respondeu a todas as perguntas feitas no depoimento e que teria repudiado os ataques do dia 8 de janeiro. Ele também destacou que as eleições de 2022 são página virada para Bolsonaro, que condena os atos em Brasília.
Os advogados alegaram que a publicação de fake news em uma rede social pelo ex-presidente foi acidental, após Bolsonaro tentar salvar o vídeo contendo informações falsas com críticas ao sistema eleitoral brasileiro e questionamentos sobre o resultado das eleições. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, entretanto, entendeu que a referida postagem pode indicar ligação entre Bolsonaro e os atos golpistas, o que motivou o interrogatório pela PF.
Quanto ao caso das joias e presentes dados ao ex-presidente pelo governo da Arábia Saudita, a defesa negou qualquer irregularidade. Os advogados afirmaram que nem Bolsonaro nem sua esposa, Michele, sabiam da existência dos kits de joias. O acervo está temporariamente armazenado na fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet porque, na época, o presidente não tinha residência própria. O pedido para que as joias apreendidas pela Receita fossem entregues a representantes do governo foi feito apenas uma vez, segundo a defesa, para evitar um vexame internacional.
TEXTO - R1 RONDÕNIA.
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