Um tatu-canastra, espécie ameaçada de extinção, foi flagrado por um morador do bairro Vila Dnit em Porto Velho. O biólogo Flávio Terassini conta que o bicho pode chegar até 100 kg e que o registro do animal não é comum.
"Ele apareceu aqui, já era de noite e estava tentando entrar nas residências. Depois que a gente filmou, a gente foi cercando até ele seguir o seu destino em uma mata aqui perto do conjunto", diz.
Tatu-gigante
O biólogo Flávio Terassini explicou que o tatu-canastra pode percorrer grandes distâncias territoriais e que sua aparição em áreas urbanas é rara.
"É um bicho que gosta de ficar mais restrito na floresta, em uma área mais preservada. Se ele veio para a área urbana quer dizer que próximo das casas há uma preservação da floresta. Pode ser que ele estivesse procurando uma parceira que liberou algum cheiro ou até mesmo procurando alimento".
A melhor forma de devolver o animal ao seu ambiente de mata, diz Terassini, é fazer uma espécie de cercado com um dos lados abertos para que o tatu seja guiado ao seu destino.
"Ele tem seu deslocamento facilitado. Duas, três pessoas cercando ele conseguem levá-lo para uma floresta sem precisar da captura, pois a captura gera muito estresse para o animal e ele pode morrer".
Hospedeiros naturais da doença de Chagas
Terassini ainda ressalta que, apesar de não ser um transmissor natural de doenças para os seres humanos, a carne do tatu não deve ser consumida pelo risco de contaminação por protozoários.
"É importante que as pessoas não matem e nem se alimentam do tatu, pois pesquisas aqui na Amazônia e no Brasil mostram que os tatus são hospedeiros naturais da Doença de Chagas e também dentre outras a da Leishmaniose. São protozoários que estão no sangue do tatu. Isso não quer dizer que o animal vai transmitir a doença, mas se entrar em contato com o sangue do tatu, a pessoa pode sim pegar a Doença de Chagas".
G1 RO.
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