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Acusado de liderar grupo de extermínio em MT, sargento da PM teria se gabado: “ninguém matou mais vagabundos do que eu”

Os indícios reunidos na investigação atestam que o policial militar organizou o grupo de extermínio

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Brasnorte, em Mato Grosso, concluiu dois inquéritos sobre assassinatos ocorridos no município e indiciou o mandante e um dos autores identificados por homicídio triplamente qualificado e constituição de milícia privada. 

Acusado de liderar grupo de extermínio em MT, sargento da PM teria se gabado: “ninguém matou mais vagabundos do que eu”


O sargento da Polícia Militar, Manoel Santos da Silva, que atua na região, foi identificado nas investigações como o mandante dos homicídios, cujas características apontam para a formação de um grupo de extermínio criado pelo policial.

 

Os homicídios ocorreram entre 2020 e 2022. A prisão preventiva contra o militar foi expedida pela Justiça na semana passada e ele se apresentou ao Batalhão da Polícia Militar de Tangará da Serra (MT), ocasião em que teve a ordem judicial cumprida.

 

A Polícia Civil apurou que o militar fazia questão de falar que “ninguém matou mais vagabundos do que ele”. Elementos reunidos nos inquéritos indicam que a motivação para a execução dos crimes seria, na verdade, o domínio territorial para o tráfico de drogas.

 

Um dos executores dos homicídios foi preso preventivamente e outro está foragido. Um dos homicídios, cujo inquérito foi concluído pela Delegacia de Brasnorte, ocorreu em 19 de maio de 2020 e vitimou um casal que foi atingido por vários disparos de arma de fogo.

 

A mulher, de 19 anos, sobreviveu. Já o namorado dela, Caíque da Conceição de Souza, 20 anos, morreu 40 dias depois em decorrência dos múltiplos disparos. Ele estava trabalhando como entregador de marmitas.

 

No dia dos fatos, a patroa de Caíque recebeu um pedido de marmitas para entrega à noite. A Polícia Civil apurou que o pedido foi uma armadilha para que a vítima se dirigisse ao local onde os criminosos pretendiam matá-la. Neste dia, a namorada de Caíque foi junto e acabou sendo alvejada.

 

O crime foi executado por quatro homens. A investigação apurou que o militar teria ficado revoltado após Caíque ser liberado pela Justiça, três dias antes de sua morte, quando foi detido com porções de drogas e três munições. O rapaz morto teria envolvimento com tráfico doméstico de drogas.

 

O militar, então, teria armado com mais três comparsas (dois deles ainda não identificados) uma emboscada para matar Caíque. No dia do crime, quatro pessoas desceram do veículo e dispararam com o rapaz e a namorada.

 

Outra morte investigada pela Delegacia de Brasnorte, cuja autoria chegou ao policial, ocorreu no dia 30 de abril deste ano. A vítima, Edivaldo Ferreira Loures, de 48 anos, foi morta por um dos criminosos já identificados e que está foragido. A vítima foi executada quando o criminoso tentava matar outra pessoa, que supostamente seria ligada a uma facção criminosa.

 

Os indícios reunidos na investigação atestam que o policial militar organizou um grupo de extermínio, sendo responsável direto pela morte de diversas pessoas. Até o momento, a Polícia Civil em Brasnorte identificou seis homicídios, que estão em fase final de investigação.

 

Outro homicídio, cujo inquérito foi finalizado nesta semana com o indiciamento dos envolvidos, ocorreu em julho de 2020. Elson Baragão, de 57 anos, foi encontrado na tarde do dia 9 de julho em uma estrada de região de fazendas, próximo à MT-170.



Fonte: Folha do Estado



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