Apoio será maior em matemática, aponta país e responsáveis.
O impacto na pandemia na educação deverá ser uma preocupação para os próximos anos. Salas de aulas fechadas, evasão escolar e dificuldade com as aulas on-line impactaram na defasagem educacional de muitos estudantes. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha aponta que 28% dos pais e responsáveis por alunos em idade escolar afirmam a necessidade de reforço escolar para recuperar a aprendizagem perdida.
Todos esses
pontos refletem no desenvolvimento cognitivo e educacional das crianças. Os
primeiros anos da escola são fundamentais para despertar habilidades sociais e
educacionais como ler e escrever. Para a neuropsicopedagoga clínica
Joyce Cardoso, 42, os pais e a escola precisam estar juntos nessa etapa de
retomada para auxiliar as crianças nesse período. Por conta do tempo fora das
salas de aula, uma lacuna de aprendizado foi criada e precisa ser preenchida em
conjunto.
“Neste período pandêmico e por causa
do longo período de uso dos aparatos tecnológicos, as crianças receberam
informações de mais e não conseguiram processar por estarem longe das salas de
aula. A memorização e o processo de aprendizagem foram extremamente
prejudicados. Com a retomada das aulas presenciais, pais e professores tem
papeis fundamentais. Os pais devem incluir na rotina jogos e atividades que
auxiliem na estimulação cognitiva. Os professores precisam tomar o cuidado de realizar
avaliações apresentando sempre o lúdico para chamar a atenção para o novo, o
diferente que não fique apenas na base maçante dos conteúdos”, aconselha a
especialista.
Sobre a retomada das aulas
presenciais, a pesquisa mostra o otimismo dos estudantes com relação ao retorno
às salas de aula. Segundo o estudo, 83% dos estudantes que retornaram às
atividades presenciais estão evoluindo no aprendizado. O percentual de alunos
animados com a volta às aulas é de 86%, os otimistas com o futuro somam 80%. Já
os estudantes independentes para realizar as tarefas de casa somam 84%,
enquanto os mais interessados nos estudos chegam a 77%.
Gestão educacional
Um outro
ponto levantado pela pesquisa é a percepção das famílias com relação à
priorização da gestão educacional. Os responsáveis ouvidos afirmam que as
instituições devem capacitar os professores e garantir o aumento salarial dos
docentes, além de melhorar a infraestrutura das escolas e ampliar o uso de
tecnologias em benefício da educação.
A união
entre o corpo docente e as famílias reforça os sentimentos positivos com
relação ao retorno das aulas após dois anos de escolas fechadas. A
pesquisa identificou que, em dezembro de 2021, mais de 800 mil estudantes
continuavam sem receber nenhum tipo de atividade escolar, mesmo estando
matriculados.
Isso reflete a desigualdade que já
existia que com a pandemia. Um em cada quatro estudantes encerrou o ano sem
nenhuma atividade presencial. Entre os estudantes de escolas de baixo nível
socioeconômico, esse índice chegou a 34%.
Em 2022, as redes de ensino no Brasil
buscam estratégias para conduzir o ano letivo. De acordo com a Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz) e a Sociedade Brasileira de Pediatria, a segurança na volta às
aulas presenciais, em meio à onda de transmissão de Covid-19 provocada pela
variante Ômicron, depende do engajamento de toda a comunidade escolar,
incluindo os responsáveis.
Além de
estar atentos aos sintomas e aos protocolos, os pais devem se vacinar, vacinar
seus filhos e participar da prevenção no dia a dia. A pesquisa
revela que, em dezembro de 2021, 89% dos estudantes de 12 a 17 anos da
rede pública estavam vacinados e que no caso de 76% das crianças de 6
a 11 anos, os pais e responsáveis declararam que pretendiam vaciná-las
imediatamente.
Fonte:
Agência Educa Mais Brasil.






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