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Gêmeas siamesas separadas por cirurgia passam 1° Natal juntas em Rondônia

Um ano após cirurgia de separação, pais das gêmeas puderam passar o 1° Natal com todos juntos, em casa, na cidade de Alvorada do Oeste.

As gêmeas Sara e Eloá, que nasceram unidas pelo tórax e compartilhavam um fígado apenas, passaram o primeiro Natal juntas em casa na cidade de Alvorada do Oeste (RO).

Gêmeas Sara e Eloá com os pais, em casa, na cidade de Alvorada Oeste 


Sara e Eloá foram separadas em uma cirurgia inédita, feita pelo SUS, em dezembro do ano passado. O procedimento cirúrgico — que desafiava as estatísticas — foi um sucesso na medicina e aconteceu no Instituto do Coração, em São Paulo.


No mês de abril, quatro meses após a cirurgia de separação, Sara voltou para casa com o pai, Vanderson Maia, enquanto a gêmea Eloá precisou permanecer na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com a mãe, Jaqueline Camer.

Sara e Eloá nasceram unidas pelo tórax.
O reencontro das duas irmãs aconteceu apenas no último mês de outubro, dez meses depois da cirurgia e após Eloá finalmente ter alta da UTI.


Agora, um ano após a cirurgia da separação, as gêmeas siamesas puderam passar o primeiro Natal juntas e em casa.


Em entrevista ao Fantástico, exibida na noite de domingo (26), o pai das meninas falou sobre esse momento tão importante da família.


Vanderson Maia, o pai, contou ainda que a emoção foi muito forte quando ele viu Eloá voltando para a casa da família, em outubro.


"Eu nem acreditei quando vi a Eloá chegando a Rondônia. Pensei: 'Meu Deus, ela tá aqui'. Depois de um ano tão difícil devido à pandemia. Pessoas que perderam a vida. E a gente luta por duas criaturinhas, porque a gente acreditou nelas", destacou Vanderson Maia.


Dois meses após estarem com as duas filhas em casa, os pais retomaram parte da rotina. A mãe, Jaqueline Naiara Camer, voltou a trabalhar em uma cooperativa de crédito de Alvorada, enquanto o pai cuida dos afazeres domésticos.


Mas para ficar com as duas filhas em casa, a família precisou fazer adaptações nos cômodos, principalmente por causa de Eloá, que tem um problema no coração e não tem o osso que protege o tórax.


O quarto da Eloá, por exemplo, funciona como uma espécie de semi-UTI, onde tem monitor para monitorar pressão arterial e batimentos cardíacos, além de oxigênio. Cinco técnicas de enfermagem se revezam para cuidar da pequena.


No futuro, segundo a família, Eloá vai ter que passar por novas cirurgias, mas a fisioterapeuta Carolina Figueiredo contou em entrevista que a evolução da pequena tem sido boa e gradativa.


Para a mãe Jaqueline, passar o primeiro Natal com as duas filhas em casa é uma emoção indescritível.


"A frase que fica é que o amor prevaleça, que ele prevaleça”, diz Jaqueline Naiara Camer.

Sara e Eloá, gêmeas rondonienses.


Em outubro, a mãe tinha contado ao g1 que foi foi no hospital, um dia após a chegada de Eloá a Rondônia, que a família se reencontrou para comemorar o primeiro ano das gêmeas.


"Para mim não tinha problema nenhum passar o ano de vida deles dentro de um hospital, o importante é que a nossa família estava reunida e elas estavam bem. Com certeza valeu muito a pena, foi um processo de muitas incertezas, muitas lutas, mas de muitas vitórias. Hoje eu me sinto completa. Não me falta mais nada", disse Jaqueline. (G1RO)



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