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Polícia Federal em Uberlândia deflagra operação para reprimir tráfico de armas e drogas na cidade e em diversos estados

Batizada de Operação 'Balada', os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Alagoas, Tocantins e Espírito Santo. Em Minas Gerais, as ações foram realizadas ainda em Uberaba, Prata e Ituiutaba.

Foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) em Uberlândia na manhã desta terça-feira (5) operação para desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas, armas de grosso calibre e lavagem de dinheiro.

Grande quantidade de fuzis e pistolas apreendidos durante operação em Uberlândia (foto de arquivo de março de 2020) que faz parte da investigação da Operação 'Balada' — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Os mandados e medidas foram expedidos pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Alagoas, Tocantins e Espírito Santo. Em Minas Gerais, as ações foram realizadas em Uberlândia, Uberaba, Prata e Ituiutaba.


Conforme a PF, a ação batizada de "Operação Balada" contou com cerca de 850 Policiais federais cumprindo 247 mandados de prisão e 249 mandados de busca e apreensão, além de centenas de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas correntes.


A Polícia Penal, através da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais (Sejusp-MG), também colaborou com a ação com 35 policiais para custódia e transporte dos presos na operação.

Dinheiro apreendido durante operação Balada, realizada pela PF de Uberlândia — Foto: Polícia Federal/Divulgação


Balanço

Segundo balanço parcial da PF, até as 12h tinham sido efetivadas 95 prisões e 115 carros apreendidos. Também foram lavrados 5 flagrantes relacionados à arma e drogas e recolhidos R$ 850 mil de dinheiro em espécie.


Uma coletiva foi realizada no fim da manhã com detalhes do assunto; veja abaixo.


Esquema

A organização investigada operava esquema estruturado de tráfico de drogas e preparava o material para ser vendido utilizando insumos químicos adquiridos por meio de empresas regularmente cadastradas. Em sete meses foram comprados insumos capazes de manipular mais de 11 toneladas de cocaína.


Segundo a PF, a região do Triângulo Mineiro era onde o grupo criminoso armazenava a droga, que era encaminhada dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia. Após o armazenamento na região, o material era distribuído por todo o Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás e outras regiões de Minas Gerais.


Além de tráfico de drogas, o grupo também atuava no tráfico ilegal de armas de fogo. Durante o trabalho de investigação já ocorreu apreensão de carregamento com 8 fuzis e 14 pistolas em Uberlândia, em março de 2020. As armas eram comercializadas e, em seguida, destinada a grupos especializados no tráfico de drogas e roubos a banco no Triângulo Mineiro, além de uma facção criminosa no Rio de Janeiro (RF).


Lavagem de dinheiro


Para poder dissimular a origem criminosa do patrimônio acumulado, a organização criminosa utilizava um esquema de lavagem de dinheiro classificado pela própria PF como “sofisticado”, pois utilizava empresas de fachada e a compra de postos de combustíveis, hotéis fazenda, imóveis, veículos e embarcação de luxo.


A estimativa é de que mais de R$ 2 bilhões foram movimentados pelos investigados nos últimos dois anos. As contas bancárias, os bens identificados e cerca de 100 imóveis foram bloqueados por determinação judicial.


Coletiva


Durante coletiva de imprensa realizada pela PF no fim desta manhã, o delegado Renato Beni da Silva explicou que entre os principais envolvidos nos crimes estavam "empresários e profissionais liberais" das áreas hoteleiras, comércio de veículos, construção civil e de postos de combustíveis. Esses empresários eram os responsáveis por "financiar" o tráfico de drogas.


“O grupo sediado em Uberlândia já atuava há vários anos na movimentação do armamento. Eles adquiriam em Ponta Porã (MS), levavam para Uberlândia e faziam uma remessa, pelo menos mensalmente, para o Rio de Janeiro (RJ), onde repassavam essas armas para integrantes de facção criminosa”, detalhou o delegado.

Ainda conforme o Beni, Uberlândia foi utilizada como rota dos traficantes, principalmente pela logística da cidade. “Uberlândia é um ponto principal de logística, tanto para economia formal, quanto para a informal também. Então a atividade criminosa se aproveita dessa situação para facilitar o comércio de armas e drogas pelo acesso às rodovias e vários aeroportos".



Na ocaisão também foi confirmado envolvimento de alguns advogados, que auxiliavam no processo de lavagem de dinheiro do grupo criminoso. Foi questionado ainda se existiam políticos e policiais como alvos das investigações, mas não houve confirmação pelo fato de os autos correrem em segredo de Justiça.


Nome da operação

A operação “Balada” tem esse nome pelo fato dos investigados ostentarem em redes sociais a realização de diversas festas de luxo, sendo algumas até em outros países com altos gastos com uso de iates e carros esportivos.(G1)



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