Aprender a gerenciar os gastos é uma das soluções para sair do vermelho
Estar
no vermelho é sempre uma dor de cabeça quando o assunto é uma vida financeira
estável. Isso reflete negativamente no bolso e pode causar transtornos tanto
financeiros como psicológicos. Entender em quais pontos se está errando e
buscar ajuda para mudar essa realidade é um dos primeiros passos para começar a
se organizar financeiramente melhor.
Entender em quais pontos se está errando e buscar ajuda para mudar essa realidade é um dos primeiros passos para começar a se organizar financeiramente melhor. |
A CEO da PouPay+ e especialista em finanças pessoais e inteligência
emocional, Aline Rezende, salienta a necessidade de uma gestão financeira
eficaz para uma vida tranquila. “É importante entender o impacto de não se ter
uma gestão, ou pior, ter uma gestão financeira ineficiente e que não condiz
com a sua realidade, para que saiba por onde começar a organizar suas contas”,
diz.
Abaixo, Rezende listou os oito principais erros de
um planejamento econômico que podem, até mesmo, impactar diretamente com outros
segmentos da vida pessoal, dando dicas de como evitá-los.
Não
saber qual a sua renda: o
primeiro erro consiste em não entender a sua renda mensal. No caso de
trabalhadores registrados, é muito importante entender o seu salário bruto (o
valor sem os descontos) e o salário líquido (o valor recebido efetivamente).
“Todo
trabalhador precisa ter este conhecimento para se atentar ao que está sendo
debitado do salário, entender outros benefícios como o 13° salário, além de
entender os seus ganhos futuros, no caso de saída da empresa, para recebimento
de FGTS”, afirma Aline.
No caso de trabalhadores
autônomos ou não registrados, é necessário realizar um cálculo para entender a
média de recebimento mensal. Basta somar os ganhos dos meses anteriores e
dividi-los pelo número de meses. A dica é fazer o cálculo tendo em conta os
seis últimos registros.
Priorizar compras parceladas
do que à vista: muitas pessoas, na hora de fazer uma compra, optam
por parcelar o valor. Este é um hábito muito forte na cultura brasileira,
entretanto pode ser o maior problema na hora de controlar as despesas. Desta
maneira é mais fácil perder a noção do valor e não conseguir avaliar o real
impacto das compras.
“Caso
não haja uma gestão financeira adequada, pode-se esquecer das demais parcelas e
também não se atentar aos juros de parcelamento, sem contar que o orçamento
ficará comprometido por muito mais tempo e que os juros do cartão de crédito
podem chegar até 300% ao ano em alguns bancos”, alerta a especialista.
Não
estabelecer um limite na conta corrente dentro da sua realidade: muitas pessoas se deparam com limites altíssimos
no cartão de crédito, delimitado pelo próprio banco. Entretanto, em muitos
casos este valor chega a ser maior do que o salário mensal, o que acaba gerando
confusões orçamentais. Para Rezende, é interessante que o limite seja utilizado
apenas em casos de emergência, não bloqueando os valores disponíveis com
compras supérfluas.
Não registrar
pequenos gastos: é muito comum que pessoas registrem apenas grandes
despesas do mês na gestão financeira, perdendo o controle dos pequenos gastos
do dia a dia que podem vir a comprometer o orçamento final mensal. É importante
anotar cada saída e incluí-la na gestão como qualquer outro item
planejado.
Acumular dívidas: este é um dos
principais problemas, que podem levar a um ciclo sem fim, pois as dívidas
crescem exponencialmente por conta de juros. É importante haver negociação com
o credor para possíveis descontos e parcelamentos que caibam em sua realidade.
Não investir: aprender a
multiplicar o seu dinheiro é fundamental para conquistar uma vida financeira
estável. Entender como seu dinheiro pode trabalhar por você é um grande passo
para a independência financeira e pode ser realizado com um investimento de
cerca de R$30 no Tesouro Direto. Estipule um valor para investimento e anote
ele em sua planilha como se fosse uma conta a pagar, desta forma ficará mais
fácil não fugir do compromisso.
Assim, quando identificamos os erros conseguimos
ter consciência do que pode ser melhorado. A especialista atenta que “manter a
gestão das finanças requer disciplina e foco, auxiliando não só no controle de
orçamentos, mas também a ter uma saúde psicológica mais tranquila e uma vida
mais organizada como um todo”.
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