Célia ressaltou que o auxílio alimentação não cobre nem 20% das necessidades alimentares dos servidores em serviço
No auge da maior crise sanitária já vivida em Rondônia, o Governo de Rondônia continua tomando decisões que ao invés de melhorar o ambiente de trabalho dos servidores que atuam na linha de frente da pandemia, cria dificuldades para a baixa estima de quem arrisca diariamente suas vidas para salvar a vida de outras pessoas.
Esse foi o desabafo feito hoje pela presidente do Sindsaúde, Célia Campos, ao tornar público, o teor do Memorando Memorando-Circular nº 1/2021/HRC-NNUT, que, na prática, suprime refeições obrigatórias diárias, de servidores que cumprem plantão nas unidades hospitalares estaduais.
QUEM ALMOÇA, NÃO JANTA
A nova modalidade de fornecimento de refeições se inicia com a contratação de uma nova empresa terceirizada para o serviço e parece que será servida a conta-gotas: 100 ml de café por servidor que atuam nos setores abertos; servidores não terão direito ao fornecimento de desjejum, lanches ou ceia.
“O item 2, que trata dos ´Servidores Contemplados´ é ainda mais assustador: servidores plantonistas de 6, 12 e 24hs que estejam fazendo horas extras, totalizando 12hs ininterruptas e residentes em regime de plantão de 12 horas, terão direito a almoço ou jantar”, disse revoltada a presidente do Sindsaúde.
Segundo ela, há outras discrepâncias no documento como a que prevê que servidores diaristas, administrativos, coordenadores, diretores e residentes terão direito apenas ao café puro. Nesse item, há ainda a previsão de que servidor que autorizar refeições indevidas aos colegas de trabalho terá que ressarcir o valor dessa refeição à Sesau e responderá administrativamente, civilmente e criminalmente pela conduta.
TERCEIRIZADA – De acordo com o Memorando, a empresa responsável pelas refeições nas Unidades de Saúde do Estado de Rondônia, está autorizadas a vender lanche, almoço, desjejum para servidores e acompanhantes.
A EMPRESA TERCEIRIZADA foi visivelmente privilegiada neste ponto, pois poderá abrir uma cantina para ganhar dinheiro dos servidores e da população em geral, utilizando a estrutura do hospital, financiada com dinheiro público (sala, água, luz, caldeira, etc....).
“Estamos diante de uma situação inacreditável. Aos servidores nada, à empresa terceirizada tudo. Essa decisão não se justifica. Se realmente o problema fosse respeito ao dinheiro público, essa empresa jamais teria sido contratada e os servidores submetidos a esse tipo de tratamento”, disse a presidente Célia Campos.
Ao finalizar, Célia ressaltou que o auxílio alimentação não cobre nem 20% das necessidades alimentares dos servidores em serviço e, caso o Governo realmente queira que eles dependam do auxílio para essa finalidade, que ele seja reajustado.
“Iremos propor uma audiência entre a Sesau, o Tribunal de Contas, e Assembleia Legislativa para discutir a situação. Caso não seja possível rever a decisão, os servidores irão cruzar os braços. Alimentação é item essencial aos servidores plantonistas para o bom funcionamento dos hospitais públicos do Estado”, finalizou a presidente.
Fonte: Assessoria
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