Cachorros, galinhas e cabras. Esses são os animais que Francisco Cardoso, 78 anos, e Dalva Cardoso, 73, cuidam no quintal de casa no bairro Agenor de Carvalho, em Porto Velho. Mas as cabras do casal aposentado são as que mais fazem sucesso na região.
"Elas mantêm o terreno limpinho. Antes tinha muitos ratos aqui na vizinhança, mas agora, depois que elas limparam o terreno, não tem. Mas, como a rua é bem movimentada e tem um cachorro no vizinho, eu não tenho levado elas com frequência", afirma Francisco.
Lady Diana, Maju, Vanusa e a caçula Melissa (que também atende por Mel) são as quatro cabras que movimentam a rotina do casal aposentado.
Logo pela manhã elas são soltas do cercado, onde dormem, e então já começam a circular pelo quintal dos idosos.
A cabra Lady Diana foi a última cabra adquirida pela família. Ela é a mais desconfiada, segundo Dalva, e a cabra não é de muitos amigos. Mas foi no quintal da aposentada que ela encontrou uma amiga inseparável: uma galinha — ainda sem nome.
"Ela [Diana] briga com as outras cabras, as cadelas e as galinhas, mas tem uma, que desde o começo, subiu nas costas dela e agora as duas vivem juntas. Engraçado porque essa a galinha é mais frágil, e as outras não gostam dela", pontua Francisco.
A cabrita Melissa, também chamada de Mel, é a mais grudada com Francisco. Ele conta que onde vai, a Mel está junto dele. A cabrinha também é querida das netas do aposentado, que decidiram fazer uma conta para o animal em uma rede social.
"A pequenininha é um xodó da casa. Ela é uma bebezinha de quatro meses. Quando a Dalva briga com ela, ela já vem correndo pro meu lado para se esconder. Onde eu vou ela vem atrás. Nossa companhia, principalmente nesta pandemia", contou Francisco.
A arte do cuidado com as cabras é uma herança que o pai de Francisco passou para ele, quando ainda moravam na Bahia.
"Meu pai tinha muitas cabras no nosso sítio lá na Bahia. Eram muitas. Eu gosto de cuidar das bichinhas, mas elas são bem arteiras. Elas são minhas companhias", conta.
No olhar do biólogo
O biólogo Flávio Terassini explica os "benefício" sobre a criação da cabra e a ajuda que ela tem na manutenção de terrenos.
"Não é todos os dias que a gente vê uma pessoa passeando com uma cabra na área urbana. Antigamente era mais comum, mas hoje nem tanto. A cabra, ao se alimentar da grama, faz um serviço de roçar, consequentemente, afugente alguns animais, roedores, pombos, caramujos. Os animais vão sentir os passos da cabra e vão fugir. É um achado bem interessante", destaca.
Fonte: G1 RO.
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