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Alemanha é eliminada da Copa mesmo com vitória sobre Costa Rica

Germânicos triunfam por 4 a 2, mas terminam em terceiro no Grupo E

Em uma partida muito movimentada, a Alemanha derrotou a Costa Rica por 4 a 2, na tarde desta quinta-feira (1) no Estádio de Al Bayt. Porém, o resultado foi insuficiente para os germânicos alcançarem as oitavas de final da Copa do Catar, pois ficaram na terceira posição do Grupo E da competição.



É difícil entender o que se passa com o futebol alemão nas últimas Copas. Tetracampeã no Brasil em 2014, os germânicos caíram na primeira fase no Mundial da Rússia (2018). Ninguém esperava que, quatro anos depois, a equipe de Thomas Müller e companhia voltasse a fracassar tão precocemente.


Alemanha e Costa Rica já tinham se enfrentado na Copa de 2006. Em Munique, os alemães venceram por 4 a 2, placar que se repetiu nesta quinta. De lá para cá os tempos mudaram, tanto que quem poderia imaginar que haveria uma Copa do Mundo num país árabe e, mais que isso, que a partida realizada no Estádio Al Bayt seria apitada pela primeira vez por uma juíza, a francesa Stéphanie Frappart, de 38 anos, auxiliada pela bandeirinha Neuza Inês Back, de Santa Catarina.



A força alemã permaneceu a mesma. Logo aos 2 minutos, o goleiro costarriquenho Navas foi exigido num chute forte Musiala. Aos 4, Gnabry, totalmente impedido, também acertou o alvo, mas o goleiro espalmou. Precisando da vitória para se classificar às oitavas de final, era natural que a pressão dos tetracampeões mundiais fosse insana nos primeiros momentos. Mais normal ainda era a Alemanha abrir o placar logo aos 9 minutos: Raum cruzou e Serge Gnabry testou no cantinho de Navas: 1 a 0.


Tomando conta do jogo, estranhamente, a Alemanha não manteve a mesma fome de gol. O ponta Gnabry, do Bayern de Munique (Alemanha), era a melhor opção de ataque, mas seus cruzamentos não eram aproveitados na área. Apenas aos 34 minutos, num chute de fora da área de Kimmich, o goleiro Navas voltou a ser testado, pegando em dois tempos. E aos 39, depois de limpar os zagueiros, Gnabry chutou com curva, mas para fora.


Enfim, aos 42 minutos, após dois erros sucessivos da zaga alemã, o costarriquenho Fuller ficou frente a frente com Neuer, chutou forte, mas o goleiro espalmou por sobre a meta. Uma chance raríssima de acontecer e que foi desperdiçada.


No 2º tempo, sabendo que precisava fazer um caminhão de gols para obter a classificação (no outro jogo do grupo, o Japão fazia 2 a 1 na Espanha), a Alemanha não teve outra alternativa a não ser sair da letargia. Era preciso golear. Mas, aos 12 minutos, após Neuer rebater para frente uma cabeçada, Tejada fulminou o goleiro, empatando o jogo em 1 a 1.



A reação alemã veio com Musiala, aparecendo livre na área e chutando na diagonal, caprichosamente a bola pegou na trave de Navas. Na sequência, num cruzamento rasteiro, Rüdiger entrou de carrinho e voltou a acertar a trave.


Musiala realmente estava com muito azar. Aos 21 minutos arriscou de fora da área e, mais uma vez, a bola explodiu na mesmíssima trave esquerda da Costa Rica.


O inacreditável ocorreu aos 24 minutos, cruzamento na área alemã e uma falha bisonha de Neuer, que subiu e não achou nada, tentando defender no alto, Vargas conseguiu colocar a bola no gol alemão, uma virada que chocou os 67 mil espectadores presentes no Al Bayt.


Na saída, a Alemanha empatou o jogo novamente, quando a bola sobrou limpa para o reserva Kai Havertz, que deu um toquinho tirando de Navas.


O jogo ganhou em emoção. Aos 30 minutos, o incrível goleiro Navas fez uma grande defesa dentro da pequena área em chute de Füllkrug.


Finalmente, o mundo do futebol voltou ao normal quando o cruzamento para a área encontrou a sola da chuteira de Kai Havertz, aos 39 minutos, para desempatar e colocar os tetracampeões na frente.


Aos 43, Niclas Füllkrug completou para as redes de Navas, mas a assistente marcou impedimento. O lance foi então para a revisão do VAR (árbitro de vídeo), que depois confirmou a legalidade do gol: 4 a 2.


A goleada não adiantou de nada, pois, com 4 pontos e somente um gol de saldo, a Alemanha caía fora da Copa precocemente. A Espanha, também com 4 pontos, fez 6 gols de saldo e se classificou em segundo lugar no Grupo E. O líder foi o Japão, enquanto a Costa Rica foi a lanterna da chave.


Se serve de consolo, daqui a quatro anos há uma nova Copa do Mundo e a Fifa aumentou o número de vagas diretas para os europeus para 16 seleções.

Japão surpreende Espanha e se garante nas oitavas da Copa do Catar

Com grande segundo tempo, Samurais Azuis vencem por 2 a 1 de virada

Com uma grande atuação no segundo tempo da partida disputada no Estádio Internacional Khalifa, em Doha, o Japão derrotou a Espanha por 2 a 1 de virada e garantiu a classificação para as oitavas de final da Copa do Catar. Com este resultado, a seleção nipônica avançou, nesta quinta-feira (1), como primeira colocada do Grupo E.



Assim, na próxima fase, a equipe comandada pelo técnico Hajime Moriyasu medirá forças com a Croácia, atual vice-campeã mundial, que encerrou a participação no Grupo D na segunda posição após empatar sem gols com a Bélgica nesta quinta.


Esta é a quarta oportunidade na qual os Samurais Azuis ultrapassam a fase de grupos de um Mundial de seleções em sete participações.


Apesar da derrota, os espanhóis conseguiram avançar com a segunda posição da chave. Assim, a Fúria pegará nas oitavas o primeiro colocado do Grupo D, o Marrocos.


A equipe espanhola iniciou a partida mantendo o estilo de jogo pelo qual ficou famosa, valorizando muito a posse de bola e trocando passes de forma a buscar a melhor oportunidade de atacar. E a primeira chance de marcar foi justamente da Espanha, quando o volante Busquets aproveitou bola rebatida de forma errada pela defesa japonesa para chutar com perigo aos 5 minutos.


Dois minutos depois a equipe nipônica conseguiu roubar uma bola na área da Espanha e, após troca de passes, o lateral Ito bateu para fora por muito pouco.


Porém, o domínio era mesmo da Fúria, que abriu o placar aos 10 minutos. Após a bola circular nas proximidades do gol japonês, Azpilicueta dominou na direita e cruzou para o meio da área, onde Morata subiu para testar e superar o goleiro Gonda. Com este gol, o atacante passou a dividir a artilharia do Mundial do Catar, com o total de 3 gols, ao lado do equatoriano Enner Valencia, do inglês Rashford, do holandês Gakpo e do francês Mbappé.



Aos 22, a Espanha voltou a chegar novamente com perigo, com chute de Morata que foi defendido por Gonda. Fora isso, muito pouco aconteceu no restante de um primeiro tempo no qual a seleção espanhola chegou ao total de 79% de posse de bola para dominar as ações.


No retorno para a etapa final o Japão voltou com duas mudanças, Mitoma no lugar de Nagatomo e Doan no lugar de Kubo. E essas substituições foram fundamentais para a nova postura da equipe nipônica na partida.


Logo aos 2 minutos o Japão pressionou a defesa dos espanhóis e a bola sobrou para Doan, que bateu da entrada da área para marcar um golaço. O gol abalou a Espanha, que ficou atônita diante do ataque japonês, que encaixou um contra-ataque aos cinco minutos. Doan recebeu na direita, cruzou para a esquerda, onde Mitoma escorou para o meio da área, onde o volante Tanaka não perdoou.


Porém, o juiz interrompeu o jogo para avaliar com o VAR (árbitro de vídeo) uma possível irregularidade no lance. Após uma parada de cinco minutos o gol foi validado.


A partir daí a Espanha até tentou voltar a assumir o controle das ações, mas suas ações ofensivas se mostraram pouco efetivas diante de um Japão que defendeu muito bem e saiu rápido em contra-ataques, conseguindo segurar a vitória até o apito final do árbitro.

Marrocos vence Canadá e volta às oitavas da Copa após 36 anos

Leões do Atlas avançam em 1º no grupo das favoritas Croácia e Bélgica

O torcedor marroquino teve de esperar 36 anos para ver a seleção do país, enfim, ir além da primeira fase em uma Copa do Mundo. Nesta quinta-feira (1º), os Leões do Atlas derrotaram o Canadá por 2 a 1, no Estádio Al Thumama, em Doha, garantindo vaga às oitavas de final do Mundial do Catar.



Com a vitória, Marrocos encerrou o Grupo F na liderança, com sete pontos, dois a frente da Croácia, atual vice-campeã, que empatou sem gols com a Bélgica no Estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan. Os canadenses se despedem zerados, na lanterna do grupo. O país da América do Norte será uma das sedes da próxima edição, em 2026, ao lado de Estados Unidos e México.


Nas oitavas, mesmo estágio em que se despediu da Copa em 1986, Marrocos terá pela frente o segundo colocado do Grupo E, que réune Espanha, Alemanha, Costa Rica e Japão. A partida será na terça-feira (6), às 12h (horário de Brasília), no Estádio Cidade da Educação, em Doha.


O técnico marroquino, Walid Regragui, promoveu apenas uma mudança no 4-3-3 que derrotou a Bélgica por 2 a 0, com a entrada de Abdelhamid Sabiri, que cobrou a falta que originou o primeiro gol do jogo, no lugar do também meia Selim Amallah. O goleiro Yassine Bounou, que perdeu o último duelo ao se sentir mal instantes antes da bola rolar, retornou à meta, com Munir El-Kajoui de volta ao banco.


No Canadá, John Herdman fez quatro alterações na equipe que sofreu 4 a 1 da Croácia, passando do 4-4-2 para um 3-4-3. O lateral-esquerdo Sam Adekugbe entrou no lugar de Richie Laryea, enquanto o direito, Alistair Johnston, formou a trinca de zaga com Kamal Miller e Steven Vitória. No meio, Junior Hoilett (titular no revés por 1 a 0 para a Bélgica), Mark-Antony Kaye e Jonathan Osorio foram escolhidos para as vagas de Atiba Hutchinson, Stephen Eustáquio e do atacante Jonathan David.


Os Leões do Atlas repetiram a postura dos jogos anteriores, marcando pressão no campo de ataque. Foi assim que, logo aos três minutos, Hakim Ziyech abriu o placar. Após recuo perigoso de Johnston, o goleiro Milan Borjan afastou mal a bola, nos pés do atacante marroquino, que bateu por cobertura, de primeira, marcando um golaço.


Após cerca de 15 minutos sofrendo com a intensidade de Marrocos, o Canadá parecia ter encaixado a marcação e diminuído os espaços do time africano. Aos 22, porém, o lateral Achraf Hakimi encontrou uma brecha entre Miller e Vitória e lançou En-Nesyri. O atacante superou os zagueiros na velocidade e chutou no canto esquerdo de Borjan, aumentando a vantagem.


Mesmo diminuindo o ritmo, a equipe marroquina era pouco ameaçada pela canadense. Não à toa, foi só graças a um gol contra que os norte-americanos descontaram. Aos 40 minutos, Adekugbe driblou Hakimi pela esquerda e cruzou rasteiro. O zagueiro Nayef Aguerd se esticou para cortar, mas desviou a bola nas próprias redes. O próprio Aguerd, impedido, ainda levou o árbitro brasileiro Raphael Claus a invalidar o que seria o terceiro de Marrocos, dos pés de En-Nesyri, já nos acréscimos.


O Canadá voltou melhor para o segundo tempo, ficando mais com a bola e rondando a área de Marrocos. O recuo excessivo dos Leões do Atlas quase resultou em gol canadense aos 25 minutos. Após cobrança de escanteio pela direita, Hutchinson (que entrou depois do intervalo, no lugar de Kayé) cabeceou no travessão. A bola quicou na linha e, na sobra, Johnston mandou por cima.


A seleção norte-americana pressionou atrás do empate, que renderia o primeiro ponto do país em uma Copa. Aos 41 minutos, Bounou quase deu uma ajudinha, ao tentar dominar a bola de peito e a deixar escapar, dentro da área. O atacante Alphonso Davies quase aproveitou, mas o goleiro marroquino se recuperou. Nos minutos finais, os canadenses empilharam cruzamentos e até Borjan foi para frente auxiliar o ataque, em cobranças de escanteio. O time africano, porém, conteve a pressão e celebrou a vitória histórica.

Croácia segura pressão, avança às oitavas e elimina Bélgica da Copa

Empate sem gols beneficia croatas e dá a ponta do Grupo F a Marrocos

Atual vice-campeã mundial, a Croácia está nas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar. Nesta quinta-feira (1º), a seleção do leste europeu empatou sem gols com a Bélgica no Estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan, avançando com a vice-liderança do Grupo F.



Os croatas finalizaram a chave com cinco pontos, dois atrás de Marrocos, que venceu o Canadá por 2 a 1 no Estádio Al Thumama, em Doha, garantindo a primeira colocação. Com quatro pontos, os belgas deram adeus ao Mundial na primeira fase, o que não ocorria desde 1998. Os Diabos Vermelhos tiveram ao menos três grandes chances na etapa final, todas com Romelu Lukaku, mas o centroavante, recém recuperado de uma lesão na coxa que quase o deixou fora da competição, acabou desperdiçando.



A Copa do Catar, encerrada precocemente, pode ter sido a última de uma talentosa geração belga, com jogadores vitoriosos nos respectivos clubes e que colocaram a seleção no topo do ranking da Fifa entre 2018 e 2021, mas que fracassou na busca por grandes títulos. Nomes como o meia Kevin de Bruyne (31 anos), o volante Alex Witsel (33), os zagueiros Jan Vertonghen (35) e Toby Alderweireld (33), o lateral Thomas Meunier (31) e os atacantes Eden Hazard (31) e Dries Mertens (35) têm presença incerta (a maior parte deles, improvável) na edição de 2026.


Presente nas oitavas pela terceira vez em seis participações em Mundiais, a Croácia enfrentará o líder do Grupo E, que tem Espanha, Alemanha, Costa Rica e Japão. O duelo será na segunda-feira (5), às 12h (horário de Brasília), no no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah. Nas duas ocasiões anteriores em que passou da primeira fase, os croatas chegaram, pelo menos, às semifinais.



Se o técnico croata, Zlatko Dalic, mandou a campo a mesma escalação que goleou o Canadá por 4 a 1, as más atuações contra canadenses (apesar da vitória por 1 a 0) e marroquinos (derrota por 2 a 0) levaram Roberto Martínez a mexer no time belga. A formação com três zagueiros foi resgatada, com Leander Dendoncker ao lado de Alderweireld e Vertonghen, em substituição ao volante Amadou Onana, suspenso pelo número de cartões amarelos. No ataque, Yannick Carrasco e Leandro Trossard assumiram os lugares dos irmãos Eden e Thorgan Hazard e Michy Batshuayi saiu para entrada de Mertens.


As alterações, a princípio, surtiram efeito e tornaram a Bélgica mais veloz para trocar passes e contra-atacar. Aos dez minutos, Mertens tabelou com Trossard na esquerda, invadiu a área e cruzou rasteiro para Carrasco, que perdeu o ângulo para finalizar. Quando o fez, na pequena área, chutou em cima do lateral Josip Juranovic. Dois minutos depois, De Bruyne avançou pelo meio e tocou para Mertens, que entrou na área pela esquerda e bateu de primeira, mas pegou mal, mandando por cima, quase na marca do pênalti.


A intensidade belga, porém, não demorou a esfriar e a equipe logo se viu presa na marcação croata. A seleção do leste europeu, em ritmo mais cadenciado, teve uma penalidade marcada a favor aos 14 minutos e anulada três minutos depois, com participação do árbitro de vídeo (VAR). Após cobrança de falta de Modric, Carrasco derrubou o atacante Andrej Kramaric na área. Assinalada em campo, a infração foi cancelada pelo zagueiro croata Dejan Lovren estar um ombro à frente no lance. Impedido, portanto.



O segundo tempo iniciou com a Croácia tentando se impor no ataque. Aos quatro minutos, o zagueiro Josko Gvardiol encontrou Mateo Kovacic na área, entre Alderweireld e Meunier. O meia finalizou e obrigou Thibaut Courtois a uma grande defesa. Três minutos depois, Kovacic teve nova chance, agora da entrada da área, mas o chute no canto direito também parou em Courtois.


A pressão croata pareceu ter acordado os belgas, que assustaram duas vezes em sequência, ambas com Lukaku. Aos 14 minutos, o atacante, que substituiu Mertens no intervalo, pegou a sobra de um chute de Carrasco que explodiu em Juranovic. Livre na área e com o gol aberto, o centroavante da Inter de Milão (Itália) chutou na trave esquerda. Aos 16, na pequena área, ele cabeceou por cima da meta, após De Bruyne cruzar pela esquerda - a bola, porém, já tinha saído pela linha de fundo e o lance seria invalidado em caso de gol.


A Bélgica foi para o abafa, mas a noite catari, definitivamente, não era dos Diabos Vermelhos e, principalmente, de Lukaku. Aos 41 minutos, o atacante desviou, na pequena área, um chute de Meunier pela direita, que saiu rente à trave esquerda. Aos 45, o camisa 9 teve a chance após cruzamento pela esquerda de Thorgan Hazard, que o goleiro Dominik Livakovic deixou passar. O centroavante matou de peito, quase debaixo do travessão, mas perdeu o controle da bola, recuperada pelo arqueiro. O adeus belga já era uma realidade.

México vence Arábia Saudita, mas não consegue vaga nas oitavas de final

Mexicanos conseguiram vencer a primeira partida, mas gol levado nos acréscimos mais excesso de cartões tiraram sonho da classificação para as oitavas de final 

Foi por pouco, muito pouco! No fechamento do grupo C nesta quarta-feira (30), México desencanta, vence Arábia Saudita por 2 a 1, mas não se classifica para as oitavas de final da Copa do Mundo. Os gols mexicanos foram marcados por Henry Martin e Luis Chavez, e o gol de honra saudita anotado por Al Dawsari.



Com a eliminação, os mexicanos quebram a escrita de se classificar para os mata-matas de Mundial desde 1994. Dali em diante, sempre foram para as oitavas, mas nunca avançaram de fase.


Entre os sauditas, muita frustração. Após fazerem história na primeira rodada, ao ganharem de virada jogo contra a Argentina, os comandados de Hervé Renard não pontuaram mais e foram eliminados.


Argentina, com seis pontos, se classificou em primeiro, e a Polônia, nos critérios de desempate, passou em segundo lugar com quatro pontos.


A eliminação foi muito doída para os mexicanos. Nos três jogos, é fato que os poloneses mereceram mais a última vaga, mas as circustâncias deixaram gosto amargo.


Até o gol marcado por Al Dawsari, México e Polônia estavam empatados em pontos, gols marcados, gols sofridos, número de vitórias, empates e derrotas.


A vantagem polonesa vinha no último critério: fair play. A seleção de Lewandowski tinha menos cartões amarelos do que os mexicanos, o que dava a vantagem para os europeus.


O jogo

Precisando da vitória para passar de fase, Tata Martino fez quatro alterações no time titular em comparação ao último jogo, na derrota para a Argentina.


A mudança no esquema tático, deixando de usar cinco defensores para um 4-2-3-1, também deixou a seleção mexicana mais leve em campo.


Os veteranos Andrés Guardado e Héctor Herrera foram sacados, e as mudanças funcionaram. O México, enfim, teve um bom jogo, pelo menos nos 45 minutos iniciais.


Os mexicanos tiveram muita facilidade para chegar até a área adversária, mas pecaram na hora de finalizar. Ao todo, foram 11 chutes, sendo que três foram no alvo.


Além do mais, os mexicanos tiveram quase 70% de posse de bola, contra apenas 32% para os sauditas.


Enfrentando uma defesa compacta, a Arábia Saudita teve uma postura muito tímida durante a primeira etapa, e foi ter sua primeira grande chance somente nos acréscimos, em cabeçada de Al-Ghanam, que passou próxima ao gol.


Na volta para o segundo tempo, os mexicanos mantiveram a pressão, recompensada logo nos primeiros minutos.


Em bela jogada ensaiada no escanteio, o zagueirão Montes fez leve desvio na bola, para Henry Martin estufar as redes, e abrir o marcador.


Aos sete minutos, Luis Chavez, em belíssima cobrança de falta, jogou a bola onde a coruja dorme para ampliar o marcador. Explosão mexicana no Lusail, e classificação parcial para os latinos.


Até o final do jogo, o México teve mais volume, não levou perigo, mas a pressão de ser obrigado a fazer mais um gol para passar de fase, graças aos critérios de desempate, deixou o time mais nervoso. O que se viu nos minutos finais foi um abuso de bolas levantadas na área, sem sucesso.


No último minuto de jogo, os sauditas, sem mais nada a perder, aprontaram mais uma, e Al Dawsari, que já tinha marcado contra a Argentina, fez o gol de honra, que, de quebra, acabou com a esperança mexicana. 2 a 1.

Messi perde pênalti, mas Argentina vence com gols de jovens jogadores e avança para pegar Austrália

Mac Allister e Julian Alvarez fizeram os gols da vitória por 2 a 0 sobre a Polônia nesta quarta-feira, no estádio 974, em Doha

“Unidos pelo mesmo sonho”. Essa era mensagem que uma faixa da torcida da Argentina mostrava nesta quarta-feira (30) nas arquibancadas do estádio 974, em Doha, no Catar. 



Na imagem, Diego Maradona estava com a Copa do Mundo nas mãos, e Lionel Messi apenas observa. Messi perdeu um pênalti, mas a Argentina venceu a Polônia, por 2 a 0, com gols de jovens jogadores, e está classificada para as oitavas de final.


O resultado pôs a Argentina contra a Austrália, no Ahmad Bin Ali, no sábado (3); e a própria Polônia diante da França, no Al Thumama, no dia seguinte, na próxima fase da Copa do Mundo.


Confrontos das oitavas de final da Copa do Mundo



Messi já havia chutado duas bolas com perigo ao gol de Szczesny. O duelo ficou ainda melhor quando, aos 36 minutos do primeiro tempo, o goleiro saiu do gol e deixou a mão no rosto do camisa 10. Dois minutos de VAR, pressão dos argentinos e o árbitro Danny Makkelie marcou o pênalti. Na cobrança, Messi chutou cruzado, e o gigante polonês defendeu à meia-altura — foi a segunda defesa de pênalti dele na Copa, já que havia pegado contra a Arábia Saudita.


Imediatamente após o lance perdido, a torcida albiceleste despejou todo o repertório de músicas para tentar levantar o astral do craque. Ainda assim, era claro o abatimento dos fãs nas arquibancadas do estádio feito de contêineres e, principalmente, na grande estrela da equipe em campo. Pelo lado do ataque polonês, o atacante Robert Lewandowski esteve isolado na frente. Pior ainda, a equipe terminou a primeira metade sem sequer chutar a gol.



La Scaloneta, como é conhecido o time de Lionel Scaloni, voltou para o intervalo disposto a resolver a partida de uma vez. Tanto que com menos de um minuto de jogo. Molina cruzou para área e o volante Mac Allister, de 23 anos, chutou prensando, o suficiente para tirar qualquer chance do goleiro. A cantoria hermana tinha só recomeçado no estádio com 44.089 pessoas presentes.


Com o gol marcado, a bicampeão mundial estava pronta para jogar o futebol do jeito que mais gosta. E, desta vez, com bons jovens em campo. Enzo Fernandez, de 21 anos, uma novidade na escalação titular, deu um lindo passe para Julian Alvarez (22) proteger dos zagueiros e ampliar o placar, aos 22 minutos da segunda etapa.


A Argentina, depois da decepção na derrota na estreia para a Arábia Saudita e da vitória sofrida contra o México, se recuperou em tempo de continuar sonhando. O para sempre time de Diego Maradona continua inspirando o de Lionel Messi a conquistar a Copa do Mundo depois de 36 anos.

Austrália bate Dinamarca e volta às oitavas de uma Copa após 16 anos

País ficou em 2º lugar no Grupo D e pega líder da chave C no sábado

Pela segunda vez na história das Copas do Mundo, a Austrália está classificada às oitavas de final. Nesta quarta-feira (30), os Socceroos derrotaram a Dinamarca por 1 a 0 no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah, pela rodada final do Grupo D do Mundial do Catar.



Os australianos finalizaram a chave na segunda posição, com os mesmos seis pontos da França, atual campeã, que ficou à frente pelo saldo de gols. Em duelo simultâneo, no Estádio Cidade da Educação, em Doha, os franceses perderam da Tunísia por 1 a 0. O resultado teria eliminado a equipe da Oceania (que representa a federação asiática), caso o jogo em Al Wakrah terminasse empatado ou com vitória dinamarquesa.



Desde 2006, na Alemanha, quando ficou na segunda colocação do grupo do Brasil, a Austrália não passava de fase em uma Copa. Na ocasião, a seleção caiu para a futura campeã Itália nas oitavas. A seleção escandinava ficou fora do mata-mata pela segunda vez em seis participações em Mundiais. A última queda precoce tinha sido em 2010, na África do Sul.


Nas oitavas de final, a Austrália terá pela frente o líder do Grupo C, onde estão Argentina, Polônia, Arábia Saudita e México. A partida será neste sábado (3), às 16h (horário de Brasília), no Estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan.


Na Dinamarca, o técnico Kasper Hjulmand abriu mão da formação com três zagueiros, com a saída de Victor Nelsson e o reforço ao meio-campo com a entrada do volante Mathias Jensen. Na ligação com o ataque, Andreas Skov Olsen pegou a vaga de Mikkel Damsgaard. O treinador australiano, Graham Arnold, por sua vez, mexeu somente na lateral direita, trocando Fran Karacic por Milos Degenek.



As mudanças na seleção escandinava a deixaram com maior mobilidade para articular jogadas. Aos 11 minutos, o atacante Martin Braithwaite fez o pivô na entrada da área, quebrando a linha de marcação e rolando, à direita, para Jensen bater cruzado e o goleiro Mathew Ryan espalmar. Dois minutos depois, Skov Olsen recebeu de Braithwaite na entrada da área, levou à perna direita e chutou por cima do gol.


A Dinamarca sustentou a pressão nos dois primeiros terços da etapa inicial, mas pecando na finalização, como em tentativas de Skov Olsen e do também meia Cristian Eriksen, ambas da entrada da área, aos 24 e 28 minutos, respectivamente. Apesar do desgaste reduzir o ímpeto dos europeus, a Austrália não aproveitou e quase se aventurou à frente. Quando o fez, em contra-ataque aos 41 minutos, foi pouco efetiva. O meia Riley McGree ajeitou na intermediária para Mitch Duke, pela esquerda. O atacante carregou a bola em direção à área, sem marcação, mas chutou fraquinho, nas mãos do goleiro Kasper Schmeichel.



A pressão da Tunísia sobre a França no outro jogo desta quarta pareceu ter acendido o alerta nos Socceroos, que retornaram melhor do intervalo. A entrada do volante Keanu Baccus no lugar do atacante Craig Goodwin recuperou o meio-campo e deu mais fluidez aos contra-ataques, como o que resultou no gol da vitória. Aos 15 minutos, o meia Mathew Leckie disparou pelo meio, lançado por McGree, escapou da marcação do lateral Joakim Maehle e chutou cruzado, colocando a Austrália à frente.


As saídas de Jensen, Skov Olsen e Braithwaite, de boas atuações na primeira etapa, para darem lugar a Damsgraad e aos atacantes Andreas Cornelius (1,92 metro) e Kasper Dolber (1,87 metro) deixaram, novamente, a equipe da Escandinávia estática. As apostas no jogo aéreo e nos lançamentos longos acabaram, na verdade, "consagrando" os zagueiros Harry Souttar e Kye Rowles. Nos acréscimos, o time europeu foi para o abafa e até mesmo Schmeichel foi para a área nas cobranças de escanteio, mas a rede não balançou mais no Al Janoub.

Tunísia faz história ao vencer a França, mas dá adeus à Copa do Catar

Triunfo da Austrália sobre Dinamarca deixa africanos fora das oitavas

A Tunísia deu adeus à Copa do Mundo do Catar, mas fez história nesta quarta-feira (30). As Águias do Cartago fizeram a parte que lhes cabia e superaram a França, atual campeã, por 1 a 0, no Estádio Cidade da Educação, em Doha. 



A equipe africana, porém, dependia de um resultado favorável no duelo entre Austrália e Dinamarca, no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah. O triunfo dos Socceroos, também por 1 a 0, acabou eliminando os tunisianos.


Apesar da derrota, os Bleus - que entraram em campo já classificados - finalizaram o Grupo D na ponta, com os mesmos seis pontos da vice-líder Austrália, ficando à frente pelo saldo de gols. Os tunisianos, com quatro pontos, despedem-se da Copa do Catar na terceira colocação da chave, com quatro pontos.


O primeiro triunfo da Tunísia sobre um europeu na história do Mundial foi especial, também, pelo rival ser um antigo colonizador. O país africano foi um protetorado francês entre 1881 e 1956, quando, enfim, conseguiu independência. O período deixou marcas na população. Tanto que, antes de a bola rolar, alguns torcedores vaiaram a "A Marselhesa", como é chamado o hino da França. Ato parecido, mas em maior profusão, ocorreu em 2008, quando as seleções jogaram em Paris, capital francesa. Na ocasião, o meia Hatem Ben Arfa, de ascendência tunisiana, mas que defendia os Bleus, foi o maior alvo das arquibancadas.


Viva na briga pelo terceiro título mundial (e o segundo consecutivo), apesar do fim de uma sequência de nove partidas de invencibilidade em Copas, a França terá pela frente, nas oitavas de final, o vice-líder do Grupo D, que reúne Argentina, Polônia, Arábia Saudita e México. O jogo será no domingo (4), às 12h, no Estádio Al Thumama, em Doha.



Como adiantado pelo técnico Didier Deschamps na última terça-feira (29), a França entrou em campo bastante modificada, com apenas dois titulares (o zagueiro Raphael Varane e o meia Aurelien Tchouaméni) dos duelos anteriores. Na Tunísia, Jalel Khadri também mexeu bastante: seis alterações em relação à derrota para a Austrália, por 1 a 0, na rodada passada, com as saídas do zagueiro Dylan Bronn, dos laterais Mohamed Dräger e Ali Abdi, dos meias Naïm Sliti e Youssef Mskani e do atacante Issam Jebali, para entradas, respectivamente, de Nader Ghandri, Wajdi Kechirda, Ali Maaloul, Ali Ben Romdhane, Anis Slimane e Wahbi Khazri.


A necessidade de vitória fez a Tunísia iniciar o jogo mais agressiva, tentando sair em velocidade pelos lados, mas com dificuldades para entrar na área e finalizar, dada à marcação dos zagueiros Ibrahima Konaté e Varane. Aos sete minutos, Ghandri até balançou as redes ao desviar, quase na pequena área, uma cobrança de falta de Khazri pela esquerda, mas o lance foi invalidado por impedimento. 


A bola parada e, principalmente, cruzamentos, foram as únicas armas das Águias do Cartago no primeiro tempo, sem sucesso. Os africanos fizeram 19 levantamentos na área durante os 45 minutos iniciais e levaram a melhor somente uma vez. Os franceses, sem pressa, administraram a posse (46% a 33%, com 21% em disputa), buscando espaços na marcação da Tunísia, mas também sem sustos à meta do goleiro Aymen Dahmen.



Os tunisianos seguiram no ataque na volta do intervalo, com a postura ainda mais ofensiva. Aos seis minutos, Aissa Laïdouni tomou do também volante Youssouf Fofana na área e soltou a bomba, na frente do goleiro Steve Mananda, por cima do gol. A maior vontade do time africano foi recompensada aos 12. O meia Ellyes Shkiri roubou de Fofana no meio-campo e rolou para Laïdouni, que lançou Khazri. O atacante, um dos dez jogadores da seleção africana com nacionalidade francesa, carregou em direção à área, encarou a marcação e bateu na saída de Mananda, no cantinho, abrindo o placar.


Com o desgaste da Tunísia e as alterações de Deschamps, que promoveu as entradas do volante Adrien Rabiot e dos atacante Kylian Mbappé, Antoine Griezmann e Ousmane Dembelé, todos titulares habituais, a França passou a controlar as ações ofensivas e chegar com perigo. Dahmen, em três ocasiões, salvou as Águias do Cártago, em finalizações de Dembelé (33 e 36 minutos) e Mbappé (43 minutos).


Nos acréscimos, a resistência africana pareceu ter chegado ao fim. Aos 52 minutos, Tchouaméni cruzou pela esquerda, o zagueiro Montassar Talbi afastou e Grizemann, de primeira, mandou para as redes. A celebração do atacante, porém, foi frustrada pelo árbitro de vídeo (VAR), que viu impedimento na jogada. Apesar da eliminação já consolidada pela vitória da Austrália sobre a Dinamarca, a anulação do gol francês explodiu a torcida tunisiana, que pôde, ao menos, comemorar uma vitória histórica no adeus à Copa do Catar.

Homem que invadiu campo no Catar para protestar é banido de jogos da Copa

Italiano de 35 anos já invadiu gramados em outras Copas, incluindo no Brasil, em 2015

O italiano Mario Ferri, que invadiu na última segunda-feira (28) o gramado durante o jogo entre Portugal e Uruguai para protestar perdeu o chamado Hayya Card, o cartão que é exigido pelo governo do Catar para garantir acesso aos estádios do Mundial.



Durante o ato no Estádio Lusail, o homem de 35 anos, conhecido por outras manifestações do tipo, carregava uma bandeira da causa LGBTQIA+ e vestia uma camiseta com as frases “Salve a Ucrânia” e “Respeito pelas mulheres iranianas”.


“Após a invasão do campo que ocorreu durante a partida de Portugal x Uruguai na noite passada, podemos confirmar que o indivíduo envolvido foi liberado logo após ser retirado do campo Sua embaixada foi informada. Como consequência de suas ações, e como de praxe, seu Hayya Card foi cancelado e ele foi banido de estar em futuras partidas neste torneio”, informou o Comitê Supremo do Legado da Copa do Mundo.


Seguido por mais de 150 mil pessoas no Instagram, Ferri se denomina “jogador de futebol” e “pirata moderno”. Invade gramados durante jogos de futebol desde 2010, mas, no início, não tinha motivações políticas ou sociais. A primeira vez foi durante um embate entre Sampdoria e Napoli, pelo Campeonato Italiano. Na ocasião, só queria pedir a Marcelo Lippi, técnico da seleção italiana na época, a convocação do atacante Antonio Cassano.


Mais tarde, na Copa da África do Sul, que teve a Itália eliminada na primeira fase, invadiu a semifinal entre Alemanha e Espanha com uma faixa dizendo “Lippi, eu te avisei”. Ainda em 2010, começou a usar o ímpeto de invadir o campo para fazer protestos, como durante o jogo da Inter de Milão contra o Mazembe, no Mundial de Clubes, vestindo uma camiseta com uma frase de manifestação contra a condenação de morte da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani.


Mario Ferri também já pisou em gramados brasileiros para protestar. Durante a Copa de 2014, interrompeu a partida entre Bélgica e Estados Unidos na Arena Fonte Nova, em Salvador. Naquele dia vestia uma camisa azul com o símbolo do personagem Super-Homem estampado, assim como na última segunda-feira, mas a frase exibida era “Salvem as crianças da favela”.


Na atual edição da Copa, escolheu algumas das causas humanitárias de maior evidência no momento. A bandeira LGBTQIA+ é um protesto contra o próprio Catar, que tem regras rígidas de repressão contra a comunidade. Já as duas frases em sua camisa eram referentes à invasão russa à Ucrânia e a onda de protestos realizados por mulheres iranianas após a morte de Mahsa Amini, detida pela polícia moral do Irã por uso de “roupas inadequadas”.

EUA domina o Irã nos dois tempos e está nas oitavas da Copa do Catar

Com a vitória, americanos terminaram na segunda colocação do grupo B. Na próxima fase, eles enfrentam a seleção holandesa

Em duelo entre rivas políticos históricos, os EUA bateram o Irã por 1 a 0, no estádio Al Thumama, em Doha, no Catar. Com o resultado, os americanos avançaram às oitavas de final, como a segunda colocada do grupo B.



A viória contra a equipe do Oriente Médio veio após dois empates em 0 a 0, contra País de Gales e Inglaterra. Com 5 pontos na tabela, os EUA ficaram atrás dos ingleses, que chegaram a 7, após boa vitória sobre os galeses.


O jogo

Nos primeiros minutos da partida, os EUA tomou a iniciativa das ações, quando manteve a posse de bola no campo ofensivo. Por sua vez, recuado, o Irã encontrava dificuldades em sair para o jogo.


Sendo assim, a primeira boa oportunidade ficou por conta da seleção americana. Musah achou Pulisic na área, que cabeceou para a defesa tranquila de Beiranvand. Seis minutos depois, nova chegada dos EUA. O lateral Dest cruzou forte próximo à meta adversária, mas a bola acabou interceptada pelo goleiro iraniano.


Aos 27, Sargent recebeu bom passe de Pulisic e soltou a bomba. A bola explodiu na zaga e sobrou no alto para Weah. O atacante tentou de cabeça e jogou nas mãos de Beiranvand.


Tanta pressão deu resultado. Dest recebeu lançamento na direita e cabeceou firme para o meio da área, onde encontrou Pulisic. Após abrir o placar, o camisa 10 americano acabou no chão e teve que receber atendimento médico. No entanto, ele conseguiu retornar para finalizar a primeira etapa em campo.


Em um dos últimos lances antes do intervalo, Weah se adiantou à linha de defesa do Irã e carregou a bola em velocidade, para ficar cara a cara com Beiranvand. De bico, ele estufou as redes. No entanto, a arbitragem viu impedimento no lance e o gol foi anulado.  


Segundo tempo

Na volta ao campo, o autor do gol dos EUA, Pulisic, não conseguiu continuar no jogo e foi substituído por Aaronson. Os iranianos também aproveitaram para mexer, com a entrada de Ghoddos no lugar de Azmoun.


Apesar da seleção americana ter continuado a ditar o ritmo da partida, foram os iranianos que tiveram a primeira boa oportunidade do segundo tempo. Na grande área dos adversários, Gholizadeh cruzou para o meio. Taremi tentou de carrinho, mas falhou. A bola sobrou para Ghoddos, que chutou forte sobre a meta de Turner.


Ao chegar à metade da etapa final, os técnicos começaram as substituições. Gregg Berhalter, na tentativa de fechar o time e manter o resultado. Carlos Queiroz, em busca de injetar alguma criatividade no setor ofensivo do Irã, que até jogava melhor do que no primeiro tempo, mas sem oferecer perigo ao oponente.


Ainda assim, a Seleção Melli (Time do Povo, em persa) quase chegou ao empate em bola parada. Após bola levantada na área dos EUA, o zagueiro Pouraliganji mergulhou de cabeça. A bola passou raspando a trave da meta americana.


Nos momentos finais da partida, os iranianos pediram pênalti de Carter-Vickers em Taremi, mas a arbitragem não viu nada demais no lance.


E, ficou por isso mesmo: EUA, classificado para a próxima fase, 1, Irã, eliminado, 0.

Copa do Catar: Inglaterra chega às oitavas após vitória sobre Gales

English Team triunfa por 3 a 0 para avançar como primeiro do Grupo B

A Inglaterra confirmou o favoritismo no Grupo B da Copa do Catar ao superar o País de Gales por 2 a 0, nesta terça-feira (29) no Estádio Ahmad Bin Ali, para chegar às oitavas de final como primeiro colocado da chave.



Inglaterra e País de Gales formam o Reino Unido, junto com a Escócia e a Irlanda do Norte. Os dois países fazem fronteira e são costumeiros adversários no futebol, tendo disputado mais de cem confrontos. Nenhum, no entanto, mais importante do que este.


O primeiro confronto entre as duas seleções foi disputado em 1879 (os ingleses venceram por 2 a 1 numa época na qual o futebol nem tinha ampliado suas fronteiras para além da Grã-Bretanha). Acrescente a isso o fato de a seleção do País de Gales ter nove jogadores nascidos, justamente, na Inglaterra e que o principal clube do país, o Swansea City, disputa, na verdade, o Campeonato Inglês da 2ª Divisão.


Num confronto de tanta tradição, Gales entrou em campo dependendo de uma vitória sobre a Inglaterra (e um empate entre Irã e Estados Unidos) para ir mais longe na Copa. Percebeu que era uma missão dificílima, até porque não conseguia nem trocar passes, nem atacar. Logo aos 9 minutos, o inglês Rashford apareceu diante do goleiro Ward, que saiu de carrinho para evitar o gol.


Rompendo com a tradição, a Inglaterra deixou de privilegiar as jogadas de chuveirinho na área, uma irritante e antiga especialidade britânica. O time do técnico Gareth Southgate, embalado pela torcida cantando o hino God Save the King, preferia o jogo rápido próximo à área, diante de uma retranca bem postada. Aos 37 minutos, numa jogada com dois passes de calcanhar, Phil Foden acabou desperdiçando a conclusão com um chute por sobre a meta de Ward. A Inglaterra tinha o domínio territorial e a posse de bola, mas não fez gols no 1º tempo.


Na etapa final tudo mudou. Aos 4 minutos, Marcus Rashford cobrou uma falta com perfeição, a bola foi no ângulo do goleiro Ward e o que se viu foi um golaço inglês. Aos 5 minutos, a Inglaterra tirou todas as chances do país vizinho, quando Harry Kane cruzou rasteiro na área e Phil Foden completou para as redes. Dois gols em dois minutos foi um golpe muito duro para o País de Gales.



Aos 22 minutos Marcus Rashford foi lançado, dominou a bola, invadiu a área, cortou para o meio e encheu o pé, com a bola passando por baixo das pernas do goleiro Ward. Foi o terceiro da Inglaterra.


A Inglaterra ainda desperdiçou alguns gols, com Jude Bellingham perdendo um chute rasteiro nas mãos do goleiro Ward e Stones batendo inacreditavelmente por cima, dentro da pequena área, aos 45 minutos.


Com a vitória por 3 a 0, a Inglaterra avança em primeiro lugar no Grupo B e enfrenta Senegal no domingo (4), a partir das 16 horas (horário de Brasília). Já o País de Gales, eliminado sem ter feito uma boa Copa, pode tentar voltar a um Mundial em 2026, quando a Fifa dará 16 vagas diretas para as seleções europeias.

Holanda supera Catar por 2 a 0 para avançar como primeira do Grupo A

Gakpo e Frenkie De Jong garantiram o triunfo da seleção europeia

A Holanda superou o Catar por 2 a 0, na tarde desta terça-feira (29) no Estádio Al Bayt, na cidade de Al Khor, para se classificar para as oitavas de final da Copa do Catar como a primeira colocada do Grupo A. Já os donos da casa, que entraram no gramado já sem chances de avançar, se despediram da competição.



Quem poderia imaginar que a partida começaria de forma eletrizante? O anfitrião, cujo próprio técnico Félix Sánchez declarou que está “um passo atrás das demais seleções”, teve sua chance aos 2 minutos com um chute de fora da área de Al Haydós, defendido pelo goleiro Noppert. A Holanda respondeu no lance seguinte, mas Blind acabou mandando por cima da meta um rebote de Barsham.


Podendo terminar o Grupo A em primeiro lugar, o time do técnico Louis Van Gaal conseguiu marcar seu gol aos 26 minutos, numa jogada individual de Cody Gakpo. O atacante do PSV (Holanda) passou como quis pela defesa catari e chutou no cantinho, encaminhando a vaga nas oitavas de final.


Gakpo teve outra oportunidade aos 40 minutos, quando dominou e girou dentro da área, chutando por cima da meta de Barsham. O garoto de 23 anos, artilheiro do time com 3 gols nesta Copa, parecia a única arma ofensiva da Holanda até então. Mas foi só.


Em um 1º tempo de pouca inspiração, o placar mínimo foi o máximo que os holandeses conseguiram fazer, suficiente, no entanto, para a classificação. O Catar, sem pretensão alguma, estava satisfeito somente em ter sediado o evento.


As falhas da defesa catari foram realmente vexatórias. Logo aos 3 minutos do 2º tempo, num cruzamento para a área, a zaga cortou de cabeça para trás, Memphis Depay chutou, o goleiro Barsham rebateu e Frenkie De Jong, meia do Barcelona (Espanha), completou para as redes, aumentando para 2 a 0.


Aos 22 minutos foi até covardia. Um passe em profundidade encontrou a defesa catari em linha, perdida, e Berghuis balançou as redes, mas o tento foi anulado porque Gakpo colocou o braço na bola no início da jogada. O VAR (árbitro de vídeo) fez justiça.


Depois disso, a rotação da partida diminuiu muito. As duas equipes ficaram apenas esperando o tempo passar, frustrando o público de 66.784 pessoas. O árbitro de Gâmbia ainda deu seis minutos de acréscimo, quando Berghuis teve uma última chance, chutando de fora da área e acertando o travessão do Catar.


Eliminado na primeira fase, o Catar poderá retornar a uma Copa do Mundo em 2026, já que a Fifa ampliou o número de vagas diretas nas Eliminatórias asiáticas para oito seleções. Num país de apenas três milhões de habitantes, com pouco mais de 10 por cento de nativos, a estratégia deve ser novamente a naturalização de estrangeiros para formar a seleção.


Como era esperado, a Holanda, com 7 pontos, foi a líder do Grupo A, e volta a campo no sábado (3) a partir das 12h (horário de Brasília) para medir forças com o segundo colocado do Grupo B (ainda a ser definido).

Com homenagem a ídolo, Senegal bate Equador e vai às oitavas da Copa

Leões de Teranga não chegavam à segunda fase desde a estreia, em 2002

No duelo do Grupo A que era um confronto direto por vaga às oitavas de final da Copa do Mundo do Catar, melhor para Senegal. Nesta terça-feira (29), os Leões de Teranga derrotaram o Equador por 2 a 1, no Estádio Internacional Khalifa, em Doha, pela terceira e última rodada da primeira fase.



O triunfo deu aos campeões africanos o segundo lugar da chave, com seis pontos, um atrás da Holanda, que garantiu a primeira colocação ao bater os anfitriões, já eliminados, por 2 a 0. Desde a estreia em Mundiais, na edição de 2002, no Japão e na Coreia do Sul, os senegaleses não chegavam ao mata-mata. Na ocasião, a seleção caiu nas quartas de final (oportunidade na qual o atual treinador, Alliou Cissé, era o capitão). De lá para cá, o país também esteve na Copa da Rússia, há quatro anos, eliminado na fase de grupos por ter mais cartões amarelos que os japoneses.


Um dos heróis daquela campanha de 2002, aliás, foi homenageado no jogo desta terça. Autor do primeiro gol senegalês em Copas, na vitória por 1 a 0 sobre a França, Papa Bouba-Diop faleceu há exatamente dois anos, vítima da esclerose lateral amiotrófica (ELA). Nas arquibancadas, torcedores dos Leões de Teranga pintaram as costas com o número do ex-meia, o 19. Na braçadeira do zagueiro e capitão Kalidou Koulibaly também constava o número 19.


Nas oitavas, Senegal terá pela frente o líder do Grupo B, que reúne Inglaterra, Irã, Estados Unidos e País de Gales. A partida será no domingo (4), às 16h (horário de Brasília), no Estádio Al Bayt, em Al Khor.


Precisando vencer para se classificar, Senegal iniciou o jogo subindo as linhas e marcando presença no campo do Equador, que tentava diminuir o ritmo da partida, administrando a posse da bola. Aos sete minutos, a equipe africana deu o primeiro susto, com Boulaye Dia aparecendo pela direita às costas do zagueiro Félix Torres. O atacante recebeu do lateral Youssouf Sabaly na área e bateu cruzado, próximo à trave direita. Aos 23, o ataque foi pela esquerda, com o meia Ismailla Sarr desarmando o lateral Ángelo Preciado, invadindo a área, levando à perna direita e chutando colocado, rente à forquilha esquerda.


A insistência dos Leões de Teranga foi premiada aos 41 minutos. Lançado na esquerda pelo lateral Abdou Diallo, em rápida cobrança de falta, Sarr aproveitou falha de Preciado ao tentar cortar a bola, entrou na área e foi atropelado pelo zagueiro Piero Hincapié. O próprio meia converteu a penalidade, deslocando o goleiro Hernán Galíndez e abrindo o placar em Doha.


Os papéis se inverteram no retorno do intervalo. As entradas do meia Jeremy Sarmiento e do volante José Cifuentes deixaram o Equador mais agressivo. Diferentemente do primeiro tempo, os sul-americanos trocavam passes com pressa, mas com dificuldades para chegar à área. A solução acabou sendo a bola parada. Aos 21 minutos, após cobrança de escanteio de Gonzalo Plata, pela direita, o também atacante Moisés Caicedo apareceu livre, na segunda trave, para desviar uma cabeçada de Torres na pequena área e deixar tudo igual.


Os senegaleses, porém, levaram três minutos para responder. O meia Gana Gueye cobrou falta da intermediária, pela esquerda, a bola desviou na coxa do atacante Enner Valencia (ironicamente, o artilheiro equatoriano no Mundial) e sobrou para Koulibaly concluir e recolocar os africanos à frente. O primeiro gol do zagueiro do Chelsea (Inglaterra) em 68 jogos pela seleção.


O desenho da reta final da partida ficou claro, com Equador ocupando o campo ofensivo e Senegal apostando nos contra-ataques. Em um deles, aos 42 minutos, o volante Pape Gueye quase surpreendeu Galíndez com um chute de fora da área, que o goleiro sul-americano salvou em dois tempos. Nos acréscimos, os equatorianos foram para o abafa com bolas levantadas na área, mas sem sucesso, para explosão da torcida africana em Doha ao apito final.

Neymar, Danilo e Alex Sandro não enfrentam Camarões

Alex Sandro se juntou a Neymar e Danilo no departamento médico da equipe do Brasil. O médico da seleção brasileira, Rodrigo Lasmar, informou nesta terça-feira (29) que o lateral-esquerdo sofreu uma lesão no músculo do quadril esquerdo durante a vitória de 1 a 0 da equipe canarinho sobre a Suíça na Copa do Catar.


“Sobre o jogo de ontem [segunda-feira], Alex Sandro sentiu dores no quadril esquerdo, ele não teve condições de continuar na partida. Hoje [terça-feira] pela manhã foi reavaliado, nós pedimos exame de imagem, uma ressonância magnética. Ela evidenciou lesão no músculo do quadril esquerdo. O atleta não terá condições na próxima partida contra Camarões. Ele segue em tratamento para a que possamos recuperá-lo o quanto antes”, declarou o médico em vídeo divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Na mensagem, Lasmar também atualizou as situações do atacante Neymar e do lateral Danilo, que não defenderam o Brasil na partida contra a Suíça: “Danilo e Neymar continuam no processo de recuperação de suas lesões no tornozelo. Cada um com uma abordagem diferente, pois são lesões diferentes. Isso é importante salientar. O Neymar apresentou um episódio de febre, que já está controlado. Isso não interfere no processo de recuperação de seu tornozelo. E hoje, na nossa reunião diária com a comissão técnica, nós passamos que esses três atletas não estarão disponíveis para o nosso próximo jogo contra Camarões”.

Brasil e Camarões medem forças, pela terceira rodada do Grupo G do Mundial, a partir das 16h (horário de Brasília) da próxima sexta-feira (2).

Fonte - Rondoniagora.

Copa: Bruno Fernandes brilha e garante vaga de Portugal nas oitavas

Meio-campista marcou os gols da vitória de 2 a 0 sobre o Uruguai

Portugal contou com o brilho do meio-campista Bruno Fernandes para superar o Uruguai por 2 a 0, nesta segunda-feira (28) no Estádio de Lusail, e garantir uma das duas vagas do Grupo H para as oitavas de final da Copa do Catar.



Este duelo serviu como uma espécie de revanche do jogo das oitavas de final da última edição do Mundial, em 2018 (Rússia). Naquela oportunidade o Uruguai eliminou Portugal com uma vitória por 2 a 0.


Agora, no Catar, Giménez, aos 11 minutos, teve a primeira oportunidade para o Uruguai, cabeceando um escanteio sobre a meta de Diogo Costa, enquanto Portugal tinha chutado apenas uma bola acima da meta de Rochet, com Bruno Fernandes. Nitidamente era um jogo de marcação e com o mínimo espaço para desenvolver lances mais apurados.


Aos 15 minutos foi João Félix que arriscou de fora da área. O desvio em Giménez quase complicou a vida do goleiro Rochet, mas foi somente para córner. Porém, o melhor lance foi do uruguaio Bentancur, aos 32 minutos, que resolveu driblar toda a defesa portuguesa e foi parar diante de Diogo. Ele acabou chutando rasteiro e o goleiro defendeu com a perna.


Curiosamente, de quem muito se esperava no 1º tempo: Cristiano Ronaldo, por um lado, e Cavani, por outro, pouco se viu. Os talentosos homens de frente não foram protagonistas, até porque nem sempre a bola chegou a eles em boas condições. Dessa forma, o empate em 0 a 0 foi um resultado justo para 45 minutos nos quais a marcação se sobrepôs à criação.


Na etapa final os espaços foram aparecendo e João Félix, aos 7 minutos, surgiu livre na diagonal da área e chutou firme, mas na rede pelo lado de fora. Para Portugal foi o início de um tempo de domínio. No minuto seguinte, cruzamento de Bruno Fernandes na área, Cristiano Ronaldo aparece para cabecear. Erra a bola, é verdade, mas assusta o goleiro Rochet e o lance termina nas redes uruguaias. 1 a 0 para Portugal. A Fifa apontou Fernandes como autor do gol.


Aos 29 minutos, após o técnico Diego Alonso colocar em campo os craques Arrascaeta (do Flamengo) e Luís Suárez (do Nacional), o time melhorou muito e Gómez arriscou da meia-lua da grande área, acertando a trave de Diogo Costa. Incrível! Foi a terceira bola na trave que o Uruguai acertou nesta Copa (as duas anteriores foram contra a Coreia do Sul, na estreia). Aos 32, foi a vez de Suárez, na pequena área, ajeitar e chutar na rede pelo lado de fora. No minuto seguinte, Arrascaeta entrou na área e tentou dar um toquinho na saída de Diogo, mas perdeu a oportunidade de ouro, ao ver a bola ser defendida pelo goleiro.


A partida virou um ataque contra a defesa, com os portugueses entrincheirados dentro da área, procurando garantir o 1 a 0 magrinho. Até que, aos 45 minutos, o juiz iraniano consultou o VAR (árbitro de vídeo) e puniu o Uruguai com um pênalti bem polêmico. Um toque na mão no qual a bola bateu no braço de apoio de Giménez. Como Cristiano Ronaldo já tinha sido substituído, a responsabilidade recaiu sobre Bruno Fernandes, que, com paradinha, fez 2 a 0.


Aos 53 minutos Bruno Fernandes perdeu a chance de fazer o terceiro gol, ao chutar de fora da área e acertar a trave de Rochet. Dessa forma, com 2 a 0, Portugal conseguia sua revanche da eliminação na Copa de 2018.


A vitória consolida o time de Fernando Santos na liderança do Grupo H, diminuindo muito a possibilidade de um confronto com o Brasil nas oitavas. A briga pela segunda vaga será na próxima sexta-feira (2), a partir das 12h (horário de Brasília), quando a Coreia do Sul joga sua sorte diante dos portugueses e Gana mede forças com o Uruguai.

Brasil bate Suíça e se classifica para as oitavas da Copa do Catar

Casemiro garantiu primeira vitória brasileira sobre suíços em mundiais

O Brasil não teve facilidades diante da organizada defesa da Suíça, mas garantiu a vitória de 1 a 0, nesta segunda-feira (28) no Estádio 974 (a famosa arena construída com contêineres às margens da baía de Doha e que será desmontada ao final da Copa), que lhe garantiu de forma antecipada uma das duas vagas do Grupo G para as oitavas de final da Copa do Catar.



A vitória teve um sabor especial, pois foi a primeira da seleção brasileira sobre a equipe europeia em mundiais, após dois empates (na Copa de 1950, disputada no Brasil, e da Copa de 2018, na Rússia).


As primeiras jogadas construídas pela seleção brasileira foram explorando a velocidade de Richarlison pela ponta. Mas nenhuma oportunidade foi criada, o que fez com que o goleiro Sommer não precisasse entrar em ação. Era claro que faltava um driblador como Neymar para quebrar as linhas defensivas da Suíça. Por optar por dois volantes de contenção na equipe titular, Casemiro e Fred, Tite acreditou que Paquetá poderia fazer essa função. Porém, ele apareceu menos do que se esperava.


Paquetá cruzou uma bola na pequena área aos 18 minutos, que Elvedi cortou antes de chegar em Richarlison. A fama de ferrolho suíço, criada há mais de 70 anos, fez sentido no confronto desta segunda, pois a equipe europeia se defendeu com nove jogadores durante toda a etapa inicial. A não ser aos 26 minutos, quando o lançamento de Raphinha foi certeiro para Vinícius Júnior, sozinho, pegar de primeira. Foi o primeiro chute a gol do Brasil, e Sommer colocou para escanteio.


Aos 31 foi opróprio Raphinha que arrisca de fora da área, no meio do gol, para o goleiro suíço encaixar. Aliás, encaixada foi como a equipe canarinho ficou durante os primeiros 45 minutos. Sem criatividade, a equipe de Tite caiu na armadilha do suíço Murat Yakin e aceitou o 0 a 0.


Para a etapa final, Rodrygo entrou no lugar de Paquetá, sinal de que a estratégia inicial não deu certo. Nos primeiros minutos, a seleção piorou, permitindo aos suíços pressionarem e incomodarem a meta de Alisson. Aos 16 minutos, enfim, Casemiro descolou um passe perfeito para Vinícius Júnior, que passou como quis pelo zagueiro Elvedi e tocou na saída de Sommer. Estranhamente, o juiz de El Salvador anulou o gol, com auxílio do VAR (árbitro de vídeo), alegando um impedimento no nascedouro da jogada.


Depois disso Tite fez várias substituições. A Suíça, estática na defesa, segurava o 0 a 0 e abdicou de ir ao ataque. Até que, aos 37 minutos, enfim, Casemiro recebeu passe de Rodrygo na área, pegou de primeira e bateu forte para balançar as redes defendidas por Sommer e marcar um golaço.


Aos 47 minutos, Vinícius Júnior teve uma chance de ouro, partindo livre rumo à área suíça, mas foi desarmado. Curiosamente, saiu rindo de mais uma chance perdida. Rodrygo, na sequência, também teve tudo para marcar um gol e chutou em cima de um zagueiro. A Suíça ficou na roda, numa partida na qual o Brasil mostrou pouco futebol no 1º tempo, mas fez o suficiente para vencer. Numa Copa do Mundo, às vezes, mais importante do que jogar bonito, é ganhar as partidas.


Na próxima rodada, a partir das 16h (horário de Brasília) de sexta-feira (2), o Brasil (já classificado para as oitavas e com tudo para ficar em primeiro lugar na chave) enfrenta Camarões. No mesmo horário, a Suíça terá um duelo europeu contra a Sérvia. A sorte está lançada.

Gana sofre, mas derrota Coreia do Sul por 3 a 2 pelo Grupo H da Copa

Vitória alçou país africano à vice-liderança da chave, com três pontos

Em mais um duelo eletrizante na manhã desta segunda (28), Gana bateu a Coreia do Sul por 3 a 2 e se recuperou da derrota - pelo mesmo placar - para Portugal na estreia, somando seus primeiros pontos no grupo H da Copa do Mundo do Catar. 



A seleção africana conseguiu suportar um segundo tempo de intensa pressão sul-coreana, que resultou em uma reação fulminante para empatar a partida em 2 a 2 e quase culminou em outra igualdade nos minutos finais. Agora, os ganeses chegam à última rodada com boas chances de classificação. Vale lembrar que saem do grupo H os adversários do Brasil (Grupo G) nas oitavas de final.



O duelo no Estádio Cidade da Educação começou com a seleção da Coreia do Sul mais ativa, procurando mais o jogo e tendo a posse de bola. No entanto, a falta de maior objetividade criou uma brecha para Gana explorar uma virtude: as jogadas aéreas. 


Aos 24 minutos, o placar foi aberto desta forma. Após cobrança de falta na área, a zaga não conseguiu afastar o perigo e a bola sobrou para Salisu completar para as redes. O lance foi checado brevemente pelo VAR e validado. 


Dez minutos depois, veio o segundo. Jordan Ayew levantou bola na área e encontrou Kudus sem marcação. Ele desviou de leve com a cabeça e marcou.


Reação da Coreia e pressão até o fim

No segundo tempo, a seleção asiática, comandada pelo português Paulo Bento, que já foi técnico do Cruzeiro, partiu com tudo para o empate. O grande nome da equipe, o atacante Son Heung-Min, não estava em um dia dos mais inspirados. Coube ao companheiro de ataque dele a missão de ser o protagonista da reação sul-coreana. Em duas jogadas quase em sequência, o empate veio não dos pés, mas da cabeça de Cho Gue-Sung.


Aos 13, ele se antecipou à zaga, se abaixou e foi ao encontro da bola cruzada na área para diminuir a vantagem construída por Gana. Aos 15, veio o empate: nova bola levantada na área e dessa vez ele voou para chegar primeiro na bola e cabecear para o gol.


Com o momento favorável, os asiáticos tentaram manter o ritmo. Porém, não contavam que em um lance cirúrgico os adversários acabariam por definir o placar. Aos 22, Mensah foi acionado pela esquerda e cruzou rasteiro. Iñaki Williams furou, mas Kudus estava atento e pegou de primeira para acertar o contra-pé do goleiro Kim Seung-Gyu, que ainda tocou na bola antes de ela entrar. 


Daí em diante, o que se viu foi o clássico ataque-contra-defesa. A Coreia do Sul intensificou a pressão e o goleiro Zigi evitou um novo empate. Aos 29, a falta cobrada por Lee Kang-In tinha endereço certo, mas o camisa 1 foi buscar a bola no canto esquerdo inferior. No minuto seguinte, o chute de Kim Jin-Su já dentro da área passou por ele, mas a zaga salvou em cima da linha. Aos 48, Zigi brilhou de novo em chute forte de Cho Gue-Sung no ângulo direito. 


Com os dez minutos acrescentados ao tempo regulamentar, a Coreia do Sul adotou a tática dos cruzamentos para a área ganesa e praticamente não deixou o adversário respirar. No entanto, na reta final não conseguiu mais finalizar de fato e Gana pôde enfim sentir o alívio da vitória com o apito derradeiro.


Agora, a seleção africana tem outro duelo complicado. Encara o Uruguai na sexta (2), no Estádio Al-Janoub, ao meio-dia (horário de Brasília), em uma reedição da histórica partida das quartas de final da Copa do Mundo de 2010. No mesmo dia e horário, a Coreia do Sul, novamente no Estádio Cidade da Educação, mede forças com Portugal. Todos os times da chave chegarão à última rodada com chance de classificação.